sábado, 31 de dezembro de 2011

REFLEXÃO: O poder do Nome de Jesus


Como cristãos devemos ter constantemente o Nome de Jesus nos lábios. Mas principalmente na oração para a cura física, para a cura interior e na oração de libertação. Não se trata de uma coisa mágica, como se bastasse proclamar o Nome do Senhor para que as curas e libertações acontecessem. O nome de Jesus significa "Deus salva". Quando proclamamos o Nome d'Ele numa situação estamos afirmando: "Deus salva! Deus salva esta pessoa! Deus salva nesta situação, neste momento!". É uma proclamação! Nós intercessores precisamos proclamar o Nome de Nosso Senhor Jesus Cristo como o "Deus salva". Ele é verdadeiramente o "Deus que salva".

Onde o fogo está ele queima. Tudo que encosta em suas chamas se queima. É impossível não se queimar, porque isso é próprio desse elemento. Da mesma forma, onde Jesus está Ele salva! Onde o Nome do Filho de Deus é proclamado Ele já está salvando! Ele é o "Deus salva"!

Jesus salva não porque recebeu esse Nome, mas porque Ele é o "Deus salva", por isso recebeu do Pai esse Nome. Ao proclamarmos o nome d'Ele estamos afirmando que "Deus salva". É uma certeza! E é preciso ter essa certeza para que a fé se reacenda em nós.

m geral, o Nome de Jesus vem acompanhado: Jesus Cristo. A palavra "Cristo", em hebraico, significa "Messias": o Prometido, o Enviado pelo Pai, o Esperado pelo povo. Toda a história do povo judeu convergia para o Messias que viria. Jesus é o Messias! Em grego é "Cristo". Em latim é "Ungido". Ele é o Messias, Ele é o Cristo, Ele é o Ungido. Porque Sua missão é:

"O Espírito do Senhor repousa sobre mim, porque o Senhor consagrou-me pela unção; enviou-me a levar a Boa Nova aos humildes, curar os corações doloridos, anunciar aos cativos a redenção, aos prisioneiros a liberdade" (Is 61,1).

Quando pronunciamos o Nome “Jesus Cristo” estamos proclamando que Ele é o "Deus salva", o Messias enviado pelo Pai, o Cristo que realiza a salvação no poder do Espírito Santo E existe um terceiro título: Jesus Cristo Senhor. Senhor, em latim, é "Dominus"; em grego, é "Kyrios". Jesus é o Senhor! Ele é Kyrios.

A grande vontade do Pai, desde todos os séculos, era que Seu Filho viesse a este mundo e se tornasse o Senhor: Senhor deste mundo, desta humanidade. Não como um déspota, um dominador. Mas o Senhor, que veio, viveu no meio de nós e estabeleceu o Reino de Deus no nosso meio! Jesus veio para implantar o Reino dos Céus nesta terra, para ser o Senhor. O Pai destinou Jesus, desde sempre, para ser o Senhor: Aquele que reuniria o divino e o humano; primeiro na Sua própria pessoa, depois, uniria o divino e o humano em nossa pessoa.

Santo do dia: São Silvestre


Este Papa dos inícios da nossa Igreja era um homem piedoso e santo, mas de personalidade pouco marcada. São Silvestre I apagou-se ao lado de um Imperador culto e ousado como Constantino, o qual, mais que servi-lo se terá antes servido dele, da sua simplicidade e humanidade, agindo por vezes como verdadeiro Bispo da Igreja, sobretudo no Oriente, onde recebe o nome de Isapóstolo, isto é, igual aos apóstolos.

E na realidade, nos assuntos externos da Igreja, o Imperador considerava-se acima dos próprios Bispos, o Bispo dos Bispos, com inevitáveis intromissões nos próprios assuntos internos, uma vez que, com a sua mentalidade ainda pagã, não estava capacitado para entender e aceitar um poder espiritual diferente e acima do civil ou político.

E talvez São Silvestre, na sua simplicidade, tivesse sido o Papa ideal para a circunstância. Outro Papa mais exigente, mais cioso da sua autoridade, teria irritado a megalomania de Constantino, perdendo a sua proteção. Ainda estava muito viva a lembrança dos horrores por que passara a Igreja no reinado de Diocleciano, e São Silvestre, testemunha dessa perseguição que ameaçou subverter por completo a Igreja, terá preferido agradecer este dom inesperado da proteção imperial e agir com moderação e prudência.

Constantino terá certamente exorbitado. Mas isso ter-se-á devido ao desejo de manter a paz no Império, ameaçada por dissenções ideológicas da Igreja, como na questão do donatismo que, apesar de já condenado no pontificado anterior, se vê de novo discutido, em 316, por iniciativa sua.

Dois anos depois, gerou-se nova agitação doutrinária mais perigosa, com origem na pregação de Ario, sacerdote alexandrino que negava a divindade da segunda Pessoa e, consequentemente, o mistério da Santíssima Trindade. Constantino, inteirado da agitação doutrinária, manda mais uma vez convocar os Bispos do Império para dirimirem a questão. Sabemos pelo Liber Pontificalis, por Eusébio e Santo Atanásio, que o Papa dá o seu acordo, e envia, como representantes seus, Ósio, Bispo de Córdova, acompanhado por dois presbíteros.

Ele, como dignidade suprema, não se imiscuiria nas disputas, reservando-se a aprovação do veredito final. Além disso, não convinha parecer demasiado submisso ao Imperador.

Foi o primeiro Concílio Ecumênico (universal) que reuniu em Niceia, no ano 325, mais de 300 Bispos, com o próprio Imperador a presidir em lugar de honra. Os Padres conciliares não tiveram dificuldade em fazer prevalecer a doutrina recebida dos Apóstolos sobre a divindade de Cristo, proposta energicamente pelo Bispo de Alexandria, Santo Atanásio. A heresia de Ario foi condenada sem hesitação e a ortodoxia trinitária ficou exarada no chamado Símbolo Niceno ou Credo, ratificado por S. Silvestre.

Constantino, satisfeito com a união estabelecida, parte no ano seguinte para as margens do Bósforo onde, em 330, inaugura Constantinopla, a que seria a nova capital do Império, eixo nevrálgico entre o Oriente e o Ocidente, até à sua queda em poder dos turcos otomanos, em 1453.

Data dessa altura a chamada doação constantiniana, mediante a qual o Imperador entrega à Igreja, na pessoa de S. Silvestre, a Domus Faustae, Casa de Fausta, sua esposa, ou palácio imperial de Latrão (residência papal até Leão XI), junto ao qual se ergueria uma grandiosa basílica de cinco naves, dedicada a Cristo Salvador e mais tarde a S. João Batista e S. João Evangelista (futura e atual catedral episcopal de Roma, S. João de Latrão). Mais tarde, doaria igualmente a própria cidade.

Depois de um longo pontificado, cheio de acontecimentos e transformações profundas na vida da Igreja, morre S. Silvestre I no último dia do ano 335, dia em que a Igreja venera a sua memória. Sepultado no cemitério de Priscila, os seus restos mortais seriam transladados por Paulo I (757-767) para a igreja erguida em sua memória.

 São Silvestre, rogai por nós!!!

