terça-feira, 29 de novembro de 2011

REFLEXÃO: Jesus lhe convida para Seu banquete

Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo (Ap 3,20). Jesus, hoje, nos dirige essa Palavra.

Entrar na casa de alguém e cear com ele significa intimidade. Hoje, o Senhor quer ter esse relacionamento íntimo e pessoal com você. Ele quer fazer parte da sua vida, porque quando Ele diz “cearei com ele, e ele comigo” isso nos fala de reciprocidade. O Senhor está tomando a iniciativa de ir até você e de amá-lo. É preciso reagir também com reciprocidade. Queira ser íntimo do Senhor.

A parábola do banquete é uma das muitas histórias que Jesus contou a respeito do Reino de Deus. Em geral, pensamos estar entre os primeiros convidados, mas é engano. Graças ao Senhor, você é um dos pobres, aleijados, cegos e coxos que o Senhor foi buscar na rua, nas encruzilhadas. Você é aquele maltrapilho, um esquecido neste mundo à beira do caminho, mas o Senhor mandou chamá-lo, porque queria a sala do banquete cheia de convidados. Feliz de você!

Essa é a grande graça que o Senhor está lhe concedendo nestes tempos. Não cabe a você julgar aqueles que chegaram antes, mas olhar sua situação: de onde o Senhor o tirou?

Se olharmos nossa história, cada um poderá contar coisas lindas: um estava perdido, longe de Deus, da Igreja, jogado no lixo do mundo. Outros eram viciado em álcool, tóxicos. Alguns tinham sua vida familiar esfacelada, não havia mais entendimento em casa, estavam enterrados em brigas, infidelidade, prostituição, adultério. Aquele, revoltado com a Igreja, com a religião, com padres e freiras. Estes, totalmente envolvido pelos negócios e trabalhos e, por isso, longe de Deus, asfixiado pela própria vida. Mas todos foram chamados pelo Senhor.

Pode ser que você estivesse na lama do pecado ou fosse simplesmente um católico frio, sem força, sem vida; mas o Senhor foi buscá-lo e o levou para a sala do banquete. Introduziu-o na festa e, hoje, você está na companhia d'Ele. É Ele quem está lhe servindo o banquete. Claro, você não conseguiu transformar-se totalmente, mas, graças a Deus, está na sala do banquete.

Agora, você começa a ter gosto pela oração e se torna uma pessoa orante. Começa a saborear a Palavra, está conhecendo-a, vibrando com ela. Você está frutificando na vivência dos sacramentos da Igreja, na participação da liturgia. O Senhor abriu-lhe um campo novo para testemunhá-Lo, para falar d'Ele e pregar Sua Palavra. Ele fez isso não porque você era bom e justo, mas porque Ele viu sua situação e o amou. Por isso você precisa ter dobrada gratidão pelo Senhor; foi Ele quem o trouxe de volta.

Se hoje você está tendo gosto pela oração, se está conhecendo a Palavra de Deus e podendo falar dela, não deve se orgulhar e se sentir superior aos outros. Pelo contrário, deve reconhecer a maravilhosa graça que Deus lhe concedeu e usufruir, ao máximo, do banquete que Ele está lhe dando. Aquilo que você recebe de graça, dê também de graça aos outros. Em gratidão, deixe-se usar pelo Senhor, permita que o Espírito Santo opere ainda mais em você para sua santificação e que Ele possa operar nos outros por seu intermédio; que as maravilhas de Deus aconteçam na vida de seus irmãos.

Nesta parábola há um aspecto que Lucas não apresenta, mas que ganha destaque na narrativa de Mateus: “Tendo entrado para observar os convivas, o rei avistou ali um homem que não trajava a veste nupcial. 'Meu amigo, disse-lhe, como entraste aqui sem a veste nupcial?'. Ele ficou calado. Então, o rei disse aos servidores: 'Lançai-o, de pés e mãos atados, nas trevas, fora: lá haverá choro e ranger de dentes'. Pois a multidão é chamada, mas poucos são os eleitos” (Mt 22,11-14).

Você diria: “Que injustiça! Não foi o Senhor que o mandou chamar? Não foi o Senhor quem o obrigou a entrar na sala? Agora Ele entra e encontra o homem sem a veste nupcial, e só por isso o manda ir embora e com estes termos: “Lançai-o nas trevas exteriores, ali haverá choro e ranger de dentes. É uma injustiça!”

Esta é a chave da parábola. Nos tempos de Jesus, quem dava uma festa dava também a roupa: a veste nupcial. A pessoa chegava, fazia sua ablução, escolhia sua veste e entrava na sala. Mas aquele homem não quis receber a veste nupcial. Ele entrou como estava e esse foi seu erro. O único empecilho para entrar e permanecer na sala do banquete é este: querer apresentar-se com a própria justiça, com as condições pessoais e humanas. Ninguém é justificado por si mesmo. Ninguém é classificado por sua boas obras, por suas boas qualidades.

O Senhor sabe que você é um maltrapilho da rua como aquele que estava sem a veste nupcial. Quem conquistou para nós a veste nupcial foi Jesus, Seu Filho, portanto, tudo é graça. Você estava longe, afastado, era doente, esfarrapado, mas o Senhor o trouxe e lhe deu tudo, até mesmo a veste de justificação.

