quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

REFLEXÃO: Oração: fonte de oxigênio

Enquanto estivermos nesta vida, estaremos num vale de lágrimas, gemendo e chorando. Não pense que Deus é mágico e que, de repente, tudo vai se transformar em sua vida e você nunca mais vai ter problemas e sofrimentos: este é um terrível engano em que o próprio diabo nos coloca e que nos fragiliza. É totalmente o contrário: por nossa vida ser o que é, precisamos rezar sem cessar.

Ninguém consegue ficar por um período muito prolongado debaixo d’água; depois de um tempo, por mais resistência respiratória que possua, é obrigado a vir à tona, senão morre. É diferente se você o faz como os mergulhadores profissionais que usam máscara de oxigênio e respiram tranqüilos. Se o oxigênio termina ou alguma coisa acontece, eles têm de subir depressa para a superfície da água, senão morrem. Porém, enquanto o oxigênio flui, eles então tranqüilos, nadando no mais profundo do mar.

A receita para vivermos neste vale de lágrimas é justamente este "fluir do oxigênio", que é a oração. Ela é oxigênio de Deus para nós. Ninguém agüenta viver neste vale de lágrimas se não estiver munido desse "oxigênio".

Os Anjos que não foram desobedientes e, portanto, já venceram, querem que vençamos também; não querem que terminemos no fundo do mar da vida. Quando oramos, o "oxigênio" nos é ministrado pelos Anjos e santos que vêm em nosso socorro para conseguirmos agüentar as dificuldades do dia-a-dia.

Assim diz o Livro do Apocalipse: “O diabo desceu para junto de vós, cheio de grande furor, sabendo que lhe resta pouco tempo” (Ap 12,12b). Veio para nos destruir e com fúria. Se não somos pessoas orantes, perecemos. Não sejamos nadadores ingênuos! Por melhores mergulhadores que sejamos, se não tivermos oxigênio suficiente, não conseguiremos. E mais: o oxigênio precisa fluir continuamente.

Não conseguimos ficar sem oração; sem o fluir do "oxigênio" que a oração nos proporciona. Por isso, precisamos interceder uns pelos outros, apresentando continuamente as nossas necessidades a Deus. Como São Paulo disse: “Orai incessantemente” (1Ts 5,17). Esta é a receita. Neste vale de lágrimas, a receita é orar sem cessar!

O Senhor quer despertar em nós a certeza de que nossa oração é atendida. É muito simples; compreenda o exemplo: o nadador testa o cilindro de oxigênio antes de entrar na água. Quando o faz, ele tem certeza de que funciona tanto em cima como embaixo d’água. As leis do Reino de Deus funcionam “lá em cima” e funcionam “aqui embaixo”. O problema é que não as colocamos em funcionamento aqui na terra. Se estamos com preguiça e não abrimos o oxigênio hoje, se não o abrimos amanhã e assim por diante, acabamos morrendo. Se não oramos, perecemos. Se não abrimos a "válvula do oxigênio", que é a oração, morremos.

Se estamos chateados, com algum problema, é justamente por essa ração que devemos abrir mais o "oxigênio", e isso significa rezar mais! Se você está cansado, sem forças, você precisa rezar. Talvez, sem forças, você somente pronuncie: “Meu Deus, piedade! Meu Deus misericórdia!” Mesmo que seja apenas “Meu Deus!” ou apenas “Jesus”. O importante é você estar orando, e o oxigênio haverá de borbulhar.

O Evangelho de São Mateus nos instrui assim:

“Em verdade eu vo-lo declaro: tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo que desligardes na terra será desligado no céu” (Mt 18, 18).
No capítulo 16, São Mateus traz essa palavra de Jesus dirigida a Pedro, chefe da Igreja. Aqui no capítulo 18, ela é dirigida a todos nós. Na Igreja toda, quem liga a Terra ao Céu é Pedro. Mas em nossas situações particulares quem deve fazê-lo somos nós.

Na sua casa, na família, nas mil situações do seu dia-a-dia, quem liga a Terra ao Céu, pela oração, é você. Se você reza, a ligação se faz e o "oxigênio" flui. Se não reza...

O oxigênio funciona em cima e embaixo da água, mas, se você não o liga, ele não funciona. Mais uma vez: mesmo que, no barco, o cilindro esteja cheio de oxigênio, se o mergulhador no fundo do mar não o abrir...

O que falta? Falta ligar embaixo, ou seja, aqui na Terra. Se já choramos muito neste vale de lágrimas e fomos ao fundo do poço, é porque não orávamos como era preciso; não rezávamos com a fé necessária. Capriche na oração! Treine cada vez mais! Ore sem cessar! Se desligou o "oxigênio", ligue -o outra vez. Volte a rezar!

Vejamos o exemplo de Epafras, discípulo de Paulo:

“Saúda-vos Epafras, vosso conterrâneo; este servo de Jesus Cristo não cessa de travar por vós o combate da prece, a fim de que permaneçais firmes, perfeitos, dando pleno consentimento a toda a vontade de Deus” (Cl 4,12).

Ele não cessa de travar o combate da prece. São Paulo reconhece nele essa qualidade de intercessor e o apresenta como modelo aos cristãos do seu tempo. Eles não podem deixar de travar o combate da prece.

É isso que o Senhor apresenta hoje a nós, que vivemos neste vale de lágrimas. Eu e você não podemos deixar de travar o combate da prece.

Retirado do livro: Anjos companheiros no dia-a-dia - Padre Jonas Abib.

Santo do dia: Santo Osvaldo de Nortúmbria


O santo do dia de hoje era de origem dinamarquesa, vindo de uma educação religiosa muito forte, tendo como tio o Arcebispo de Cantuária. Osvaldo foi educado sob os cuidados dele e, após ter sido Bispo e confessor, se tornou Cônego de Winchester com seu auxílio.