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

REFLEXÃO: A coisa mais importante que temos é a família

"Jesus entrou no templo e expulsou dali todos aqueles que se entregavam ao comércio; derrubou as mesas dos cambistas e os bancos dos negociantes de pombas, e disse-lhes: ‘Está escrito: minha casa é uma casa de oração, mas vós fizestes dela um covil de ladrões’. Os cegos e os coxos aproximaram-se d’Ele no templo e Ele os curou. Com grande indignação dos príncipes, dos sacerdotes e dos escribas, que assistiam aos seus milagres e ouviam os meninos gritarem no templo: ‘Hosana ao Filho de David’, disseram-Lhe: ‘Ouves o que dizem eles?’ ‘Perfeitamente’, respondeu Jesus; ‘nunca lestes estas palavras: da boca dos meninos e das crianças de peito tirastes vosso louvor?’ Depois os deixou e saiu da cidade para hospedar-se em Betânia" (Mt 21,12-17).

O que aconteceu naquele tempo, em breve acontecerá para nós e de maneira maravilhosa. Jesus quer entrar em sua casa, em seu coração, para governar sua vida como Deus, como Rei, como Senhor. É por isso que hoje estamos recebendo a grande graça do derramamento do Espírito Santo.

Assim como no templo de Jerusalém, por amor a Seu Pai, a Sua casa e a Seus filhos, Jesus limpou toda a sujeira que havia ali, igualmente, em breve, Ele virá para limpar este mundo, que é a casa de Seu Pai, a casa que Ele deu para os filhos d'Ele.

Assim como nenhum pai e nenhuma mãe suportam ver sua casa emporcalhada; seus filhos estão sendo trucidados pela corrupção, pela depravação, igualmente Deus, nosso Pai, não suporta mais ver isso. Logo Ele virá e fará justiça aos Seus filhos.

O inimigo de Deus tem suscitado revolta no coração dos jovens, e até adultos, contra seus pais. Não existem pais perfeitos, é claro; se não erraram agora, erraram no passado; se não no passado, agora. E o maligno, a partir desses erros, cultiva a mágoa no coração dos filhos, que passam a não aguentá-los, a não suportar a voz deles; tudo em casa passa a irritá-los, a atrapalhá-los, e o consolo é procurado na rua. Isso é sujeira do maligno porque ele sabe que a coisa mais preciosa que temos é a família; mais do que de leite materno, precisamos de amor e carinho do pai, da mãe. Não admita essa revolta; esteja ela em que ponto estiver, transforme-a em afeto. Abra as portas do seu coração e da sua casa à salvação.

Se você é de Deus, se anda de acordo com as leis do Senhor, não é preciso ter medo. Alegre-se, como se alegraram as pessoas no templo de Jerusalém que não estavam conseguindo se libertar da sujeira do local e aplaudiram a atitude de Jesus.

Em geral, tomamos a justiça apenas no sentido de castigo aos errados; essa é apenas uma parte. A maior justiça é dar razão a quem tem; aos certos. Jesus virá para fazer justiça a Seus filhos. Como consequência disso, terá de expulsar aqueles que sujaram este mundo, que emporcalharam a casa de Deus, que pegaram Seus filhos, jogaram no chão e pisaram em cima deles.

É preciso receber Jesus como Deus, como Rei, como Senhor. Não é um peso obedecer ao Senhor; ao contrário, é paz, é libertação, alegria, amor, realização, coisas que, quanto mais nos aproximamos de Deus, tanto mais as experimentamos.
(Trecho do livro "Caminho para a santidade" de monsenhor Jonas Abib).

Sagrada Família de Nazaré


Se o Natal tiver sido ao domingo; não tendo sido assim, a Sagrada Família celebrar-se-á no domingo dentro da Oitava do Natal.
Da alocução de Paulo VI, Papa, em Nazaré, 5.1.1964:

O exemplo de Nazaré:

Nazaré é a escola em que se começa a compreender a vida de Jesus, é a escola em que se inicia o conhecimento do Evangelho. Aqui se aprende a observar, a escutar, a meditar e a penetrar o significado tão profundo e misterioso desta manifestação do Filho de Deus, tão simples, tão humilde e tão bela. Talvez se aprenda também, quase sem dar por isso, a imitá-la.
Aqui se aprende o método e o caminho que nos permitirá compreender facilmente quem é Cristo. Aqui se descobre a importância do ambiente que rodeou a sua vida, durante a sua permanência no meio de nós: os lugares, os tempos, os costumes, a linguagem, as práticas religiosas, tudo o que serviu a Jesus para Se revelar ao mundo. Aqui tudo fala, tudo tem sentido. Aqui, nesta escola, se compreende a necessidade de ter uma disciplina espiritual, se queremos seguir os ensinamentos do Evangelho e ser discípulos de Cristo. Quanto desejaríamos voltar a ser crianças e acudir a esta humilde e sublime escola de Nazaré! Quanto desejaríamos começar de novo, junto de Maria, a adquirir a verdadeira ciência da vida e a superior sabedoria das verdades divinas!
Mas estamos aqui apenas de passagem e temos de renunciar ao desejo de continuar nesta casa o estudo, nunca terminado, do conhecimento do Evangelho. No entanto, não partiremos deste lugar sem termos recolhido, quase furtivamente, algumas breves lições de Nazaré.
Em primeiro lugar, uma lição de silêncio. Oh se renascesse em nós o amor do silêncio, esse admirável e indispensável hábito do espírito, tão necessário para nós, que nos vemos assaltados por tanto ruído, tanto estrépito e tantos clamores, na agitada e tumultuosa vida do nosso tempo. Silêncio de Nazaré, ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres. Ensina-nos a necessidade e o valor de uma conveniente formação, do estudo, da meditação, da vida pessoal e interior, da oração que só Deus vê.
Uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família, a sua comunhão de amor, a sua austera e simples beleza, o seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré como é preciosa e insubstituível a educação familiar e como é fundamental e incomparável a sua função no plano social.
Uma lição de trabalho. Nazaré, a casa do Filho do carpinteiro! Aqui desejaríamos compreender e celebrar a lei, severa mas redentora, do trabalho humano; restabelecer a consciência da sua dignidade, de modo que todos a sentissem; recordar aqui, sob este teto, que o trabalho não pode ser um fim em si mesmo, mas que a sua liberdade e dignidade se fundamentam não só em motivos econômicos, mas também naquelas realidades que o orientam para um fim mais nobre. Daqui, finalmente, queremos saudar os trabalhadores de todo o mundo e mostrar-lhes o seu grande Modelo, o seu Irmão divino, o Profeta de todas as causas justas que lhes dizem respeito, Cristo Nosso Senhor.

João Paulo II, na Carta dirigida à família, por ocasião do Ano Internacional da Família, 1994, escreve:

A Sagrada Família é a primeira de tantas outras famílias santas. O Concílio recordou que a santidade é a vocação universal dos batizados (LG 40). Como no passado, também na nossa época não faltam testemunhas do "evangelho da família", mesmo que não sejam conhecidas nem proclamadas santas pela Igreja...

A Sagrada Família, imagem modelo de toda a família humana, ajude cada um a caminhar no espírito de Nazaré; ajude cada núcleo familiar a aprofundar a própria missão civil e eclesial, mediante a escuta da Palavra de Deus, a oração e a partilha fraterna da vida! Maria, Mãe do amor formoso, e José, Guarda e Redentor, nos acompanhem a todos com a sua incessante proteção.

