"Os discípulos informaram a João sobre todos estes fatos. João, então, chamou dois deles e os enviou ao Senhor, para perguntar: ‘És tu aquele que há de vir ou devemos esperar outro?’" (Lc 7,18-19).
Nessa passagem bíblica, João Batista pede a seus discípulos que perguntem a Jesus se Ele era realmente o Messias, o Cristo. João já estava encarcerado e sabia que a qualquer momento poderia ser morto, por isso era importante que estes [seus discípulos] tivessem a certeza de que Jesus era o Messias, para encorajarem-se a deixá-lo, uma vez que eram dependentes e acostumados a ele, e irem ao encontro do Senhor. Assim, teriam que ouvir da própria boca de Jesus que Ele era o Messias.
Para os judeus, "o Bendito que vem em nome do Senhor" é o Messias. Portanto, perguntar se Jesus é "Aquele que vem" é como perguntar: "Você é o Messias?" E a Palavra continua: "Eles foram ter com Jesus e disseram: 'João Batista nos mandou a ti para perguntar se tu és aquele que há de vir ou se devemos esperar outro?' Naquela ocasião, Jesus havia curado a muitos de suas doenças, moléstias e de espíritos malignos, e proporcionado a vista a muitos cegos" (Lc 7,20-21).
Jesus Nazareno respondeu com ações e não com palavras. "Respondeu, pois: ‘Ide contar a João o que vistes e ouvistes […]’" (Lc 7,22a). Em outras palavras, a resposta foi: "O que vocês viram e ouviram, voltem e contem a João. Esta é a minha resposta". Jesus não disse "Eu sou o Messias".
Para o sumo sacerdote que O abordara sobre a mesma questão, Ele havia respondido: "Tu o dizes". Porém, aqui o Espírito Santo O inspirou providencialmente para que não dissesse com palavras, mas com fatos. Observe: "Respondeu, pois: ‘Ide contar a João o que vistes e ouvistes: cegos recuperam a vista, paralíticos andam, leprosos são purificados e surdos ouvem, mortos ressuscitam e a pobres se anuncia a Boa-Nova. E feliz de quem não se escandaliza a meu respeito’" (Lc 7,22-23). Esta era a resposta: essas curas e milagres eram o sinal de que o Reino de Deus havia chegado, de que o Messias estava entre eles, de que o Rei estava operando e o Reino se realizando.
Hoje, igualmente, vemos e ouvimos, graças a Deus, as mesmas coisas. A Boa Nova não é anunciada aos pobres apenas com palavras, mas também com fatos. Temos presenciado hoje também os sinais do Reino de Deus – curas, milagres, prodígios, transformações. Surdos começam a ouvir, cegos a ver, coxos a andar, paralíticos a se levantar; pais e filhos se reconciliam; pessoas viciadas largam as drogas, o álcool; garotas de programa exercem outra atividade; maridos retornam ao lar etc… Graças a Deus!
As curas, além de redespertarem nossa fé, nos levam para a vinda do Senhor, para a implantação do Reino – que já está acontecendo! O Reino de Deus já está no meio de nós! As curas e os milagres apontam para a vinda do Senhor, para a certeza de que no Reino de Deus, o qual Jesus implantará aqui, não haverá mais doença, miséria, fome, pranto, dor, sofrimento, morte. Porque o Senhor da vida virá e o Seu Reino será implantado.
(Trecho extraído do livro “Céus novos e uma terra nova” de Mons. Jonas Abib)
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