Tinha um forte desejo de ingressar numa abadia beneditina, o que de fato fez, tornando-se monge em Fleury-sur-Loire, na França. Homem de grande santidade, ativo, generoso e bom, Osvaldo apreciava também a ciência.

Apoiado pelo rei Edgar, em 972, foi nomeado Arcebispo de York, tornando os mosteiros verdadeiros centros de estudos. Mas como houve uma recusa por parte do Clero da Catedral de Worcester, da reforma imposta por Santo Osvaldo, este mandou construir aí uma abadia e uma igreja dedicadas a Nossa Senhora. Gozou da plenitude eterna nos Céus no dia 29 de fevereiro de 992.

Santo Osvaldo, rogai por nós!!!

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

REFLEXÃO: Envolvidos pela unção do arrependimento

É preciso resgatar o que nós, homens e mulheres, perdemos neste mundo: o amor pelas coisas de Deus, pela obra divina. A partir de então, com o poder do Espírito Santo, nos transformaremos em criaturas novas, ressuscitadas, e a criação ressurgirá ainda mais bela.

Não tenham medo de ajudar as pessoas a orar em línguas, que é o menor dos dons. Assim como a primeira coisa que a criança faz quando nasce é chorar – porque então se abre seu pulmão e ela começa a respirar –, da mesma forma, para respirar no Espírito Santo de Deus e ter vida precisamos começar a orar em línguas. Essa é a vontade de Deus.

Ao dizer: “Eu vos batizo na água; porém, no meio de vós está alguém que ainda não conheceis, e Ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo. Ele já tem uma pá na mão e limpará sua eira”, João se referia a um costume comum entre eles: o grão de trigo colhido precisava ser separado da palha, e não era possível fazê-lo grão por grão. Eles então punham fogo no que tinham colhido, de modo a queimar o que não lhes interessava. Nós somos o trigo de Deus, e o mesmo Senhor, que está derramando seu Espírito sobre nós, está também, com o fogo do Espírito, queimando toda a palha para deixar apenas o trigo, o grão. O trigo, sim, será recolhido aos celeiros do Senhor, mas o que permanecer de palha, de joio, será jogado fora.

O Senhor continua: “Arrependam-se, porque vocês receberam muito e têm dado pouco, porque receberam o Espírito, que vem do alto, mas vivem mundanamente; porque aprenderam a viver segundo o Evangelho,, mas não o fazem; falam, mas não vivem; exortam, mas não realizam as exortações que fazem. Eu lhes digo isso porque os amo e os quero regenerados. Eu não quero sua condenação; pelo contrário, eu quero que ressuscitem e vivam. Eu sou o Senhor capaz de ressuscitá-los; eu vim para isso. Creiam em mim, no poder do meu Espírito; abram-se, deixem-se tocar por mim e verão a obra que eu sou capaz de fazer. Mas comecem, agora, pelo arrependimento. Eu, que sou o Senhor, lhes estou dando um espírito de contrição. Deixem-se envolver pela unção do arrependimento. Peçam perdão a mim, que sou o Senhor; recebam as águas puras com que eu quero lavá-los, para que eu os ressuscite. Acolham-me como o único Senhor de suas vidas. Acolham-me agora; entreguem a mim seus afazeres, suas preocupações; seus negócios; seu presente e seu futuro, e deixem que eu exerça minha obra em suas vidas. Abram suas mentes, seus corações e, na humildade, sentindo-se novamente necessitados, recebam o dom do Espírito, que eu derramo sobre cada um de vocês, para serem meus discípulos, meus seguidores, meus operários, meus combatentes”.

Aproxime-se de Deus e peça: “Eu me decidi por Ti, Senhor. Derrama sobre mim o Teu Espírito Santo, para eu ser transformado. Eu peço todos os dons do Espírito Santo, desde o menor, o de línguas, até o maior, o do amor. E peço também os frutos do Espírito; eu preciso deles reinando em minha vida. Eu preciso do fruto do amor, Senhor; preciso de paz. Tranquiliza-me, Senhor, tira os meus temores, as minhas inseguranças; firma-me na Tua fortaleza. Eu preciso de alegria; enche-me com alegria, tira de mim a tristeza, o abatimento. Tira, Senhor, tudo isso que me atormenta, que me deixa preocupado, angustiado, em desespero. Eu preciso do fruto da bondade, da mansidão, da paciência, da humildade, do autocontrole. Dá-me, Senhor, todos e cada um dos frutos do Teu Espírito Santo. Muda minha vida! Amém!” 

Trecho do livro "Caminho para a Santidade" de Monsenhor Jonas

Santo do dia: Santos Romão e Lupicino


São Romão entrou para a vida religiosa com 35 anos, na França, onde nasceram os dois santos de hoje. Ele foi discernindo sua vocação, que o deixava inquieto, apesar de já estar na vida religiosa. Ao tomar as constituições de Cassiano e também o testemunho dos Padres do deserto, deixou o convento e foi peregrinar, procurando o lugar onde Deus o queria vivendo.

Indo para o Leste, encontrou uma natureza distante de todos e percebeu que Deus o queria ali.

Vivia os trabalhos manuais, a oração e a leitura, até o seu irmão Lupicino, então viúvo, se unir a ele. Fundaram então um novo Mosteiro, que se baseava nas regras de São Pacômio, São Basílio e Cassiano.