É por gratidão que você permanece com o Senhor. Por nada neste mundo você quer ser desclassificado; separar-se de casa de Deus, de Seu banquete, de Sua Igreja.
Trecho do livro “O Pão da palavra – volume 2” de monsenhor Jonas Abib

Santo do dia: São Francisco Antônio Fasani

 
Nasceu em Lucera, Apulia, Itália no dia 56 de agosto 1681.
Donato Antonio João Nicholas Fasani nasceu de um família de camponeses. Sua mãe casou-se após a morte de seu pai ainda quando Francisco era muito jovem e foi o seu padrasto que o enviou para os frades Conventual para ser educado. Com a idade de 15 ele foi enviado para Monte Gargano para iniciar seu noviciado. Quando entrou para a Ordem dos Franciscanos em 23 de agosto de 1696 ele mudou seu nome para Francisco Antonio.

Em1703 foi enviado a Assis onde ele foi ordenado sacerdote em 11 de setembro de 1705. Ele completou seu mestrado em teologia no Colégio São Boaventura em Roma. Daquele tempo em diante ele passou a ser chamado de “Padre Mestre” em sua cidade natal onde ele ensinava teologia desde 1707. No Convento de Lucera ele também serviu como guardião, noviço e mestre e ministro provincial em Sant’Angelo. Embora sua escolaridade fosse notável ele era mais conhecido pelos seus sermões na cidade e no campo. Ele falava de um jeito que as pessoas podiam entender e dirigiu seus esforços para catequizar os pobres. Ele produziu vários volumes de sermões, alguns em Latim.

Francisco Antonio era devotado aos pobres, aos que sofriam e aos prisioneiros. Várias vezes ele acompanhava aqueles condenados à morte até o patíbulo.

Francisco Antonio promoveu a devoção a Imaculada Concepção a qual tinha grande devoção e especial amor muito antes deste dogma ter sido definido. Ele trouxe de Nápoles uma estátua da Imaculada Conceição que ele colocou na igreja de São Francisco de Assis e ele escreveu hinos a ela para serem cantados pelo povo de sua terra. Essa estátua ainda é objeto de veneração em Lucera. Ele também estabeleceu a Novena a Nossa Senhora da Imaculada Conceição. No dia 29 de novembro, no primeiro dia desta Novena Francisco Antonio faleceu, como outro notável e também reverenciado Francisco, o de Assis.

Foi beatificado pelo Papa Pio XII em 15 de abril de 1951 e canonizado pelo Papa João Paulo II em 13 de abril de 1986

São Francisco Antônio Fasani, rogai por nós!!!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Santo do dia: São Tiago da Marca


O santo de hoje morreu dizendo "Jesus, Maria, bendita Paixão de Jesus", isto porque sua vida toda foi dedicada para a causa do Evangelho. Tiago da Marca nasceu no ano 1391 numa aldeia da Marca de Ancona, Itália. Recebeu no Batismo o nome de Domingos. Tendo morrido seu pai e sua mãe, ficou aos cuidados de um homem rico que o encaminhou para trabalhos administrativos. Desta forma, São Tiago conheceu a iniquidade do mundo, tomando a decisão de se retirar para um convento.

Quando despertou para a vocação à vida Consagrada, São Tiago pensou em entrar para os Cartuxos, mas ao viajar para Babiena, na Toscana, ficou tão edificado com os diálogos que travou com os franciscanos, que resolveu entrar para a Família de São Francisco de Assis. Recebeu o hábito, tomando o nome de Tiago, no Convento de Nossa Senhora dos Anjos, perto de Assis, onde, pouco tempo depois, fez profissão.

Dormia apenas três horas por noite; e passava o restante da noite na meditação das coisas celestes. Nunca comia carne, jejuava inviolavelmente as sete quaresmas de S. Francisco. Todos os dias se disciplinava com rigor. A única pena que sentia era não poder dedicar-se à pregação, único emprego que desejava na sua Ordem. Para conseguir o que tanto desejava, foi a Nossa Senhora do Loreto, celebrou a Santa Missa e, depois da consagração, a Santíssima Virgem apareceu-lhe a dizer que a sua oração tinha sido ouvida.

Começou a pregar com tanto fervor que nunca subia ao púlpito sem tocar os corações mais endurecidos, fazendo muitas conversões miraculosas. Foi associado a São João Capistrano para pregar a Cruzada contra os turcos que, tendo-se apoderado de Constantinopla, enchiam de terror toda a cristandade. Foi tal o seu zelo por esta ocasião que se lhe pode atribuir em grande parte o sucesso desta gloriosa empreitada.

Como sacerdote dedicou-se nas pregações populares onde, de modo simples, vivo e eficaz, evangelizava e espalhava a Sã Doutrina Católica em diversas regiões da Europa. São Tiago anunciava, mas também denunciava toda opressão social, pois os negociantes e mercadores tiranizavam o povo com empréstimos de juros sem fim, por causa disso o santo fundou os bancos populares que emprestavam com juros mínimos. Por fim, São Tiago se instalou em Nápoles onde teve a revelação que aí terminaria seus dias, como de fato aconteceu a 28 de novembro de 1476, isto depois de ser atingido por uma doença mortal. Foi canonizado em 1726 pelo Papa Bento XIII.

Ó Deus, fizestes de São Tiago das Marcas um grande arauto do Evangelho, para salvação das almas e para chamar os pecadores de volta ao caminho  das virtudes; concedei que, por sua intercessão, purificados de todo pecado, alcancemos a vida eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.