 Sagrada Família de Nazaré, rogai por nós!!!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

REFLEXÃO: Ou o Senhor vem até nós, ou iremos até Ele

“Esta salvação tem sido objeto das investigações e meditações dos profetas. Eles profetizaram a respeito da graça que vos estava destinada. Procuraram saber a que época e a que circunstâncias se referia o Espírito de Cristo, que estava neles, ao anunciar com antecedência os sofrimentos de Cristo e a glória conseqüente. Foi-lhes revelado que, não para si mesmos, mas para vós, estavam ministrando estas coisas, que agora são anunciadas a vós por aqueles que vos pregam o evangelho em virtude do Espírito Santo, enviado do céu; revelações essas, que até os anjos desejam contemplar!'' (1Pe 1, 10 - 12)

''Cingi, portanto, os rins do vosso espírito, sede sóbrios e colocai toda vossa esperança na graça que vos será dada no dia em que Jesus Cristo aparecer''(1Pe 1,13).

Nós estamos entrando numa guerra e o demônio sabe que pouco tempo lhe resta, como está escrito em Apocalipse 12,12: ''Por isso alegrai-vos, ó céus, e todos que aí habitais. Mas, ó terra e mar, cuidado! Porque o Demônio desceu para vós, cheio de grande ira, sabendo que pouco tempo lhe resta.''

Com a vinda do Senhor o céu se alegrará! Mas porque o bandido [maligno] está sabendo que pouco tempo lhe resta decidiu descer cheio de ira. Então, meus irmãos, é momento de guerra e nós precisamos ter os nossos rins cingidos! Essa luta não é para os moles, para quem desanima facilmente. Nós estamos na Quaresma e Deus nos dá essas leituras que são tão diretas.

"Sede sóbrios!" Esse "sóbrios" significa ser moderado como alguém que vai para a guerra e passa por preparos. Precisamos ser sóbrios em tudo, como pessoas que olham para frente e – por saberem que têm pouco tempo – precisam ser fiéis.

Logo o Senhor Jesus vai se manifestar e o abismo vai receber de volta satanás. Por isso, a Palavra de Deus está nos dizendo: ''Cingi, portanto, os rins do vosso espírito, sede sóbrios e colocai toda vossa esperança na graça que vos será dada no dia em que Jesus Cristo aparecer''. O que estamos vivendo é algo importantíssimo, somos privilegiados.

A verdade é esta: ou o Senhor vem até nós ou nós iremos até Ele. Tudo está indicando que a vinda do Senhor está próxima. Nós precisamos estar em jejum de pecado. É preciso que estejamos em jejum de pecado para nos encontrarmos com o Senhor.

Quem lhe disse a hora em que você irá se encontrar com o Senhor? Temos de estar atentos, em jejum de pecado, pois não dará tempo de procurar um padre para nos confessar; a vinda do Senhor é imprevisível. Devemos mirar a vinda do Senhor e agüentar tudo para chegarmos lá.

Monsenhor Jonas Abib

Santo do dia: São Tomás Becket


Em 1155, Henrique II, rei da Inglaterra e de parte da França, nomeou seu chanceler Tomás Becket. Oriundo da Normandia, onde nasceu em 1117, e senhor de grande riqueza, era considerado um dos homens de maior capacidade do seu tempo. Compararam-no a Richelieu, com o qual na realidade se parecia, pelas qualidades de homem de Estado e amor das grandezas. Ficou célebre a visita que fez, em 1158, a Luís VII, rei da França.

Quando vagou a Sé de Canterbury, Henrique II nomeou para ela o chanceler. Tomás foi ordenado sacerdote a 1 de junho de 1162 e sagrado Bispo dois dias depois. Desde então, passou a ser a pessoa mais importante a seguir ao rei e mudou inteiramente de vida, convertendo-se num dos prelados mais austeros.

Convencido de que o cargo de primeiro-ministro e o de príncipe da Inglaterra eram incompatíveis, Tomás pediu demissão do cargo de chanceler, o que descontentou muito o rei. Henrique II ficou ainda mais aborrecido quando, em 1164, por ocasião dos "concílios" de Clarendon e Northampton, o Arcebispo tomou o partido do Papa contra ele. Tomás viu-se obrigado a fugir, disfarçado em irmão leigo, e foi procurar asilo em Compiègne, junto de Luís VII.

Passou, a seguir, à abadia de Pontigny e depois à de Santa Comba, na região de Sens. Decorridos quatro anos, a pedido do Papa e do rei da França, Henrique II acabou por consentir em que Tomás regressasse à Inglaterra. Persuadiu-se de que poderia contar, daí em diante, com a submissão cega do Arcebispo, mas em breve reconheceu que muito se tinha enganado, pois este continuava a defender as prerrogativas da Igreja romana contra as pretensões régias. Desesperado, o rei exclamou um dia: "Malditos sejam os que vivem do meu pão e não me livram deste padre insolente". Quatro cavaleiros tomaram à letra estas palavras, que não eram sem dúvida mais que uma exclamação de desespero. A 29 de dezembro de 1170, à tarde, vieram encontrar-se com Tomás no seu palácio, exigindo que ele levantasse as censuras que tinha imposto. Recusou-se a isso e foi com eles tranquilamente para uma capela lateral da Sé.

"Morro de boa vontade por Jesus e pela santa Igreja",disse-lhes; e eles abateram-no com as espadas.

São Tomás Becket, rogai por nós!!!

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

REFLEXÃO: Precisamos acender a brasa do amor

Sabemos que "tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus" (Romanos 8,28). Se amamos a Deus, se estamos envolvidos em Seu amor, tudo concorre para o nosso bem. Com também acontece o contrário: tudo nos estraga, nos faz mal, nos prejudica, se não estamos vivendo no amor de Deus.
"Quanto a nós, sabemos que passamos da morte para a vida , porque amamos nossos irmãos" (I João 3,14).

O Senhor quer ressuscitar-nos para o amor. Deus quer nos curar profundamento de tudo aquilo que acabou matando os amor em nós. Talvez diante do próximo mais próximo, isto é, seus familiares, filhos, irmãos, pais, esposo..., você tenha tido de dizer: "Meus Deus do céu, eu não amo, não sinto o amor". Justamente por causa disso o Senhor quer fazer uma ressurreição em sua vida.
Existe amor em você! Mas, infelizmente, não sentindo esse amor, você acaba dizendo para si mesmo que não ama. Você se acusa e se condena por isso.

Quando estamos voltados para o Senhor, sentimos Seu amor e começamos a amar: voltamos à vida. Sabemos que passamos da morte para a vida, porque o amor de Deus está em nós. Porque estamos voltados para Ele, começamos a amar o próximo.

Não é possível amar os outros se não amamos Deus em primeiro lugar. Não é possível amar a Deus se não sentimos o amor d'Ele por nós. Precisamos passar pela experiência de que foi Deus quem nos amou primeiro. Porque somos amados e experimentamos seu amor, começamos a amá-lo também. E amando a Deus, começamos também a amar o próximo.