Romão tinha um temperamento e caminhada espiritual onde com facilidade era dado à misericórdia, à compreensão e tolerância. Lupicino era justiça e intolerância. Nas diferenças, os irmãos se completavam, e ajudavam aos irmãos da comunidade, que a santidade se dá nessa conjugação: amor, justiça, misericórdia, verdade, inspiração, transpiração, severidade, compreensão. Eles eram iguais na busca da santidade.

O Bispo Santo Hilário ordenou Romão, que faleceu em 463. E em 480 vai para a glória São Lupicino.

Santos Romão e Lupicino, rogai por nós!!!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

REFLEXÃO: Deus faz alguma coisa por mim?

É uma boa pergunta: “Mas por que Deus, então, não me socorre? Por que Ele não faz alguma coisa por mim? Por que não resolve minha situação?” Compreenda: Deus fez, está fazendo e vai fazer. Se existe uma falha, está em nós. E qual é a falha? Nós fomos vítimas do sistema do mundo. As finanças vão mal e há muito desemprego por causa do sistema em que vivemos; um sistema individualista, baseado no egoísmo, na ambição... Um sistema sem Deus, portanto, sem amor.

Enquanto permanecermos ligados ao sistema, seremos influenciados por ele. Não nos será possível entrar no sistema de Deus. Ele é radicalmente oposto. É preciso fazer uma escolha: Ou estamos no sistema do mundo, ou no sistema de Deus. É uma lógica: para sermos auxiliados por Deus precisamos estar no sistema Dele. Se continuarmos no do mundo, seremos tratados pelo mundo e, do jeito que o mundo nos trata. Para deixar de ser vítima desse sistema, tenho de deixá-lo e, me colocar no sistema de Deus.

Há dois sistemas e, eles são opostos. De um lado, o sistema de César, o sistema deste mundo: o sistema do Príncipe deste mundo. De outro lado, o sistema de Deus, o sistema do Evangelho. Não dá para servir a Deus e a este mundo. Não é possível ser de Jesus e do Príncipe deste mundo. É preciso decidir entre os dois sistemas. Não é questão de palavras, de aparências: é questão de coração. E Deus vê o coração.

Na hora em que eu me decido a deixar o sistema do mundo, que é baseado em egoísmo, ganância, mentira, falsidade, corrupção, na busca do dinheiro; no momento em que eu me decido a deixar de enganar e prejudicar os outros; quando sinceramente eu me decido a sair do sistema do mundo e a entrar no sistema de Deus, Sua Palavra se torna realidade em minha vida: “Tudo concorre para o bem dos que amam a Deus” (Rm 8, 28).

Os homens vêem as aparências: fazem belos discursos, belas apresentações... mas Deus vê o coração. Na hora em que eu me decido sinceramente a deixar o egoísmo e parto para o sistema de Deus que é amor, doação; se eu decido a ter um coração generoso como o de Deus, se quero ser simples, humilde, mesmo não o sendo completamente, eu já estou no sistema de Deus. E aí que tudo começa a concorrer para o meu bem. Por isso, também a solução de nossas finanças, de nosso desemprego está aí. Tudo se resolve pela mudança do coração!

Na hora em que mergulharmos em Deus numa verdadeira conversão, tudo concorrerá para nosso bem.

Trecho do livro 'Considerai como crescem os lírios'

Santo do dia: São Gabriel das Dores


Nascido a 1838 em Assis, na Itália, dentro de uma família nobre e religiosa, recebeu o nome de batismo Francisco, em homenagem a São Francisco.

Na juventude andou desviado por muitos caminhos, e era dado a leitura de romances, festas e danças. Por outro lado, o jovem se sentiu chamado a consagrar-se totalmente a Deus, no sacerdócio ministerial. Mas vivia 'um pé lá, outro cá'. Ou seja, nas noitadas e na oração e penitência.

Aos 18 anos, desiludido, desanimado e arrependido, entrou numa procissão onde tinha a imagem de Nossa Senhora. Em meio a tantos toques de Deus, ouviu uma voz serena, a voz da virgem Maria, que dizia que aquele mundo não era para ele, e que Deus o queria na religião.

Obediente a Santíssima Virgem, na fé, entrou para a Congregação dos Padres Passionistas. Ali, na radicalidade ao Evangelho, mudou o nome para Gabriel, e de acordo também com a sua devoção a Nossa Senhora, chamou-se então: Gabriel da Dores.

Antes de entrar para a Congregação, já tinha a saúde fraca, e com apenas 23 anos partiu para a glória, deixando o rastro da radicalidade em Deus.

Em meios as dores, São Gabriel viveu o santo Evangelho.

São Gabriel das Dores, rogai por nós!!!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

REFLEXÃO: Serás inteiramente do Senhor teu Deus

O livro do Deuteronômio nos traz uma palavra de ordem muito clara e concreta:
“Quando tiveres entrada na terra que o Senhor, teu Deus, te dá, não te porás a imitar as práticas abomináveis da gente daquela terra. Não se ache no meio de ti quem faça passar pelo fogo seu filho ou sua filha, nem quem se dê à adivinhação, à astrologia, aos agouros, ao feiticismo, à magia, ao espiritismo, à adivinhação ou à invocação dos mortos, porque o Senhor, teu Deus, abomina aqueles que se dão a essas práticas, e é por causa dessas abominações que o Senhor, teu Deus, expulsa diante de ti nações. Serás inteiramente do Senhor, teu Deus” (Dt 18,9-13).

Essa palavra de ordem termina dizendo: “Serás inteiramente do Senhor te Deus.” É porque eu e você, e também os nossos entes queridos, precisamos ser inteiramente do Senhor nosso Deus, que Ele nos proíbe a prática da adivinhação, da astrologia, da magia, do espiritismo e a evocação dos mortos. Essa é uma proibição tão clara e concreta, que é importante nos determos sobre cada uma de suas partes.