São Tiago da Marca, rogai por nós!!!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

ORAÇÕES À SANTA CATARINA DE ALEXANDRIA

Proteção contra acidentes

Ó Santa Catarina, vós quebrastes a roda da engrenagem das mãos dos torturadores e por isto sois invocada como protetora contra os acidentes; eu vos peço, protegei-me de todo e qualquer acidente. Acidentes de trânsito, acidentes com arma de fogo, acidentes de quedas e tombos, acidentes a pé e a cavalo, acidentes com instrumentos de trabalho, acidentes com venenos e agrotóxicos, acidentes com máquinas e explosivos, acidentes de mordidas de cobras ou aranhas, acidentes em casa, na estrada, na roça, no campo ou no mato. Protegei meu corpo de todo e qualquer perigo que a cada instante estou sujeito a enfrentar. Defendei também a minha alma contra os perigos espirituais, que são tantos, em toda parte. Santa Catarina, protegei-me e salvai-me. Amém !

Rezar 1 Pai Nosso, 1 Ave Maria e 1 Glória ao Pai.



Auxílio aos estudantes

Santa Catarina de Alexandria, que tivestes uma inteligência abençoada por Deus, abre a minha inteligência, faze entrar na minha cabeça as matérias de aula, dá-me clareza e calma na hora dos exames, para que possa ser aprovado(a). Eu quero aprender sempre mais, não por vaidade, nem só para agradar aos meus familiares e professores, mas para ser útil a mim mesmo, a minha família, à sociedade e à minha Pátria. Santa Catarina de Alexandria, conto contigo. Conta também tu comigo. Eu quero ser um(a) bom(a) cristão(a) para merecer a tua proteção. Amém.

Santo do dia: Santa Catarina de Alexandria


Neste dia lembramos a vida desta santa que é inspiradora e protetora de um Estado brasileiro: Santa Catarina. Nascida em Alexandria, recebeu uma ótima formação cristã. É uma das mais célebres mártires dos primeiros séculos, um dos Santos Auxiliadores. O pai, diz a lenda, era Costes, rei de Alexandria. Ela própria era, aos 17 anos, a mais bonita e a mais sábia das jovens de todo o império; esta sabedoria levou-a a ser muitas vezes invocada pelos estudantes. Anunciou que desejava casar-se, contanto que fosse com um príncipe tão belo e tão sábio como ela. Esta segunda condição embargou que se apresentasse qualquer pretendente.

"Será a Virgem Maria que te procurará o noivo sonhado", disse-lhe o ermitão Ananias, que tinha revelações. Maria aparece, de fato, a Catarina na noite seguinte, trazendo o Menino Jesus pela mão. "Gostas tu d'Ele?", perguntou Maria. -"Oh, sim". -"E tu, Jesus, gostas dela?" -"Não gosto, é muito feia". Catarina foi logo ter com Ananias: "Ele acha que sou feia", disse chorando. -"Não é o teu corpo, é a tua alma orgulhosa que Lhe desagrada", respondeu o eremita. Este instruiu-a sobre as verdades da fé, batizou-a e tornou-a humilde; depois disto, tendo-a Jesus encontrado bela, a Virgem Santíssima meteu aos dois o anel no dedo; foi isto que se ficou chamando desde então o "casamento místico de Santa Catarina".

Ansiosa de ir ter com o seu Esposo celestial, Catarina ficou pensando unicamente no martírio. Conta-se que ela apresentou-se em nome de Deus, diante do perseguidor, imperador Maxêncio, a fim de repreendê-lo por perseguir aos cristãos e demonstrar a irracionalidade e inutilidade da religião pagã. Santa Catarina, conduzida pelo Espírito Santo e com sabedoria, conseguiu demonstrar a beleza do seguimento de Jesus na sua Igreja. Incapaz de lhe responder, Maxêncio reuniu para a confundir os 50 melhores filósofos da província que, além de se contradizerem, curvaram-se para a Verdade e converteram-se ao Cristianismo, isto tudo para a infelicidade do terrível imperador.

Maxêncio mandou os filósofos serem queimados vivos, assim como à sua mulher Augusta, ao ajudante de campo Porfírio e a duzendos oficiais que, depois de ouvirem Catarina, tinham-se proclamado cristãos. Após a morte destes, Santa Catarina foi provada na dor e aprovada por Deus no martírio, tendo sido sacrificada numa máquina com quatro rodas, armadas de pontas e de serras. Isto aconteceu por volta do ano 305. O seu culto parece ter irradiado do Monte Sinai; a festa foi incluída no calendário pelo Papa João XXII (1316-1334).



Santa Catarina de Alexandria, rogai por nós!!!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

REFLEXÃO: O maior fardo que temos somos nós mesmos

“Vinde a mim todos vós”. É é o chamado do Senhor nos tempos de hoje: “Vinde a mim todos vós”. Jesus está em todos os lugares, todas as cidades, caminhando por todas as ruas, batendo às portas todas, chegando a cada pessoa e a cada coração dizendo: “Vinde a mim todos vós”. Você também está sendo chamado a se aproximar de Cristo.