Há amor em você. O amor de Deus foi derramado em seu coração pelo Espírito Santo que lhe foi dado. Se esse amor não se manifesta é porque forças de morte caíram, pesaram sobre ele e o sufocaram. Deus quer retirar todas essas forças de morte e fazer você voltar a experimentar o amor.
É como se em você houvesse cinzas em cima das brasas. Graças a Deus, ainda existe fogo. Porém, as cinzas estão matando o fogo. Quando eu era menino, fazíamos fogão à lenha em casa. Quantas vezes foi preciso pegar a tampa de uma panela e abanar o fogão para tirar as cinzas de cima. Eu achava bonito ver as brasas ficarem vermelhas e as cinzas irem embora. Bastava colocar alguns gravetos e, em pouco tempo, o fogo aparecia novamente.

Com o amor é assim também. Graças a Deus já existe amor em você. É preciso "abanar" esse amor. E isso depende de duas coisas: de Deus – e Ele já está fazendo Sua parte soprando o Espírito Santo sobre nós – e de nossa decisão de querer amar.

É em nossa casa, com as pessoas que Deus já introduziu em nossa vida, que precisamos acender as brasas do amor. Ainda lembro que eu ia pegar gravetos para fazer o fogo, e nem sempre eles estavam secos; dava um trabalhão acendê-los. Faziam muita fumaça. Faziam arder os olhos. Eu só tinha aqueles gravetos, por isso não desistia. Era preciso acender o fogo. Eu insistia, e, no meio de muita fumaça, finalmente o fogo reacendia. Insista! Não permaneça na morte!

As pessoas que Deus pôs em sua vida são os gravetos que Ele deixou para acender o fogo. Às vezes, elas estão verdes ainda, mas é com essas pessoas que você tem de fazer fogo. É com elas que a chama do amor vai acontecer.

Deus é amor e quem ama permanece no amor. Quem não ama permanece na morte. Sabemos que passamos da morte para a vida porque amamos as pessoas próximas a nós. Forças de morte terríveis e acontecimentos desastrosos fizeram cair cinzas e morte sobre o amor. Mas o Senhor nos devolve a coragem de dar passos; de tomar a iniciativa e amar.

Os valentes guerreiros que o Senhor está treinando fazem guerra cerrada contra o próprio egoísmo decidindo-se continuamente a amar fazendo voluntariamente gestos e mais gestos de amor. São todos os pequenos gestos, como gravetos que fazem fogo; mas são eles que marcam em nós a decisão deliberada de amar. Em outras palavras: passar continuamente da mote para a vida; do egoísmo para o amor.
Trecho do livro "Combatentes no amor" de monsenhor Jonas Abib

Santo do dia: São João Evangelista


O nome deste evangelista significa: "Deus é misericordioso": uma profecia que foi se cumprindo na vida do mais jovem dos apóstolos. Filho de Zebedeu e de Salomé, irmão de Tiago Maior, ele também era pescador, como Pedro e André; nasceu em Betsaida e ocupou um lugar de primeiro plano entre os apóstolos.

Jesus teve tal predileção por João que este assinalava-se como "o discípulo que Jesus amava". O apóstolo São João foi quem, na Santa Ceia, reclinou a cabeça sobre o peito do Mestre e, foi também a João, que se encontrava ao pé da Cruz ao lado da Virgem Santíssima, que Jesus disse: "Filho, eis aí a tua mãe" e, olhando para Maria disse: "Mulher, eis aí o teu filho". (Jo 19,26s).

Quando Jesus se transfigurou, foi João, juntamente com Pedro e Tiago, que estava lá. João é sempre o homem da elevação espiritual, mas não era fantasioso e delicado, tanto que Jesus chamou a ele e a seu irmão Tiago de Boanerges, que significa "filho do trovão".

João esteve desterrado em Patmos, por ter dado testemunho de Jesus. Deve ter isto acontecido durante a perseguição de Domiciano (81-96 dC). O sucessor deste, o benigno e já quase ancião Nerva (96-98), concedeu anistia geral; em virtude dela pôde João voltar a Éfeso (centro de sua atividade apostólica durante muito tempo, conhecida atualmente como Turquia). Lá o coloca a tradição cristã da primeiríssima hora, cujo valor histórico é irrecusável.

O Apocalipse e as três cartas de João testemunham igualmente que o autor vivia na Ásia e lá gozava de extraordinária autoridade. E não era para menos. Em nenhuma outra parte do mundo, nem sequer em Roma, havia já apóstolos que sobrevivessem. E é de imaginar a veneração que tinham os cristãos dos fins do século I por aquele ancião, que tinha ouvido falar o Senhor Jesus, e O tinha visto com os próprios olhos, e Lhe tinha tocado com as próprias mãos, e O tinha contemplado na sua vida terrena e depois de ressuscitado, e presenciara a sua Ascensão aos céus. Por isso, o valor dos seus ensinamentos e o peso de das suas afirmações não podiam deixar de ser excepcionais e mesmo únicos.

Dele dependem (na sua doutrina, na sua espiritualidade e na suave unção cristocêntrica dos escritos) os Santos Padres daquela primeira geração pós-apostólica que com ele trataram pessoalmente ou se formaram na fé cristã com os que tinham vivido com ele, como S. Pápias de Hierápole, S. Policarpo de Esmirna, Santo Inácio de Antioquia e Santo Ireneu de Lião. E são estas precisamente as fontes donde vêm as melhores informações que a Tradição nos transmitiu acerca desta última etapa da vida do apóstolo.

São João, já como um ancião, depara-se com uma terrível situação para a Igreja, Esposa de Cristo: perseguições individuais por parte de Nero e perseguições para toda a Igreja por parte de seu sucessor, o Imperador Domiciano.

Além destas perseguições, ainda havia o cúmulo de heresias que desentranhava o movimento religioso gnóstico, nascido e propagado fora e dentro da Igreja, procurando corroer a essência mesma do Cristianismo.

Nesta situação, Deus concede ao único sobrevivente dos que conviveram com o Mestre, a missão de ser o pilar básico da sua Igreja naquela hora terrível. E assim o foi. Para aquela hora, e para as gerações futuras também. Com a sua pregação e os seus escritos ficava assegurado o porvir glorioso da Igreja, entrevisto por ele nas suas visões de Patmos e cantado em seguida no Apocalipse.

Completada a sua obra, o santo evangelista morreu quase centenário, sem que nós saibamos a data exata. Foi no fim do primeiro século ou, quando muito, nos princípios do segundo, em tempo de Trajano (98-117 dC).

Três são as obras saídas da sua pena incluídas no cânone do Novo Testamento: o quarto Evangelho, o Apocalipse e as três cartas que têm o seu nome.


São João Evangelista, rogai por nós!!!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

REFLEXÃO: Jesus o quer discípulo

Meu irmão, vivemos hoje o amor. Jesus, reunido com os Seus apóstolos, disse: "Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei". Ele amou de todas as formas, compreendendo e aturando os Seus apóstolos. Não foi fácil transformá-los, mas o Senhor empenhou toda a Sua vida em amá-los. E o que aconteceu com eles acontece conosco também, porque Cristo quer nos formar discípulos – e só o Mestre pode fazer isso. É o Senhor; só Ele que nos faz discípulos.