PRIMEIRO: O Senhor proíbe terminantemente a busca e a prática da adivinhação.
O Senhor nos proíbe tanto de fazer adivinhação, como de consultar os adivinhos, buscar pessoas que vêem a sorte, que lêem cartas, mãos, que fazem previsões para o futuro. Ele é o Senhor. Ele é Pai. Ele sabe por que está nos proibindo disso. Ele tem boas razões para fazer isso e o faz por amor. Se nos proíbe, é certo que o faz para nosso bem.

SEGUNDO: Ele proíbe o recurso à astrologia.
“Não haja no meio de vós quem se dê à astrologia” (cf. Dt 18,10).
Justamente porque somos inteiramente do Senhor, nosso Deus, a nossa confiança só pode estar nele. Não há como colocar a nossa confiança só pode estar nele. Não há como colocar a nossa confiança na influência dos astros e acreditar que a nossa vida seja regida por eles. Na vida do cristão não há lugar para astrologia. A nossa vida é regida por um Deus pessoal e providente. Não nos regemos pelo horóscopo, mas pela providência divina.

TERCEIRO: O Senhor proíbe toda e qualquer prática de magia.
Com toda a razão o Senhor nos proíbe, porque magia não é outra coisa senão a tentativa presunçosa de manipular forças e poderes ocultos. Na prática da magia os papéis são invertidos. Não é Deus que nos dirige com seu poder, mas somos nós que manipulamos pretensos poderes e forças ocultas para alcançar os nossos próprios objetivos. Não buscamos realizar os planos de Deus para nós e para os outros, mas estabelecemos os nossos próprios projetos e lançamos mão de todos os meios, também da manipulação de poderes ocultos, para atingir esses propósitos. É uma total inversão de valores.
A magia – e aí se inclui toda atividade de bruxos e bruxas, de feiticeiros – é uma orgulhosa pretensão de manipular poderes ocultos. É a criatura querendo assumir o lugar de Deus. É a pessoa humana tentando controlar a própria vida e a vida dos outros de acordo com os seus interesses e metas.  

QUARTO: Deus proíbe o espiritismo e a evocação dos mortos.
No livro do Deuteronômio, aparece claramente a proibição da prática do espiritismo e da evocação dos mortos:
“Não se ache no meio de ti quem se dê à magia, AO ESPIRITISMO, à adivinhação ou À EVOCAÇÃO DOS MORTOS” (Dt 18,11)
E imediatamente o Deuteronômio acrescenta:
“Porque o Senhor teu Deus ABOMINA aqueles que se dão a essas práticas” (Dt 18,12).
Repito: o Senhor abomina os que se dão a essas práticas. É forte!
Deus, que é Pai e nos ama como filhos, tem boas razões para nos proibir. Ele bem sabe que esses espíritos que se manifestam nas práticas espíritas (porque espiritismo é justamente entrar em contato com os espíritos e interagir com eles) não são os anjos que estão a serviço de Deus, mas os anjos que se rebelaram contra Deus. São espíritos malignos.
Você entendeu por que é que o Senhor nos proíbe o espiritismo e a evocação dos mortos? Você entendeu por que não podemos freqüentar esses centros e terreiros? Entendeu por que não devemos nos meter nessas questões de bruxos e feiticeiros? Nem mesmo por brincadeira? Nem mesmo por folclore? Nem mesmo sob a alegação de que se entra de “cultura afro”?
Você entendeu por que não podemos nos expor e principalmente expor nossas crianças aos espíritos malignos nas costumeiras festas das bruxas, de Cosme e Damião e de Iemanjá?

Não é sem razão que o Senhor vem hoje gritar aos nossos ouvidos o que já havia falado no livro do Deuteronômio:

“O Senhor teu Deus abomina aqueles que se dão a estas práticas” (Dt 18,12).

E em seguida nos mostra o porquê:

“Serás inteiramente do Senhor, teu Deus” (Dt 18,14).
 

Santo do dia: São Porfírio


Nascido do ano de 353 em Tessalônica da Macedônia, Porfírio foi muito bem formado pelos seus pais, numa busca de piedade e vontade de Deus. Com 25 anos foi para o Egito, onde viveu a austeridade. Depois, seguiu para a Palestina, vivendo como eremita por 5 anos. Devido a uma enfermidade seguiu para Jerusalém, onde se tratou.

São Porfírio percebia que faltava algo. Ele tinha herdado uma grande fortuna, e já tendo discípulos - que vendo a ele seguir a Cristo, também quiseram seguir nosso Senhor nos passos dele - ele ordenou que esses discípulos fossem para Tessalônica e vendessem todos os bens. Ele então, pôde dar tudo aos pobres.

Ele estava muito doente, mas através de uma visão, o Senhor o curou. Mais tarde, passou a trabalhar para ganhar o 'pão de cada dia', sempre confiando na Divina Providência.

O Patriarca de Jerusalém o ordenou sacerdote, e depois Bispo em Gaza, tendo grande influência politica e na religiosidade de todo o povo. Por meio do Espírito Santo e das autoridades, conseguiu que os templos pagãos fossem fechados, e os ídolos destruídos. Não para acabar com a religiosidade, mas para apontar a verdadeira religião: Nosso Senhor Jesus Cristo, único Senhor e Salvador.

Faleceu no século V, deixando-nos esse testemunho: nossa fé, nossa caridade, precisam ter uma ressonância dentro e fora da Igreja, para a glória de Deus e Salvação de todas as pessoas.

São Porfírio, rogai por nós!!!

sábado, 25 de fevereiro de 2012

REFLEXÃO: Crave a Cruz de Cristo na sua vida

Deus não enviou seu Filho ao mundo para condená-lo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. Deus não enviou seu Filho para condenar sua família, mas para que ela seja salva por Ele.