Se você já é do Senhor, já é íntimo d'Ele, está sendo chamado para ser mais íntimo ainda. Sempre há lugar para maior intimidade. Se você está mais ou menos frio, tíbio, relaxado, o chamado do Senhor para você é urgente, é para agora: “Vinde a mim, vinde a mim, todos vós”. Principalmente se você está longe, afastado do Senhor.

O Senhor não está com o dedo levantado para acusá-lo, nem mesmo o chamando para castigá-lo ou jogar em seu rosto seus erros, seus pecados, suas faltas. Não! O Senhor o chama de volta porque Ele o ama. Ele não precisa de você, mas você precisa d'Ele. Por isso, Ele o está chamando de volta. Quanto mais afastado, mais longe estiver, maior o motivo que tem para voltar. E maior é o amor do Senhor que o quer de volta. Se você está próximo, mais ou menos ou muito longe do Senhor, revoltado, desanimado, volte!

É o Senhor dizendo a você: “Vinde a mim todos vós”. “Vinde a mim, todos vós que estais cansados sob o peso do fardo, e eu vos darei descanso” (Mateus 11,28). Às vezes, você pensa que o Senhor quer tratá-lo como “filhinho de papai”. Qualquer “dodói” que você tenha, pode chegar ao Senhor e Ele, um Superpai, irá tratá-lo como “superfilho” cuidando de seus “dodóis”... Não é isso! Deus não quer tratá-lo como “filhinho de papai”, mas como filho. Ele é um Pai cheio de amor, de misericórdia, mas quer tratar filhos como filhos justamente porque é Pai.

Quando Ele diz: “Todos vós que estais cansados sob o peso do fardo”, fala realmente do fardo desta vida. O fardo do mal, do pecado, da tentação, de mil misérias que encontramos em nós mesmos e também no mundo.

O maior fardo que tenho sou eu mesmo. Todos os vícios, pecados e más inclinações que tenho dentro de mim, o “homem velho” que sou obrigado a carregar. Com você também é assim. O maior fardo que você carrega é você mesmo: tem seu seu nome. Não é apenas um fardo exterior, é interior. Seu coração é mau e é do interior dele que vêm todos os males.

Por isso, o Senhor o chama: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados sob o peso do fardo, e eu vos darei descanso” (Mateus 11,28). Além de seu fardo pessoal e interior, você carrega o fardo deste mundo. Livre-se do jugo que pesa sobre você, o jugo do pecado e coloque em suas costas o jugo de Jesus Cristo.

Como o Senhor vai aliviá-lo? Simplesmente tirando seu fardo. O versículo 29 esclarece: “Tomai sobre vós o meu jugo e sede discípulos meus”. É uma questão de substituição. Troque seu fardo pessoal, do pecado, do mundo, pelo fardo de Jesus. Livre-se do jugo que pesa sobre você, o jugo do pecado, e coloque em suas costas o jugo de Jesus.

Jesus o afiança: “O meu jugo é fácil de carregar e o meu fardo é leve”. Pode fazer essa troca sem medo. Você vai sair ganhando. Não fique receoso! O Senhor vai livrá-lo de seu fardo do mal, de pecado e colocar sobre você Seu jugo: fardo leve, fácil. A verdade é que você ficar sem fardo.

Há muito cristão enganado pensando que, se for ao Senhor, vai ficar livre para fazer e pensar tudo o que quiser... ir a qualquer lugar... Não é assim. Pelo contrário, você precisa de um jugo, de rédeas. O jugo e as rédeas de Jesus vão levá-lo para a vida.

O jugo pessoal, do “homem velho”, do mundo, que parece ser muito suave, que dá ampla liberdade para se fazer o que há na cabeça, o que se quer, o que se bem entende, na verdade, leva à escravidão. Viver sem rédeas é uma verdadeira escravidão. Mas o fardo e as rédeas de Jesus o levam para a vida eterna. É isso que o Senhor quer.
(Trecho do livro “O Pão da Palavra – volume 1” de monsenhor Jonas Abib)

Santo do dia: Santo André Dung-Lac e companheiros mártires


Neste dia comemoramos a santidade dos 117 mártires vietnamitas que testemunharam seu amor a Cristo, tanto na vida como na morte. O Papa João Paulo II, em 1988, canonizou na verdade alguns, dos muitos ousados na fé, que se encontram entre o período de 1830 até 1870.

O Vietnã conheceu a Boa-nova de Jesus Cristo no século XVI, e o acolheu em sua integridade: "Então, entregar-vos-ão à aflição, matar-vos-ão, sereis odiados por todos os pagãos por causa do meu nome...mas quem perseverar até o fim, este será salvo". (Mt 24,9-13)

Santo André Dung-Lac, era de família pobre, reconheceu a riqueza do Dom Sacerdotal e foi ordenado Padre em 1823; em meio às perseguições desejava ardentemente testemunhar Jesus Cristo com o martírio, pois dizia que "aqueles que morrem pela fé sobem ao céu".

Na Ásia, iniciou-se grande perseguição aos cristãos. De 1625 a 1886, os governantes tudo fizeram para despertar o ódio e a vingança contra a religião cristã e àqueles que anunciavam o Evangelho ou tornavam-se cristãos. Mas, quanto mais os perseguiam, mais aumentava o fervor dos cristãos. Esse período culminou com a morte de 117 santos: Sacerdotes, Bispos, pais de famílias, jovens, crianças, catequistas, seminaristas, militares. Todos estes mostrando a universalidade do chamado à Santidade com o próprio sangue. 