Hoje, Ele quer suscitar em nós o grande desejo de sermos discípulos. Sei que você já começa a dizer desculpas: "Mas, como eu serei discípulo? Eu? Tão pecador?" Jesus não escolheu os melhores. Veja Pedro, até Judas foi escolhido. Ele acreditou em todos e trabalhou em cada um e aceita você do jeito que é e na situação em que está. O Senhor confia em nós.

Jesus vive confiando em nós, mesmo quando nós O decepcionamos. Ele não se decepciona conosco. Ele confia, porque nos ama.

O Senhor sabe das dores e sofrimentos que você tem passado e precisa lhe dizer que em tudo isso Ele está presente, trabalhando em você.

“Você é uma pedra dura como um diamante, por isso preciso trabalhá-lo. Saiba que Eu estou contando com você, trabalhando, operando e fazendo minha obra em você, para que seja semelhante a mim. Eu preciso fazê-lo semelhante a mim”. Deus lhe diz: “Deixe-me trabalhar em você. Quero fazê-lo meu discípulo, quero fazê-lo semelhante a mim”.

Você aceita esse acordo? Dê a sua resposta ao Senhor. Sei que, muitas vezes, você não entendeu e desesperou-se diante dos problemas e, hoje, o Senhor está lhe explicando todas as coisas. Somente você pode dar uma resposta ao Senhor. Diga: "Faça-se em mim, segundo a Tua palavra!"

Jesus já realizou e agora a coisa mais linda que poderia realizar é: "Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória". Também aquele que come ou bebe do cálice do Senhor indignamente, pense bem antes de recebê-los, pois se o faz indignamente toma a sua própria condenação. É isso que o Senhor quer recobrar: a nossa fé na existência real na Eucaristia.

“Senhor, eu proclamo a minha fé, eu creio na Tua presença real na Eucaristia, mesmo que os outros não acreditem. Eu creio que na hóstia consagrada e no vinho consagrado és Tu que estás ali. Creio na Tua Alma, Corpo, Sangue e Divindade realmente presentes na Eucaristia. Creio, Senhor, mas aumentai a minha fé”.

Houve um tempo em que os discípulos começaram a duvidar disso, porque, no início, os judeus falaram muito e questionavam como "esse homem podia dar Sua carne e Seu sangue". Quando estes [judeus] começaram a falar assim, Jesus, em vez de voltar atrás, foi aí que mais falou. E disse também: "Quem não comer minha carne e meu sangue não terá a vida eterna".

"Obrigado, Jesus! Eu não quero Te negar, mesmo que a minha cabeça não entenda. Mas, porque eu confio, Te digo: 'Senhor, só Tu tens palavras de vida eterna' (cf. João 6, 68). Tu és o Filho de Deus e permanecemos contigo. Neste dia santo, nós Te adoramos'".

Jesus está sendo muito ofendido. Há um povo fazendo um grande alarde, mas saiba que é uma minoria. Deus quer que você se assuma como discípulo.

Diga ao Senhor: “Eu creio, Senhor, mas aumenta a minha fé. Senhor, aumenta a nossa fé! Eu quero ter fé viva, uma fé forte. Eu professo a minha fé. Enche-me, Senhor, com o teu Espírito”.
Monsenhor Jonas Abib

Santo do dia: Santo Estêvão


Nos capítulos 6 e 7 dos Atos dos Apóstolos encontramos um longo relato sobre o martírio de Estêvão, que é um dos sete primeiros Diáconos nomeados e ordenados pelos Apóstolos. Santo Estêvão é chamado de Protomártir, ou seja, ele foi o primeiro mártir de toda a história católica. O seu martírio ocorreu entre o ano 31 e 36 da era cristã. Eis a descrição, tirada do livro dos Atos dos Apóstolos:

"Estêvão, porém, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. Levantaram-se então alguns da sinagoga, chamados dos Libertos e dos Cirenenses e dos Alexandrinos, e dos da Cicília e da Ásia e começaram a discutir com Estêvão, e não puderam resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele falava. Subornaram então alguns homens que disseram: 'Ouvimo-lo proferir palavras blasfematórias contra Moisés e contra Deus'. E amotinaram o povo e os Anciãos e Escribas e apoderaram-se dele e conduziram-no ao Sinédrio; e apresentaram falsas testemunhas que disseram: 'Este homem não cessa de proferir palavras contra o Lugar Santo e contra a Lei; pois, ouvimo-lo dizer que Jesus, o Nazareno, destruirá este Lugar e mudará os usos que Moisés nos legou'. E todos os que estavam sentados no Sinédrio, tendo fixado os olhares sobre ele, viram o seu rosto como o rosto de um anjo".

Num longo discurso, Estêvão evoca a história do povo de Israel, terminando com esta veemente apóstrofe:

"'Homens de cerviz dura, incircuncisos de coração e de ouvidos, resistis sempre ao Espírito Santo, vós sois como os vossos pais. Qual dos profetas não perseguiram os vossos pais, e mataram os que prediziam a vinda do Justo que vós agora traístes e assassinastes? Vós que recebestes a Lei promulgada pelo ministério dos anjos e não a guardastes'. Ao ouvirem estas palavras, exasperaram-se nos seus corações e rangiam os dentes contra ele. Mas ele, cheio do Espírito Santo, tendo os olhos fixos no céu, viu a glória de Deus e Jesus que estava à direita de Deus e disse: 'Vejo os céus abertos e o Filho do homem que está à direita de Deus'. E levantando um grande clamor, fecharam os olhos e, em conjunto, lançaram-se contra ele. E lançaram-no fora da cidade e apedrejaram-no. E as testemunhas depuseram os seus mantos aos pés de um jovem, chamado Saulo. E apedrejavam Estêvão que invocava Deus e dizia: 'Senhor Jesus, recebe o meu espírito'. Depois, tendo posto os joelhos em terra, gritou em voz alta: 'Senhor, não lhes contes este pecado'. E dizendo isto, adormeceu".

Santo Estêvão, rogai por nós!!!

domingo, 25 de dezembro de 2011

Natal do Senhor


Neste dia especial, em que toda a Igreja celebra o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, acompanhemos o testemunho da Palavra de Deus a respeito deste acontecimento que transformou a história da humanidade:
"...José subiu da Galileia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à Cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi, para se alistar com a sua esposa Maria, que estava grávida. Estando eles ali, completaram-se os dias dela. E deu à luz seu filho primogênito, e, envolvendo-o em faixas, reclinou-o num presépio; porque não havia lugar para eles na hospedaria. Havia nos arredores uns pastores, que vigiavam e guardavam seu rebanho nos campos durante as vigílias da noite. Um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor refulgiu ao redor deles, e tiveram grande temor. O anjo disse-lhes: 'Não temais, eis que vos anuncio uma boa nova que será alegria para todo o povo: hoje vos nasceu na Cidade Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor'." (Lc 2,4-11)

Por isso hoje celebramos a eterna solidariedade do Pai das Misericórdias que, no seu plano de amor, quis o nascimento de Jesus, que é o verdadeiro Sol, a Luz do mundo. Este não é um dia de medo e nem de desespero, é dia de confiança e de esperança, pois Deus veio habitar no meio de nós, e assim encher-nos da certeza de que é possível um mundo novo. Solidário conosco, Ele nos quer solidários neste dia de Glória que refulge ao redor de cada um de nós!