Esta é a grande verdade: não podemos rejeitar a salvação de Jesus. O Filho de Deus quis se fazer Filho do homem, porque viu a situação dos seus irmãos, era vontade do Pai e do Filho.[...]

Até que o Pai tomou a iniciativa e, o Filho aceitou de coração enfrentar tudo, até alcançar a salvação dos seus irmãos. Foi rejeitado pelo seu próprio povo, condenado e morto na cruz, aceitou tudo isso, do fundo do coração para a nossa salvação. Por isso, nenhum de nós pode rejeitar a salvação.

Deus foi conduzindo o povo ao longo do deserto até para a terra prometida. Foi uma caminhada difícil, porque era necessário passar pelo deserto. Logo começaram a murmurar, rejeitando tudo o que Deus fez.
Deus providenciava, a cada dia, o maná como alimento para aquele povo, era o único alimento, porque eles estavam no deserto. Mas o povo era ingrato e dizia “estamos com nojo deste miserável alimento” (Nm 21,5b). Vejam a que ponto chegamos para rejeitar a salvação. As serpentes começaram a atacá-los e a cada dia, mais pessoas morriam nas tendas, até as crianças eram picadas. O povo então, entrou em desespero e, graças a Deus, por causa do desespero se voltaram a Ele. Moisés mandou fazer serpentes de bronze, por ordem de Deus. Os que tinham sido picados já estavam condenados à morte, mas se a pessoa se voltasse para a serpente de bronze, já estava curada.

Da mesma forma, Jesus vem nos dizer “como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do homem”(Jô 3,14).
Porque Deus não enviou seu Filho ao mundo para condená-lo, mas para salvá-lo. Deus viu a bobagem que fizemos de rejeitar a salvação, mas quis tanto nos salvar que facilitou as coisas para nós, bastava olhar para aquela cruz. Porque seu filho já fez tudo, agora basta que a acreditemos, estamos vivendo o tempo da misericórdia.

Vemos nossos filhos preferindo as drogas, a corrupção. E assim como aquele povo precisava passar pelo deserto, nós passamos pela dureza de deixar o pecado, as nossas más inclinações para sermos salvos. Por não querermos enfrentar isso, estamos perdendo aqueles que amamos.

Hoje é um dia especial para chamar todos de volta. Cada um precisa se dispor a não mais rejeitar a salvação, e então fincar a cruz de Cristo na sua vida, nos seus afetos, na sua vontade rebelde, no seu corpo que procura prazer a qualquer custo.

Traga mesmo sua cruz com você, ela não é simplesmente um sinal. O mais importante é a cruz estar fincada em nós, assumindo a salvação de Jesus.
Hoje você tem o dever de fincar a cruz na sua casa, no seu casamento. Mesmo se o seu cônjuge não quiser saber de nada, a cruz de Cristo estará fincada e o seu efeito chegará. Se você tem pessoas longe de Deus, que estão se perdendo, finque cruz de Cristo na vida dessas pessoas, porque chegará o dia em que ela vai se render.

A Canção Nova está se aliando a você mais uma vez, hoje o nosso dia já começou diferente e amanhã, dia de Nossa Senhora das Dores, vamos continuar ajudando você a fincar a cruz de Cristo na sua vida e na vida dos seus.

Graças a Deus, a Canção Nova está fazendo isso pela TV, mesmo que alguém na sua casa não queira; a cruz de Cristo está sendo fincada na sua casa e nós vamos continuar a fazer isso.
Assim como era impossível que aquele povo fizesse a travessia do deserto sem sacrifícios, é impossível alcançarmos a salvação sem dor, sem sacrifício.

Mesmo que você seja rebelde, não queira, estamos aqui para ajudá-lo, porque Deus quer a sua salvação e nós somos seus aliados.
Mons. Jonas Abib

Santo do dia: Santa Valburga


Santa Valburga nasceu no ano de 710. Era filha de São Ricardo, rei dos Saxões do Oeste. Santa Valburga tinha dois irmãos: o bispo Vilibaldo e o monge Vunibaldo. Durante uma peregrinação com seu pai, mãe e irmãos aos Lugares Santos, Santa Valburga retirou-se numa abadia. E foi ali que descobriu a beleza do chamado de Deus, consagrando-se inteiramente ao Senhor. Seu pai veio a falecer durante a viagem de volta dessa peregrinação.

Em 748, foi enviada por sua abadessa à Alemanha, junto com outras religiosas, para fundar e implantar mosteiros e escolas entre populações recém-convertidas. Na viagem, uma grande tempestade foi aplacada pelas preces de Valburga, por ela Deus já operava milagres. Naquele país, foi recebida e apoiada pelo bispo Bonifácio, seu tio, que consolidava um grande trabalho de evangelização, auxiliado pelos sobrinhos missionários.

Designou a sobrinha para a diocese de Eichestat onde Vunibaldo havia construído um mosteiro em Heidenheim e tinha projeto para um feminino na mesma localidade. Ambos concluíram o novo mosteiro e Valburga eleita a abadessa. Após a morte do irmão, ela passou a dirigir os dois mosteiros, função que exerceu durante dezessete anos. Nessa época transpareceu a sua santidade nos exemplos de sua mortificação, bem como no seu amor ao silêncio e na sua devoção ao Senhor. As obras assistenciais executadas pelos seus religiosos fizeram destes mosteiros os mais famosos e procurados de toda a região.

Valburga se entregou a Deus de tal forma que os prodígios aconteciam com frequência. Os mais citados são: o de uma luz sobrenatural que envolveu sua cela enquanto rezava, presenciada por todas as outras religiosas e o da cura da filha de um barão, depois de uma noite de orações ao seu lado.