 Santo André Dung-Lac e companheiros mártires, rogai por nós!!!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Você sabe como destruir a sua comunidade ou os grupos que existem nela ?
Temos 11 dicas para você destruir, " sem dó nem piedade ", a sua comunidade. Confira!
1. Não a freqüente, mas quando você for lá, procure algo para reclamar. Com certeza você sempre vai encontrar. Fique de olho ! Explore isso!
2. Ao comparecer a qualquer atividade, dedique-se em encontrar falhas nos líderes. Veja se o Padre ou dirigentes estão fazendo as coisas corretas. Se encontrar falhas neles, espalhe para os outros. Critique de verdade. Agora, quanto às coisas boas que eles fazem ou dizem não comente nada, não elogie, fique na sua, em absoluto silêncio.
3. Nunca aceite missão, compromisso ou incumbência alguma; lembre-se que é mais fácil criticar que realizar.
4. Se o Padre, o Conselho Paroquial, ou qualquer outro líder pedir sua opinião sobre qualquer assunto, responda que não tem nada a dizer, e depois espalhe como deveriam ser as coisas na sua "opnião".
5. Não faça mais que o absolutamente necessário. Porém quando o padre e seus auxiliares estiverem trabalhando com boa vontade e interessa para que tudo corra bem, afirme que sua comunidade esta sendo dirigida e dominada por um grupinho.
6. Não leia os boletins e revistas da sua paróquia; afirme que neles não há nada de interessante e que eles deveriam ser diferentes.
7. Se você for convidado para qualquer cargo, simplesmente seja esperto e recuse. Alegue que você não tem tempo e depois critique com a seguinte afirmação: " Essa turma quer sempre mandar na comunidade e eu sou uma pessoa democrática. Sou diferente deles, eu me preocupo com os outros e com a comunidade."
8. Quando você tiver qualquer problema de relacionamento com o Padre, ou qualquer liderança, procure vingar-se fazendo acusações e divulgando " erros " por eles cometidos. Não será difícil, pois este pessoa está cheio de falhas humanas.
9. Sugira, insista e cobre a realização de cursos, palestras, encontros e reuniões. Mas quando forem realizados, não se inscreva e nem compareça.
10. Se você receber questionários solicitando sugestões, e se o Conselho não " adivinhar " suas idéias e pontos de vista, critique e espalhe a todos dizendo que você é ignorado e que não te dão importância.
11. Após tudo isso, quando sua comunidade não tiver mais reuniões, boletins, revista, encontros, trabalhos de evangelização, etc. e etc... estufe o peito e diga: " EU NÃO DISSE QUE ISSO IA ACONTECER? "

Santo do dia: São Clemente


Com grande alegria e veneração lembramos a vida do terceiro Papa que governou, no primeiro século, a Igreja Romana. São Clemente I assumiu a Cátedra de Pedro, depois de Lino, Anacleto e com muito empenho regeu a Igreja de Roma dos anos 88 até 97.

Sobressai no seu pontificado um documento de primeira grandeza, fundamental a favor do primado universal do Bispo de Roma: a carta aos Coríntios, escrita no ano de 96.

Perturbada por agitadores presumidos e invejosos, a comunidade cristã de Corinto ameaçava desagregação e ruptura.

São Clemente escreve-lhe então uma extensa carta de orientação e pacificação, repassada de energia persuasiva, recomendando humildade, paz e obediência à hierarquia eclesiástica já então definida nos seus diversos graus: Bispos, Presbíteros e Diáconos.

Esta sua intervenção mostra que Clemente, para além de Bispo de Roma, sentia-se responsável e com autoridade sobre as outras Igrejas.

E saliente-se que, nessa altura, vivia ainda o Apóstolo São João, o que nos permite concluir que o Primado não foi de modo algum uma ideia meramente nascida de circunstâncias favoráveis, mas uma convicção clara logo desde o início. Se assim não fosse, nunca São Clemente teria ousado meter-se onde, por hipótese, não era chamado.

João, como Apóstolo de Cristo, era sem dúvida uma figura venerável. Mas era ao Bispo de Roma, como sucessor de São Pedro, que competia o governo da cristandade.

Uma tradição, que remonta ao fim do século IV, afirma que São Clemente terminou sua vida com o martírio. Seu nome ficou incluído no Cânon Romano da Missa. 

 São Clemente I, rogai por nós!!!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

REFLEXÃO: Não desanime na hora da tempestade

No Evangelho de São Mateus há um fato muito interessante: após a multiplicação dos pães, Jesus despediu os apóstolos e foi rezar no alto do monte. O barco se agitava numa grande tempestade. Os discípulos estavam apavorados... Quando de repente viram alguém caminhando sobre o mar: era o Messias.

Não imaginando que fosse Jesus, eles ficaram ainda mais amedrontados e soltavam gritos de terror: é um fantasma! Mas logo o Senhor lhes disse: “Confiança, sou Eu, não tenhais medo” (Mt 14,27).

Muitas vezes, nossa vida é agitada pelas tempestades e nós nos desesperamos, porque nos falta confiança. Precisamos ter confiança cega em Deus, na certeza de que o Seu socorro não falta.

O Senhor é o mesmo de ontem, de hoje e de amanhã; Ele está vivo. Não servimos a um Deus morto, clame e Ele virá ao seu encontro!