Sendo assim, tudo neste dia só tem sentido se apontar para o grande aniversariante deste dia: o Menino Deus! Presépios, árvores, enfeites, banquetes e os presentes natalícios representam os presentes que os Reis Magos levaram até Jesus, mas não são estes símbolos a essência do Natal. O importante, o essencial, é que Cristo realmente nasça em nossos corações de uma maneira nova, renovadora, e que a partir daí, possamos sempre caminhar na sua luz solidária deste Deus Único e Verdadeiro, que nos quer também solidários uns com os outros!

Vivamos com muita alegria este dia solidário, que o Senhor fez para nós!

 Um Santo Natal para você e para a sua família!!!

sábado, 24 de dezembro de 2011

REFLEXÃO: Tocai-me, Senhor. Eu preciso do Teu toque

O que mais faz sofrer o coração do Senhor é que nós, que temos os seus dons e que trabalhamos na Igreja, não ouvimos a sua voz. É claro: quem não ouve é surdo, e nós hoje encontramos muitos surdos espiritualmente. Este milagre, que vamos ver, nos traz grandes ensinamentos:

"Trouxeram então um homem surdo, que falava com dificuldade, e pediram que Jesus lhe impusesse a mão. Jesus afastou-se com o homem, para fora da multidão; em seguida, colocou os dedos nos seus ouvidos, cuspiu e com a saliva tocou a língua dele. Olhando para o céu, suspirou e disse: 'Efatá!'" (Marcos 7, 32-33).

A primeira coisa que Jesus fez foi afastar-se da multidão com aquele homem para estar a sós com ele. O Senhor já começa a nos ensinar. Os nossos ouvidos já estão tão saturados de tantas coisas que ouvimos! E os nossos olhos também o estão por tantas coisas que vemos. O mundo de hoje é assim, ele nos satura com tanta coisa que vemos e ouvimos. É por isso que o próprio Senhor conversou com aquele homem à parte.

Muitas vezes, nós acabamos desobedecendo a Deus, somos levados pela correnteza e por isso acabamos desobedecendo. Um dia, nós acordamos (e é bem verdade que, infelizmente, muitos nem acordam) e nos vemos longe de Deus. É por isso que o Senhor nos quer "isolados" com Ele. É uma necessidade para mim e para você.

É impressionante: não basta trabalhar para Deus. É uma grande tentação para nós que trabalhamos na Igreja não prestarmos atenção em Deus. Vamos à igreja, mas estamos muito mais atentos às coisas que devemos fazer do que no Senhor.

Jesus viu a necessidade daquele homem. E como nós também precisamos que isso se repita conosco! Não sei se você sente, mas eu já sinto no meu coração o desejo de dizer a Jesus:

"Toca-me Senhor, eu preciso do teu toque. Mil coisas têm me atraído, por isso não tenho te escutado. Não tenho feito a tua vontade, não te escutando, por isso muitas coisas estão erradas em minha vida. Por isso, Senhor, as pessoas que estão à minha volta, de acordo com o meu conceito, é que estão erradas, e não constato que o problema está em mim.

Se eu te obedecesse, Senhor, agiria totalmente diferente com as pessoas. Eu pensaria diferente, agiria diferente. Sinto, Senhor, a necessidade de ser tocado por Ti. Toca-me, Senhor, e transmita o teu amor ao meu coração, pois eu preciso muito dele. Só o Senhor pode abrir os meus ouvidos como abriste os ouvidos daquele surdo. Que eu te siga, Senhor, que eu sempre te acompanhe".

Veja que beleza que o Senhor fez, Ele tocou nos ouvidos daquele homem e depois olhou para o céu, porque é de lá que vem a graça.

"Eu preciso, Senhor, abrir-me a Ti, que o Senhor mesmo diga: 'Efatá' para meus ouvidos, para minha cabeça, para os meus olhos. Que Tu mesmo digas que basta uma só palavra para que isso aconteça. Concede-me essa graça hoje. Abre, Senhor, também meu coração.

Meu coração, por causa de tanto sofrimento, acabou ficando calejado; até mesmo fui me tornando insensível a Ti e também aos outros. Senhor, abre o meu coração, eu preciso ter o coração aberto. Tu sabes onde tocar para que eu seja curado. Talvez eu [você] tenha perdido alguém muito especial e até mesmo eu [você] tenha me decepcionado Contigo. Eu te julguei, Senhor, e o meu coração se fechou, por isso, tem misericórdia de mim!

Como necessitado eu peço: toca o meu coração! A palavra capaz de mudar tudo é essa: 'Efatá'! Meu coração se abre para Ti, para tua Palavra, para as pessoas, para a vida. Obrigado, Senhor, porque realizas um milagre, como fizeste com aquele surdo. Obrigado porque abriste meus ouvidos, minha mente e meu coração."
Monsenhor Jonas Abib

Santo do dia: São Charbel Makhlouf


São Charbel Makhlouf nasceu a 8 de maio de 1828, em BiqáKafra, aldeia montanhosa do norte, ao pé dos cedros do Líbano. Seu nome de batismo: José Zaroun Makhlouf. Com 23 anos ele toma o nome de Charbel em memória do mártir do século segundo, foge de casa e refugia-se no mosteiro de Nossa Senhora de Mayfoug, da Ordem libanesa maronita. Um ano depois, transfere-se para o mosteiro de S. Maron de Annayam, da província de Jbail, verdadeiro oásis de oração e fé, a 1300 metros de altitude. Depois de seis anos de estudos teológicos, em Klifan, é ordenado sacerdote. Exerce, então, com muita edificação, as funções do seu ministério sagrado, juntamente com toda a sorte de trabalhos manuais. Após dezesseis anos de vida ascética, Charbel obtém autorização, em 1875, para se retirar ao eremitério dos Santos Pedro e Paulo, de Annaya. Durante 23 anos (1875-1898), S. Charbel entrega-se com todas as forças da alma, à busca de Deus, na bem-aventurada e total solidão. Deus recompensa o seu fiel servidor, dando-lhe o dom de operar milagres, já em vida: afirma-se que os realizou não somente com cristãos, mas, também, com muitos muçulmanos.

No dia 16 de dezembro de 1898, em Annaya, enquanto celebrava a Santa Missa, sofreu um ataque de apoplexia; levou-o à morte, no dia 24, Vigília da Festa de Natal. Tinha 70 anos de idade.

Com o seu próprio punho, Pio XII assinou o decreto que dava início ao processo de beatificação do Padre Charbel, dizendo expressamente: "O Padre Charbel já gozava, em vida, sem o querer, da honra de o chamarem santo, pois a sua existência era verdadeiramente santificada por sacrifícios, jejuns e abstinências. Foi vida digna de ser chamada cristã e, portanto, santa. Agora, após a sua morte, ocorre este extraordinário sinal deixado por Deus: seu corpo transpira sangue, sempre que se lhe toca, e todos os que, doentes, tocarem com um pedaço de pano suas vestes constantemente úmidas de sangue, alcançam alívio em suas doenças e não poucos até se veem curados. Glória ao Pai que coroou os combates dos santos. Glória ao Filho que deixou esse poder em suas relíquias. Glória ao Espírito Santo que repousa, com suas luzes, sobre seus restos mortais para fazer nascer consolações em todas as espécies de tristezas".