Morreu no dia 25 de fevereiro de 779 e seu corpo foi enterrado no mosteiro de Heidenheim, onde permaneceu por oitenta anos. Mas, ao ser trasladado para a igreja de Eichestat, quando de sua canonização, em 893, o seu corpo foi encontrado ainda intacto. Além disso, das pedras do sepulcro brotava um fluído de aroma suave, como um óleo fino, fato que se repetiu sob o altar da igreja onde o corpo foi colocado.

Nesta mesma cerimônia, algumas relíquias da Santa foram enviadas para a França do Norte, onde o rei Carlos III, o Simples, havia construído no seu palácio de Atinhy, uma igreja dedicada a Santa Valburga. O seu culto, em 25 de fevereiro, se espalhou rápido, porque o óleo continuou brotando. Atualmente é recolhido em concha de prata e guardado em garrafinhas distribuídas para o mundo inteiro. Os devotos afirmam que opera milagres.

Santa Valburga, rogai por nós!!!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

REFLEXÃO: Estar ligado à Igreja é estar ligado a Cristo


O Senhor nos deu um espírito de fortaleza, de coragem, de entusiasmo, para que anunciemos a todo Seu povo a Boa Nova: “Eis o vosso Deus”. Mais do que nunca, Ele está operando no meio de nós; está realizando Suas obras, está conosco e nós precisamos mostrar quem é o verdadeiro Senhor.
Já estamos vivendo os tempos falados pelo Evangelho, o tempo do surgimento de muitos falsos profetas. Eles estão apontando outros “cristos” descaradamente. Todos os tipos de filosofia e religião estão prometendo a chegada de outros “messias”.
Nós, que temos Jesus como Salvador, precisamos nos agarrar a Ele; dedicar-Lhe nossa vida; lutar por Jesus; amá-Lo. É preciso que nos unamos, mas não em "grupinhos" separados. Hoje, mais do que nunca, precisamos estar juntos em uma única Igreja, a Igreja de Jesus. O Pai uniu de tal forma a Igreja e Seu Filho, que eles são um só, um único Corpo. Em conseqüência, não dá para ser de Cristo sem ser de Sua Igreja, e vice-versa.
A Igreja é vida e se faz em sucessão; não é democracia, não é feita pelo povo. Ela vem do alto, do céu e se realiza no povo de Deus.
O rebanho do Pai precisa de um pastor e Jesus não poderia estar visivelmente presente entre o povo para sempre. Por essa razão, Ele deu a Pedro e a seus sucessores Sua própria autoridade. E depois da Ressurreição disse ao mesmo Pedro, que O havia negado três vezes: “Tu me amas, Pedro? Apascenta as minhas ovelhas [...]”. Pedro era fraco, mas Jesus o escolheu como pedra fundamental de Sua Igreja – Igreja una, ungida pelo Senhor, na qual não há divisões.
Nossa geração sofrerá uma perseguição muito grande, e isso significa que, não estando ligado à Igreja, à única Igreja de Cristo, você também irá traí-Lo. Os próprios apóstolos encontraram dificuldades em seu caminho, mas não romperam com Jesus; pelo contrário, firmaram-se muito mais em Cristo e na Igreja.
Hoje encontramos muita dificuldade, muita incompreensão; nem todos estão preparados para aceitar as coisas novas que Deus está fazendo. Mas você despreza seu pai e sua mãe por eles, às vezes, demonstrarem uma mentalidade antiquada, por não compreenderem os dias de hoje? É claro que não. Você os respeita, apesar disso. Assim também é na Igreja. Nossos padres, nossos bispos são fruto de uma época, de uma mentalidade, e, às vezes, não entendem as novas idéias. Temos de ser fiéis ao Senhor e respeitar os nossos padres, bispos, entre outros.
Precisamos aprender a unir as riquezas do novo e do antigo. Com o tempo, eles vão se adaptando aos nossos dias e, orando por nós, incentivando-nos, trazendo-nos o perdão dos pecados, colocando-nos nos caminhos da fidelidade ao Senhor, a vontade de Deus acontecerá, em uma Igreja renovada de Cristo.
Deus quer fazer uma Igreja renovada, na qual o que não é certo, o que não é do Senhor, seja modificado. Como numa plástica facial em que se transforma um nariz torto, por exemplo, o Senhor quer mudar o que não está bom. Não quer cortar fora o "nariz" em hipótese alguma. Há muita gente fazendo "narizes" e "orelhas" à parte, mas isso não salvará ninguém. É preciso estar ligado a Jesus e à Sua Igreja, como os membros se ligam a um corpo, como os ramos se prendem a uma videira.
Trecho do livro Caminho para a santidade de Monsenhor Jonas Abib.

Santo do dia: São Sérgio


Celebramos neste dia a santidade de vida do monge Sérgio que chegou ao martírio devido seu grande amor a pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo. São Sérgio vivia no deserto enquanto os cristãos estavam sendo perseguidos e entregando a vida em sacrifício de louvor.

Certa vez o santo monge e intercessor foi movido pelo Espírito Santo para ir à Cesareia, onde lá ele encontrou no centro da praça a imagem de Júpiter, que era considerado como o maior dos deuses entre os pagãos. Diante da imagem os sacerdotes pagãos acusavam os cristãos e os condenavam, com o motivo de serem eles os culpados da omissão dos deuses diante das necessidades do povo.

Encorajado por Deus, São Sérgio levantou-se para denunciar as mentiras e anunciar no poder do Espírito Santo o Evangelho. Depois de fazer um lindo trabalho de evangelização, São Sérgio foi preso e no século IV partiu para a Glória.