Não desanime na hora da tempestade! Peça ao Senhor para pegá-lo no colo, para que a tempestade não o afogue. O Senhor nos manda ser corajosos. Não precisamos ter medo de nada. Jesus nunca vai nos deixar sozinhos.

Quando tomamos consciência e clamamos pelo socorro do céu, tudo muda, a tempestade se acalma e ousamos andar sobre as águas. Foi o que Pedro experimentou:

“Senhor, se és mesmo Tu, ordena-me que vá ao teu encontro sobre as águas. Vem, disse Ele. E Pedro, saindo do barco, caminhou sobre as águas e foi rumo a Jesus” (Mt 14, 28-29).

Nós também podemos andar sobre os nossos problemas, sobre as tempestade que assolam as nossas vidas, fixando os olhos em Deus e não os desviando nem para direita nem para a esquerda.

Quando Pedro tirou os olhos de Jesus, ele afundou. Aí está o segredo: podemos andar por cima de nossos problemas, sem nos deixar amedrontar pela tempestade, se continuarmos com os olhos fixos no Senhor.

Tenha certeza: quando você traz o Senhor para dentro do barco da sua vida, tudo muda. O vento cessa, a tempestade se acalma... O Senhor passa a ter o comando de todas as coisas.

“Confiança, sou Eu, não tenhais medo”. Seja qual for a situação pela qual você esteja passando, confie: é Ele mesmo quem diz: “Sou Eu, não tenhais medo”. Nas grandes dificuldades, mas, também nas situações embaraçosas do dia-a-dia, o Senhor está ao nosso lado. Não há por que temer.

Reze junto comigo:

Senhor, eu agradeço por tantos milagres e curas que tens realizado na vida dos meus irmãos. Tu és verdadeiramente o Deus do impossível.
Entra, Senhor, no barco da minha vida. Vê, Senhor, a agitação em que está. Até hoje eu tive medo e pensei que estava sozinho, mas agora não temo, pois quem está conduzindo o barco da minha vida é o Senhor.
Apresento todas as situações que estou vivendo e já agradeço pelo novo rumo que estás dando. Eu não estou sozinho. Confesso que já estava cansado, fraco, com medo das grandes ondas, mas agora já não tenho mais medo, porque o Senhor é por mim.
Agradeço pelo milagre que estás realizando na minha vida. Sou uma nova pessoa.
A partir deste momento o leme da minha vida está em Tuas mãos. Eu não tomarei mais nenhuma decisão por mim mesmo. Quero louvar e agradecer pela paz e pela cura que realizas.
Bendito seja o Teu nome, meu Senhor e meu Deus.

(Trecho extraído do livro “Isto é obra do Senhor: Um milagre aos nossos olhos!” de monsenhor Jonas Abib)

Santo do dia: Santa Cecília


Hoje celebramos a santidade da virgem que foi exaltada como exemplo perfeitíssimo de mulher cristã, pois em tudo glorificou a Jesus. Santa Cecília é uma das mártires mais veneradas durante a Idade Média, tanto assim que no século V uma Basílica foi construída em sua homenagem. Embora se trate da mesma pessoa, na prática fala-se de duas santas Cecílias: a da história e a da lenda. A Cecília histórica é uma senhora romana que deu uma casa e um terreno aos cristãos dos primeiros séculos. A casa transformou-se em igreja que se chamou mais tarde Santa Cecília no Trastévere; o terreno tornou-se cemitério de São Calisto, onde foi enterrada a doadora, perto da cripta fúnebre dos Papas. No século VI, quando os peregrinos começaram a perguntar quem era essa Cecília cujo túmulo e cuja inscrição se encontravam em tão honrosa companhia, para satisfazer a curiosidade deles, foi então publicada uma Paixão, que deu origem à Cecília lendária; esta foi sem demora colocada na categoria das mártires mais ilustres. Segundo o relato da sua Paixão Cecília tinha sido uma bela cristã da mais alta nobreza romana que, segundo o costume, foi prometida pelos pais em casamento a um nobre jovem chamado Valeriano. Aconteceu que, no dia das núpcias, a jovem noiva, em meio aos hinos de pureza que cantava no íntimo do coração, partilhou com o marido, com transparência, o fato de ter consagrado sua virgindade a Cristo e que um Anjo guardava sua decisão.

Valeriano, que até então era pagão, a respeitou, mas disse que somente acreditaria se contemplasse o Anjo. Desse desafio Cecília conseguiu a conversão do esposo que foi apresentado ao Papa Urbano, sendo então preparado e batizado, juntamente com um irmão de sangue de nome Tibúrcio. Depois de batizado, o jovem, agora cristão, contemplou o Anjo, que possuía duas coroas (símbolo do martírio) nas mãos. O Anjo colocou uma coroa sobre a cabeça de Cecília e outra sobre a de Valeriano, o que significava um sinal, pois primeiro morreu Valeriano e seu irmão por causa da fé abraçada e logo depois Santa Cecília sofreu o martírio, após ter sido presa ao sepultar Valeriano e Tibúrcio na sua vila da Via Ápia.