No segundo domingo de outubro de 1977, dia 9, o Santo Padre Paulo VI canonizou solenemente, na Basílica de São Pedro, em Roma, o bem-aventurado Charbel Makhlouf, monge eremita libanês. Foi a primeira canonização, realizada pelo Papa, de um membro da Igreja do Rito Oriental, desde que o Vaticano traçara, há quatro séculos, nova orientação para as canonizações. Antes da canonização atual, os santos maronitas eram proclamados pelo Patriarca da Igreja maronita.
São Charbel Makhlouf, rogai por nós!!!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

REFLEXÃO: Nasceu para nós o Salvador


Naquela época, se uma criança nascesse numa situação como a de Jesus, numa estrebaria, era considerada uma criança impura, e para o judeu essas crianças eram consideradas como os leprosos que ficavam separados, num lugar à parte na cidade. Os leprosos eram os impuros, eles só deixavam de ser impuros se acontecesse a cura e os sacerdotes fizessem um ritual de purificação com eles.

Jesus nasceu como um impuro. E por que Deus permitiu uma coisa dessas? Fazer o Filho nascer impuro... Aí está o grande segredo para nós: o Pai quis, e Jesus aceitou nascer impuro para salvar o Puro, o Perfeito, o Santo. Digo impuro diante da lei, a lei dos judeus. Era a cultura deles, mas Deus permitiu isso para nos salvar. E assim trazer todo impuro para o Seu coração.

É isso que Jesus quer fazer na vida de cada um de nós no Natal: salvar-nos da nossa impureza. E por isso a necessidade de assumir essa Salvação. E hoje, especialmente, a Salvação está no meio de nós, porque Deus vai se adequando às festas litúrgicas, a Salvação vem hoje no Natal.

Abramo-nos para a Salvação porque hoje nasceu para nós Cristo, o Senhor.

Por pior que seja a sua impureza e a sua maldade, abra-se à Salvação. Jesus se faz pecador para salvar o pecador, esteja o pecador em que pecado estiver. É por isso que Ele acolheu a Zaqueu, acolheu a Maria Madalena... e tantos pecadores.

Jesus diz a você: ‘Filho, filha, seja qual for a sua situação, teus pecados estão perdoados’. Somente que para isso você precisa abrir-se para essa misericórdia. Em nenhum outro há Salvação, só em Jesus, o Senhor.

A Carta aos Gálatas repete que Aquele que é pregado no madeiro é um maldito – minha mãe e meu pai não me deixavam dizer "maldito" porque é uma palavra pesada –, mas Aquele que ia para a cruz era considerado um maldito, quer dizer: completamente fora da graça de Deus.

Cristo nos resgatou da maldição.

Por que o Pai exigiu tanto do Senhor? Meus irmãos, é justamente porque Jesus se fez maldito para libertar a mim e a você de toda maldição. O ladrão, ao lado de Jesus na cruz, disse: ‘Senhor, lembra-te de mim quando estiveres no teu reino’, e Jesus respondeu: ‘Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso’.

Jesus que falar isso para você hoje. O ladrão precisou render-se. Renda-se você também. A divisão da cruz está justamente entre aqueles que acolhem a Salvação e aqueles que não a acolhem. A decisão é sua! É você quem decide!

Todos nós temos medo de decisões, mas essa é a mais linda decisão. Decida-se esta noite! Para que esse medo de se decidir por Jesus? Por que já se acostumou? Já se decepcionou com pessoas? Meu irmão, pelo amor de Deus, deixe de bobagem! Para que ficar com raiva? Por que guardar mágoa? Por que querer viver no mal? Na corrupção? Na impureza? Numa sexualidade errada? Por quê?

Por isso que o Pai quis que o Seu Filho nascesse impuro para que você se tornasse puro. Meu irmão, não é por mérito, ou porque você seja bom, é por graça!

Talvez você não esteja numa vida errada, mas traz em si sentimentos de culpa, não se perdoa por algo que fez. Isso é um grande mal! Por favor, agarre-se a Jesus nesta noite. Aceite Jesus como seu Senhor, Aquele que manda na sua vida. Se você entrega as rédeas da sua vida a Jesus, você está no caminho da Salvação.


Homila Mons. Jonas Abib 

Santo do dia: São João Câncio

 
João nasceu em Kety, na diocese de Cracóvia, Polônia, em 1390; estudou na Cracóvia e foi ordenado sacerdote. Durante muitos anos foi professor da Universidade de Cracóvia; depois foi pároco de Ilkus. À fé que ensinava uniu grandes virtudes, sobretudo a piedade e a caridade para com o próximo, tornando-se um modelo insigne para seus colegas e discípulos.

Enquanto nas regiões vizinhas pululavam as heresias e os cismas, o bem-aventurado João ensinava na Universidade de Cracóvia a doutrina haurida da mais pura fonte, e explicava ao povo com muito empenho, em seus sermões, o caminho da santidade, confirmando a pregação com o exemplo da sua humildade, castidade, misericórdia, penitência e todas as outras virtudes próprias de um santo sacerdote e de um zeloso ministro do Senhor. Ao longo do dia, uma vez cumprido o seu dever de ensinar, dirigia-se diretamente à igreja, onde durante muito tempo se entregava à oração e à contemplação diante de Cristo na Eucaristia.

Tanto nas pequenas como nas grandes adversidades, João teve sempre em mente algo de bem superior ao prestígio, à carreira e ao bem-estar materiais: "Mais para o alto!" repetia sempre. Em todas as circunstâncias, só tinha Deus no seu coração, só tinha Deus na sua boca.

Morreu em Cracóvia, com a idade de oitenta e três anos, no ano de 1473.
São João Câncio, rogai por nós!!!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

REFLEXÃO: A Primeira das criaturas a ser pensada por Deus foi Maria

Jesus, o Verbo de Deus, não foi criado, Ele é Deus como o Pai. Ele foi gerado, não criado. O Pai O gerou. Ele é Filho! O Pai O amou tanto que quis dar a Ele um grande presente: Esta criação! Já desde o início, o Pai O constitui “Senhor” de tudo aquilo que Ele haveria de criar. O Pai, quando pensou na criação, na humanidade, a pensou como presente para o Filho. Ele quis dar uma humanidade inteira de presente para Seu Filho. É por isso que nós existimos. “Tudo foi criado por Ele e para Ele...”

O Pai nos criou por causa do Seu Filho. Para o Seu Filho! A humanidade inteira, desde os nossos primeiros pais até os últimos a quem Deus criar, nós todos, eu e você, fomos criados pelo Pai como presente para Jesus. O grande presente do Pai para Jesus foi a humanidade.

O Pai quis que Ele fosse o Primogênito. O irmão mais velho no meio de uma multidão de irmãos.

Que beleza! Eu e você somos o presente do Pai para Jesus! Eu e você somos o presente para o Filho de Deus! A humanidade inteira é esse grande presente. Deus Pai quis que Cristo fosse o primogênito entre uma multidão de irmãos. O Senhor dessa humanidade. Um irmão mais velho no meio dos irmãos. Este foi, desde o início, o plano do Pai: um presente para Seu Filho.