São Sérgio, rogai por nós!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

REFLEXÃO: O tecelão de Deus


Em nossa vida travamos muitos combates. Lutamos contra o pecado, as más inclinações, os sentimentos negativos que enchem o nosso coração e nos trazem confusões. A nossa vida é uma luta constante contra o mal e contra tristeza.
Tristeza é como a dor: chega sem aviso prévio. Mas não podemos nos entregar. Ao contrário, o segredo é resistir.
Sabendo disso, o Senhor nos instruiu:

“Não entregues tua alma à tristeza, não atormentes a ti mesmo em teus pensamentos. A alegria do coração é a vida do homem, e um inesgotável tesouro de santidade; a alegria do homem torna mais longa a sua vida” (Eclo 30,22-23).

Deus nos dá a ordem de não nos entregarmos à tristeza, pois ela já causou a perda de muitos. Ele não quer nos ver morrer por causa disso! Muitas pessoas já morreram psicológica e espiritualmente por causa da tristeza. Pessoas que tem a tristeza enraizada no coração! Precisarão remover tudo até não ficar nenhuma raiz de amargura.
A libertação radical da tristeza é obra do Espírito. Só ele é capaz de erradicar de nós toda tristeza e fazer que a alegria brote abundantemente no nosso interior. Mas Ele precisa da nossa cooperação, sem ela nada fará.
Para que todas as raízes sejam arrancadas é preciso estar dispostos e abertos a isso. Deus nos dá o livre-arbítrio: a decisão é nossa.
Muitas vezes insistimos em cultivar sentimentos negativos, nos tornamos masoquistas. Não podemos ficar remoendo sofrimentos passados. Dessa forma, acabamos abrindo uma enorme brecha para o inimigo agir.
A tristeza é filha predileta do demônio, por isso ele gosta de cultivar e alojar tristeza no nosso coração.
Não podemos ser pessoas amargas, negativas, ásperas, azedas, mal-humoradas, irritadas e ressentidas. Ao contrário, precisamos tomar posse dos frutos do Espírito Santo: amor, alegria, paz, paciência, bondade, benevolência, fé, domínio de si.
De alguma forma a tentação procura uma brecha para agir em nossas vidas. Há pessoas que desejam sinceramente ser do Senhor, mas acabam deixando que a tristeza assuma o controle da situação.
A palavra de Deus nos ordena:

“Não entregues tua alma à tristeza; não atormentes a ti mesmo em teus pensamentos” (Sr 30, 21).

Não podemos nos entregar à tentação: Somos pertença de Deus. Já percebeu quantas vezes o Senhor nos orienta?

“Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mt 22,21).

De Deus vem a alegria, do diabo vem a tristeza. Somos de Deus, por isso somos da alegria.
A tristeza é responsável por muitas doenças e também por suicídios. Se a tristeza, como se combate o inimigo; renunciar à tristeza, como se renuncia ao demônio.
Somente aqueles que lutam e não se deixam abater pelas contrariedades da vida é que encontram a verdadeira alegria. Renuncie a tudo aquilo que lhe causa tristeza:

Senhor, porque creio em Ti, renuncio a toda tristeza que caiu sobre mim. Rompo com a tristeza, com a decepção e com todo tipo de frustração.
oloco toda tristeza aos pés da cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo. Não quero acumular entulhos no meu coração. Ao contrário, quero cultivar a alegria.
Retira toda raiz de tristeza. Dá-me o Teu Santo Espírito. Quero fazer da minha vida uma alegria constante para os outros. Dá-me a Tua alegria e a Tua paz.
Amém.
 

Extraído do livro de Padre Jonas Abib "Combatentes na alegria" (páginas 33 a 36)

Santo do dia: São Policarpo


O santo deste dia é um dos grandes Padres Apostólicos, ou seja, pertencia ao número daqueles que conviveram com os primeiros apóstolos e serviram de elo entre a Igreja primitiva e a Igreja do mundo greco-romano.

São Policarpo foi ordenado Bispo de Esmirna pelo próprio São João, o Evangelista. De caráter reto, de elevado saber, amor à Igreja e fiel à ortodoxia da fé, era respeitado por todos no Oriente.

Com a perseguição aos cristãos, o santo Bispo de 86 anos, escondeu-se até ser preso e levado para o governador, que pretendia convencê-lo de ofender a Cristo. Policarpo, porém, proferiu estas palavras: "Há oitenta e seis anos sirvo a Cristo e nenhum mal tenho recebido dele. Como poderei rejeitar Àquele a quem prestei culto e reconheço como meu Salvador".

Condenado à morte no estádio da cidade, ele próprio subiu na fogueira e testemunhou para o povo: "Sede bendito para sempre, ó Senhor; que o Vosso Nome adorável seja glorificado por todos os séculos". São Policarpo viveu o seu nome – poli=muitos, carpo=fruto – muitos frutos”, que foram regados com suor, lágrimas e, no seu martírio no ano de 155, regado também com sangue.

São Policarpo, rogai por nós!!!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

REFLEXÃO: A graça de ouvir Deus

"Fala-me, Senhor, que o teu servo escuta" (1Sm 3,10). Estamos no início do livro de Samuel. Na primeira leitura de ontem, vimos que Ana concebeu e deu à luz o menino. No ano seguinte, ela levou o filho, Samuel, para o sacerdote Heli a fim de oferecê-lo a Deus, entregando-o para que ele servisse ao Senhor desde sua primeira infância. Por isso vimos, na primeira leitura de hoje, Samuel dormindo no templo.

