É muito interessante o que a primeira leitura nos traz: "Naqueles dias, dez homens de todas as línguas faladas entre as nações vão segurar pelas bordas da roupa um homem de Judá, dizendo: ‘Nós iremos convosco; porque ouvimos dizer que Deus está convosco" (Zc 8,23).
Isso ainda não aconteceu, mas é justamente o contrário do que acontece hoje na Terra Santa, é tensa a situação entre árabes e israelitas. O profeta, na verdade, estava mostrando o que iria acontecer no fim dos tempos.
Naquela época, eles estavam ainda trabalhando na reconstrução do templo, reconstruindo as muralhas da cidade, por causa dos inimigos e o profeta anunciando aquilo que ainda iria acontecer, como quem coloca sementes na terra, abre covas e coloca as sementes, sem ver a plantação, sem ver os frutos.
Naquela época, eles estavam ainda trabalhando na reconstrução do templo, reconstruindo as muralhas da cidade, por causa dos inimigos e o profeta anunciando aquilo que ainda iria acontecer, como quem coloca sementes na terra, abre covas e coloca as sementes, sem ver a plantação, sem ver os frutos.
Nós, cristãos, vivemos da esperança que nasce da certeza da fé. Por que hoje as pessoas são tão pegas pela depressão? A certeza da fé está rarefeita, não temos mais um povo inteiro que crê, não temos famílias inteiras que crêem. Olhando para nossas famílias, concretamente, infelizmente, vemos que não são famílias que vivem de fé e de esperança, mas um povo que vive murmurando.
Quem está semeando não viu os frutos, mas o agricultor acredita que logo vai ver e por isso não desanima, já vê a festa que se faz com os produtos.
Quem está semeando não viu os frutos, mas o agricultor acredita que logo vai ver e por isso não desanima, já vê a festa que se faz com os produtos.
O que o profeta anunciou ainda não aconteceu, mas ele já estava animando o povo em meio àquele trabalho duro. Eles estavam trabalhando e lutando contra os inimigos que queriam impedir essa reconstrução e Deus já os apontava essa visão futura. Precisamos nos encher da certeza que vem da fé e da esperança.
Em Romanos 11,25, São Paulo fala daquilo que ainda vai acontecer com o seu povo, ele e os apóstolos estão sofrendo com a perseguição dos judeus; nesta dureza, nessa decepção com os judeus, São Paulo, pela graça de Deus, já esta anunciando que vai chegar um dia em que todos eles vão se render, em massa. Ele anuncia e coloca como base a própria palavra de Deus: "isso vai acontecer”.
Ele, sendo perseguido, profetiza aquilo que vai acontecer com o mesmo povo que o está perseguindo. Se nós não temos essa visão lá na frente, somos um povo desanimado e condenado à depressão, por não ter esperança.
O inimigo faz de tudo para que não olhemos para frente, para que não falemos dos fins dos tempos. Mas a Palavra de Deus é clara, não apenas no Apocalipse, mas mesmo São Pedro, já na sua segunda pregação aos Tessalonicenses, fala da vinda gloriosa de Jesus e da transformação de todas as coisas. São Paulo dizia: "vivam nessa esperança”; mesmo falando a cristãos iniciantes já anunciava a esperança da vinda gloriosa de Jesus.
É por isso que toda a Igreja pode dizer a todo momento que acontece uma missa: "Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde Senhor Jesus!" E logo antes da comunhão : "Enquanto, vivendo a esperança, aguardamos a vinda gloriosa do Cristo Salvador."
A Canção Nova vai continuar proclamando tudo isso.
A Canção Nova vai continuar proclamando tudo isso.
Somos cristãos problemáticos se não temos esperança, se não olharmos para frente. O cristão, e todo homem, precisa viver de esperança; se perdemos o objetivo morremos física e espiritualmente. Deus quer a nossa vida, por isso nos diz: "coragem".
Obrigado, Senhor, porque é o Espírito Santo quem nos dá essa esperança. São Gabriel, que trouxe o anúncio do impossível a Maria e a Zacarias, dá-nos a graça de acreditarmos como Maria e não desacreditarmos como Zacarias.
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