E criou todas as outras coisas: criou esta terra com tudo aquilo que ela contém: os céus, os mares, os rios, as montanhas, as flores. Depois, vieram os pássaros, os animais... Tudo foi criado por Ele e para Ele. Para nós, homens, e para Jesus, o Seu Filho. Desde sempre, o Pai teve este projeto no coração: que o Seu Filho viesse e renascesse nesta terra. Aqui é o lugar do reino do Seu filho. Esta humanidade é o reino do Seu Filho.

O Pai queria que Ele viesse para ser o Senhor, o Rei, o Governador. O Primogênito no meio de uma multidão de irmãos. Tudo foi criado por Ele [Jesus Cristo] e para Ele. Ele é o primeiro. Ele é o princípio. Deus colocou toda plenitude n'Ele. Desde toda a eternidade, o Pai já tinha este projeto: que o Seu Filho viesse feito homem para ser o Primogênito no meio de uma multidão de irmãos. Para ser o Senhor. Aí está a beleza!

Jesus viria, assumindo também a nossa humanidade. Aí está a nossa dignidade. Ele seria realmente um Irmão mais velho no meio dos irmãos. Ele viria para unir o céu e a terra. Deus Pai queria que o humano nosso e o divino d'Ele se unissem, em primeiro lugar, na própria pessoa do Seu Filho. Ele assumiria as duas naturezas: a natureza divina, que Ele já tinha, e também a natureza humana. Assim, realizaria a união entre o divino e o humano, entre o céu e a terra, entre o natural e o sobrenatural, entre a matéria e o Espírito.

Esse é o plano: para que o Seu Filho se fizesse homem, Deus Pai necessitava de uma pessoa que lhe desse carne. O Todo-poderoso poderia criar a carne do Seu Filho, mas não o quis. O Pai quis que, como toda criatura humana, Ele tivesse uma mãe: fosse concebido, gerado, dado à luz.

Jesus não é criatura: Ele é o Filho de Deus. A primeira criatura pensada pelo Pai foi a mãe para o Seu Filho. Eis uma realidade muito importante e básica. Desde o momento em que Deus concebeu que Seu Filho viesse e se fizesse homem, o Primogênito de uma multidão de irmãos, Ele já quis que Ele tivesse uma mãe.

Assim a primeira das criaturas a ser pensada por Deus foi a mãe de Jesus. Foi Maria. Aquela que Deus concebeu para ser a mãe do Seu Filho. Para dar a natureza humana a Seu Filho. Para dar carne a Seu Filho. Para concebê-Lo e gerá-Lo. Aí está a dignidade dela. Não fomos nós que demos essa dignidade a Santíssima Virgem Maria.

Todo o nosso louvor e aplauso é muito pouco em comparação com aquilo que realmente ela é. Aquilo que Deus fez dela; quem a glorificou foi o Pai. A primeira das criaturas pensadas pelo Criador foi Maria. Ele a escolheu para ser a mãe de Seu Filho. Ele a fez a primeira das criaturas.

Na proclamação: “Bendita mais que todas as mulheres”, Isabel só estava repetindo aquilo que o Pai já tinha dito: “Ela é bendita entre as mulheres”. Ela é a primeira das criaturas, pensada e querida pelo Pai. O Pai a quis. O Pai a projetou antes de toda e qualquer criatura. Aí está a beleza de Maria!
(Trecho retirado livro “Maria, a Mulher do Gênesis ao Apocalipse”)

Santo do dia: Santa Francisca Xavier Cabríni

 
Chamada por Pio XII de "heroína dos tempos modernos", Santa Francisca nasceu em Sant'Angelo de Lódi, na Lomabardia, Itália, em 1850. Última dos 13 filhos de Agostinho Cabríni e Estela Oldini, recebeu no batismo o nome de Maria Francisca, ao qual mais tarde ajuntou o de Xavier, pelo seu amor e veneração ao apóstolo das Índias.

Aos 11 anos fez voto de castidade. Seguiu a carreira do magistério com as religiosas Filhas do Sagrado Coração de Jesus, em Arluno, terminando-a aos 18 anos. Sentindo vocação divina, pretendeu entrar para essa Congregação religiosa, mas foi recusada por falta de saúde.

Exerceu durante dois anos o cargo de professora primária em Vidardo e durante três anos dedicou-se na sua terra à instrução religiosa da juventude e ao tratamento dos enfermos e daqueles que eram atingidos pela peste. Aos 23 anos tentou mais uma vez ser religiosa nas Filhas do Sagrado Coração, mas de novo obteve uma negativa.

Após isso, Santa Francisca transladou-se à "Casa da Providência" em Codogno, a fim de a reformar, pois estava em franca decadência. Fez a profissão em 1877 e a partir disso, em meio a grandes tribulações e sofrimentos, ela encontrou as sete primeiras companheiras de sua futura Obra.

Três anos mais tarde, fundou uma nova Congregação religiosa. A 10 de novembro de 1880 alojou-se, com sete companheiras, num desmantelado Convento franciscano, onde, a 14 do mesmo mês, deu princípio ao novo Instituto, com a inauguração de uma capela em honra ao Sagrado Coração de Jesus. Um mês mais tarde, a sua Obra recebia a aprovação episcopal. Francisca contava então 30 anos.

Enquanto se dedicava com as companheiras à educação das meninas e à catequização dos rapazes, foi compondo as regras do seu Instituto, obra de prudência sobre-humana, que recebeu aprovação episcopal em 1881 e a definitiva da Santa Sé em 1907. Em 1884, com 7 anos de vida, a Obra já contava com cinco casas.

Em 1887, partiu para Roma onde, a princípio, só encontrou dificuldades e portas fechadas até que, com fé, simplicidade e perseverança, Santa Francisca obteve a autorização do Cardeal Vigário para construir uma escola gratuita para pobres fora da Porta Pia e um asilo infantil na Sabina, em Aspra.

O problema da emigração italiana para a América do Norte preocupava o então Bispo de Placença, Mons. Scalabrini, que pediu à serva de Deus algumas das suas religiosas para irem socorrer aqueles desamparados. Mas a virtuosa fundadora não se decidia a responder, pois pensava nas Missões do Oriente. Foi então consultar o Papa Leão XIII que, após ouvir Francisca, concluiu: "Não ao Oriente mas ao Ocidente". E desde esse momento ficou decidida a sua partida para Nova Iorque, a qual veio realizar pela primeira vez em 1889.

Quase aos 40 anos de idade, começa uma série ininterrupta de viagens, percorrendo a América inteira, transpondo a cavalo a Cordilheira dos Andes, sendo por toda parte conhecida como a "Mãe dos emigrados". Ia de casa em casa, a procura da ovelha perdida, do enfermo e da criança ignorante. Lutou denotadamente contra a fome, as enfermidades e a própria morte.

Em 1912 fez a sua última viagem de Roma a Nova Iorque. A santa fundadora das Missionárias do Sagrado Coração morreu em Illinois, perto de Chicago, a 22 de dezembro de 1917, com 67 anos de idade. Igual era o número das casas que então deixara fundadas e que em 1938 subiam a mais de 100, com cerca de 4.000 religiosas.

A fama das suas virtudes e os prodígios por ela operados fizeram que logo após a morte se começasse o processo da sua beatificação, que veio a se realizar em 1938. Foi canonizada pelo Papa Pio XII a 7 de julho de 1946.
Santa Francisca Xavier Cabríni, rogai por nós!!!