Colocada perante a alternativa de fazer sacrifícios aos deuses ou morrer, escolheu a morte. Ao prefeito Almáquio, que lembrava Cecília que tinha sobre ela direito de vida ou de morte, ela respondeu: "É falso, porque podes dar-me a morte, mas não me podes dar a vida". Almáquio condenou-a a morrer asfixiada; como ela sobreviveu a esse suplício, mandou cortar-lhe a cabeça. Nas Atas de Santa Cecília lê-se esta frase: "Enquanto ressoavam os concertos profanos das suas núpcias, Cecília cantava no seu coração um hino de amor a Jesus, seu verdadeiro esposo". Estas palavras, lidas um tanto por alto, fizeram acreditar no talento musical de Santa Cecília e valeram-lhe o ser padroeira dos músicos. Hoje essa grande mártir e padroeira dos músicos canta louvores ao Senhor no céu.

 Santa Cecília, rogai por nós!!!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Apresentação de Nossa Senhora no Templo


A memória que a Igreja celebra hoje não encontra fundamentos explícitos nos Evangelhos Canônicos, mas algumas pistas no chamado proto-evangelho de Tiago, livro de Tiago, ou ainda, História do nascimento de Maria. A validade do acontecimento que lembramos possui real alicerce na Tradição que a liga à Dedicação da Igreja de Santa Maria Nova, construída em 543, perto do templo de Jerusalém.

Os manuscritos não canônicos, contam que Joaquim e Ana, por muito tempo não tinham filhos, até que nasceu Maria, cuja infância se dedicou totalmente, e livremente a Deus, impelida pelo Espírito Santo desde sua concepção imaculada. Tanto no Oriente, quanto no Ocidente observamos esta celebração mariana nascendo do meio do povo e com muita sabedoria sendo acolhida pela Liturgia Católica, por isso esta festa aparece no Missal Romano a partir de 1505, onde busca exaltar a Jesus através daquela muito bem soube isto fazer com a vida, como partilha Santo Agostinho, em um dos seus Sermões:
"Acaso não fez a vontade do Pai a Virgem Maria, que creu pela fé, pela fé concebeu, foi escolhida dentre os homens para que dela nos nascesse a salvação; criada por Cristo antes que Cristo nela fosse criado? Fez Maria totalmente a vontade do Pai e por isto mais valeu para ela ser discípula de Cristo do que mãe de Cristo; maior felicidade gozou em ser discípula do que mãe de Cristo. E assim Maria era feliz porque já antes de dar à luz o Mestre, trazia-o na mente".
A Beata Maria do Divino Coração dedicava devoção especial à festa da Apresentação de Nossa Senhora, de modo que quis que os atos mais importantes da sua vida se realizassem neste dia.

Foi no dia 21 de novembro de 1964 que o Papa Paulo VI, na clausura da 3ª Sessão do Concílio Vaticano II, consagrou o mundo ao Coração de Maria e declarou Nossa Senhora Mãe da Igreja.

Nossa Senhora da Apresentação, rogai por nós!!!

domingo, 20 de novembro de 2011

REFLEXÃO: Reaja e confie no poder de Deus

O Senhor está fazendo uma promessa. É a certeza d'Ele em nossos corações: “Teus mortos, porém, reviverão! Seus cadáveres vão se levantar!” (Is 26,19a).
Por isso nos dá uma ordem: “Acordai para cantar, vós que dormis debaixo da terra! Pois teu orvalho é orvalho de luz e a terra restituirá à luz seus mortos” (Is 26,19b).
Mesmo que as coisas estejam ruins em nossas vidas, em nossa família, na comunidade ou até mesmo se já sofremos muito, com diversas decepções, sem esperança. Deus quer plantar em nosso coração a semente da ressurreição. Podemos reagir e confiar no poder do Senhor. Ore com fé: Obrigado, Senhor, pela certeza que inspiras em meu coração. Por mim, estaria desanimado e sem esperança. Mas o Senhor inspira agora essa certeza em meu coração. Eu a acolho e quero que ela seja semente dentro de mim. Não quero mais me deixar guiar pelos meus sentimentos, mas sim, pela certeza da ressurreição que o Senhor põe em mim.
Deus o abençoe!
Monsenhor Jonas Abib

Santo do dia: Santo Edmundo


Reinava Offa nos Estados ingleses. Desejando terminar seus dias em Roma, no exercício da piedade e da penitência, passou a coroa para Edmundo, de quinze anos de idade, descendente dos antigos reis anglo-saxões da Grã-Bretanha.

Edmundo, segundo os seus historiadores, foi coroado no dia de Natal de 885. Suas qualidades morais tornaram-no modelo dos bons reis. Tinha grande aversão aos lisonjeiros; toda a sua ambição era manter a paz e assegurar a felicidade dos súditos. Daí o grande zêlo na administração da justiça e na implantação dos bons costumes nos seus Estados. Foi o pai dos súditos, sobretudo dos pobres, protetor das viúvas e dos órfãos, sustento e apoio dos fracos. O fervor no serviço de Deus realçava o brilho das suas outras virtudes. A exemplo dos monges e de várias outras pessoas piedosas, aprendeu o saltério de cor.

No décimo quinto ano do seu reinado, foi atacado pelos Dinamarqueses Hínguar e Hubla, príncipes desta nação, verdadeiros piratas, que foram desembarcar na Inglaterra. Edmundo, a princípio, manteve-se sereno, confiando num tratado que tinha feito com os bárbaros logo que vieram para o seu país. Mas quando viu que não respeitaram o tratado, reuniu o seu exército. Mas os infiéis receberam auxílios. Perante este reforço do inimigo, Edmundo sentia-se impotente para o combater.