Os olhos de Heli já não conseguiam enxergar, não apenas porque ele estava ficando velho, mas porque seus dois filhos se aproveitavam da situação dele para administrar o templo e tudo o que acontecia ao redor para o próprio prazer e vantagens deles. Se os filhos do sacerdote faziam isso, imagine os outros. Heli via tudo aquilo, mas não tinha coragem de repreendê-los, de mudar a situação deles e dos outros que rodeavam o altar. Por isso, a expressão: "Os olhos de Heli estavam se apagando".

Meus irmãos, temos aqui um retrato do mundo, da situação religiosa do povo de hoje. O que está escrito a respeito dos filhos do sacerdote Heli, está acontecendo também na Igreja. Veja quantos estão aproveitando-se do Evangelho, criando “igrejas” por aí, não com o objetivo de evangelizar, mas para as próprias vontades. As duas coisas acontecendo: os aproveitadores e a posição daqueles que têm autoridade, mas que não estão tomando nenhuma iniciativa, não estão entrando em ação para mudar essa situação. Essa Palavra de hoje é, mais do que nunca, atual.

Precisamos ter ouvidos abertos, atentos para ouvir Deus, porque as coisas não vão mudar se nós não tivermos coragem de enfrentar as situações e mudá-las; se não pararmos para ouvir ao Senhor, como aconteceu com Samuel, que estava dormindo no templo do Senhor, onde estava a Arca da Aliança, o lugar onde há a presença viva de Deus. Mas, como ele era muito jovem, não foi capaz de perceber que era o próprio Senhor quem o chamava. Por causa da situação do povo, a Palavra do Senhor era rara e as visões não eram freqüentes naquele tempo.

Heli percebeu, então, que o Senhor queria falar com o menino [Samuel], dar-lhe instruções; por isso ele pediu para que o garoto dissesse: "Fala, Senhor, que eu te escuto".

Precisamos ter a graça de aprender a ouvir Deus, porque isso é um aprendizado. Não que o Senhor fale com uma voz audível, mas o faz em nosso interior, no nosso coração. Só assim teremos a coragem de mudar as coisas, primeiro neste templo que somos nós. Há desordens em seu templo que precisam ser corrigidas urgentemente. Ninguém pode levantar o dedo para os outros, porque a desordem começa em cada um de nós. Há também coisas que precisam mudar na sua casa e muitas delas você não sabe como realizar isso.

É preciso aprender a ouvir o Senhor para – na orientação d'Ele – receber a coragem para enfrentar as coisas e renová-las. É preciso ouvir o Senhor como fez Jesus naquela madrugada, após ter passado a tarde curando a sogra de Pedro. Quando Ele fez esse milagre, o povo foi todo para a porta da casa do apóstolo e o Senhor fez inúmeros milagres naquela tarde e no decorrer da noite. Na madrugada seguinte, Ele estava com o Pai para ouvi-Lo, para falar com Ele.

Quando os apóstolos chegaram para levar Jesus novamente à casa de Pedro, porque muitos O esperavam, Ele disse que não iria, porque iriam para outra cidade. O Senhor não queria o sucesso, queria apenas cumprir a vontade de Deus, anunciando a Boa Nova. Os que vieram naquele dia, puderam ver os milagres que Ele havia realizado. A pregação da Palavra, a evangelização, as curas. Jesus vai à frente para outros lugares, realizar sua missão.

Você e eu precisamos ouvir a Palavra de Deus, mas, muitas vezes, é de madrugada ou bem de noite que faremos isso, quando todos forem dormir. Só aí teremos tempo e ambiente para aprendermos a ouvi-Lo, a falar com Ele e a entrarmos em ação.

Peça do fundo do seu coração: "Fala-me, Senhor, que teu servo escuta". 

Monsenhor Jonas Abib

Santo do dia: Santo Onésimo


Bispo e mártir, Santo Onésimo teve em sua história São Paulo e também os amigos dele. O que se sabe concretamente sobre Onésimo está testemunhado na carta de São Paulo a Filémon que começa assim: “Paulo, prisioneiro de Jesus Cristo, e seu irmão Timóteo, a Filémon, nosso muito amado colaborador” (Filémon 1,1). Foi nessa missão de São Paulo que ele encontrou-se com um fugitivo escravo chamado Onésimo, cujo nome significa, em grego, útil.

Onésimo abandonou a casa de seu senhor, provavelmente levando os bens próprios deste. A partir do versículo 8, São Paulo, pede para seu amigo uma intercessão. “Por esse motivo, se bem que eu tenha plena autoridade em Cristo para prescrever-te o que é da tua obrigação, prefiro fazer apenas um apelo para a sua caridade. Eu, Paulo, idoso como estou e, agora, preso por Jesus Cristo, venho suplicar-te em favor deste meu filho que gerei na prisão: Onésimo”(Filémon 1,8-10). Esta expressão de São Paulo, de gerar, significa evangelizar, cuidar; não apenas dar a conhecer a Cristo, mas acompanhar o crescimento do cristão.

Era assim o relacionamento de amor entre Paulo e Onésimo. Mas São Paulo sabia que Onésimo precisava ir ao encontro de Filémon. Então, prossegue: “Ele poderá ter sido de pouca serventia para ti, mas agora poderá ser útil tanto para ti quanto para mim. Torno a enviá-lo para junto de ti e é como se fosse o meu próprio coração, que é amor do apóstolo, um amor que se compadece e que toma a causa”. Por isso, não só Onésimo foi ao encontro de Filémon, como este o dispensou e o perdoou.

O santo de hoje ajudou São Paulo em sua missão e chegou a ser escolhido como Bispo que, por amor a Cristo, deixou-se apedrejar, perdoando a todos e sendo testemunho para os cristãos. 

Santo Onésimo, rogai por nós!!!