Então os bárbaros fizeram-lhe várias propostas que recusou, por serem contrárias à religião e à justiça que devia aos súditos. Preferiu expor-se à morte a trair sua consciência. Carregaram-no de pesadas cadeias e levaram Edmundo à tenda do general inimigo. Fizeram-lhe novas propostas. Respondeu com firmeza que a religião lhe era mais cara do que a vida, e que nunca consentiria em ofender a Deus, que adorava. Hínguar, enfurecido com esta resposta, mandou açoitá-lo cruelmente.

O santo sofreu todos os maus tratos com paciência invencível, invocando o Sagrado Nome de Jesus. Por fim, foi condenado a ser decapitado, recebendo a palma do martírio a 20 de novembro de 870.

Os ingleses consideraram-no mártir e dedicaram-lhe numerosas igrejas.

Santo Edmundo, rogai por nós!!!

sábado, 19 de novembro de 2011

REFLEXÃO: Crer e obedecer

José estava em plena idade quando se casou com Maria, e foi a sua obediência que fez com que Jesus se salvasse. No último domingo, dia 23, o Evangelho nos narra a situação em que Maria, após o anúncio do anjo, vai para a casa de Isabel, sua prima. Só depois do nascimento de João e da quarentena da criança, é que ela volta para casa. Nesse tempo, Maria já estava com sinais claros de gravidez e José sabia que o filho não era dele. Mas, graças a Deus, um anjo veio em seu sonho para lhe dizer que – o que em Maria foi concebido – era obra do Espírito Santo. Veja como foi difícil para José acreditar e obedecer. 

Após o nascimento de Jesus, mais uma vez, o anjo aparece em sonho para José, dizendo-lhe que voltasse para casa, pois aquele que queria matar o Menino já estava morto.

Onde está a nossa salvação, o nosso acerto? Onde está a salvação dos nossos? Na fé e na obediência. Infelizmente, carregamos esta conseqüência do pecado original: a rebeldia contra Deus. É só observar a rebeldia das crianças, que, desde pequenas, fazem o contrário do que queremos.

Estamos, nestes dias, na primeira Carta de São João e ele nos diz: "Se dissermos que não temos pecado estamo-nos enganando a nós mesmos, e a verdade não está dentro de nós" (1 João 1,8).

É uma coisa linda, porque Deus é misericórdia. Se reconhecermos os nossos pecados e os confessarmos, declararemos para nós mesmos e, se preciso, para os outros, que pecamos; e Deus está no ato do nosso reconhecimento. Ele é fiel e justo para nos perdoar e nos purificar de toda iniqüidade (mal que existe em nós e nos faz estar inclinados para o pecado).

São Paulo diz sentir como se houvesse dois homens dentro dele. Um, que quer fazer o bem; outro, que quer fazer o mal. Que beleza quando reconhecemos essa nossa má inclinação e dizemos, diante de Deus, que pecamos! O Senhor está ao nosso lado para perdoar os nossos pecados e nos libertar de toda a iniqüidade.

São Francisco de Sales tinha um gênio terrível: era irascível, colérico, orgulhoso, soberbo. Desde menino, tinha um gênio forte; mas foi na luta constante que ele, e muitos outros santos, chegaram à santidade. Meus irmãos, é lutando contra o pecado que nos santificamos. Essa é a máxima obediência e a maior fé, porque acreditamos que ֪– quando nos reconhecemos pecadores e nos manifestamos – somos perdoados, pois Deus é misericordioso

Jesus já pagou por nossos pecados. Por isso, temos, no céu, uma soma infinita de perdão e misericórdia; mas o problema é que nós não admitimos os nossos pecados.

"Deus, dá-nos a graça de, nesse final de ano, acertarmos as nossas contas. Somos desobedientes, rebeldes, não reconhecemos os nossos pecados. E não querendo manifestá-los diante do Senhor, enganamo-nos e tentamos enganá-Lo. Mas, hoje, estamos sendo advertidos disso. Quero, neste final de ano, reconhecer, sinceramente, os meus pecados. Pai, arranca a minha rebeldia, a minha desobediência. Faça de mim uma pessoa de fé". Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
 

Santo do dia: São Roque González e companheiros mártires


Com alegria celebramos a santidade destes Jesuítas que deram a vida pela fé, amor e esperança em Jesus Cristo, são eles: Roque González e seus companheiros Afonso Rodríguez e João del Castillo.

Roque González nasceu em Assunção do Paraguai, em 1576, e estudou com os Padres Jesuítas, que muito ajudaram-no a desenvolver seus dotes humanos e espirituais.

O coração de Roque González sempre se compadeceu com a realidade dos indígenas oprimidos, por isso ao se formar e ser ordenado Sacerdote do Senhor, aos 22 anos de idade, foi logo trabalhar como padre diocesano numa aldeia carente. São Roque, sempre obediente à vontade do Pai do Céu, entrou no noviciado da Companhia de Jesus, com 33 anos, e acompanhado com outros ousados missionários, aceitou a missão de pacificar terríveis indígenas.

São Roque González fez de tudo para ganhar a todos para Cristo, portanto aprendeu além das línguas indígenas, aprofundou-se em técnicas agrícolas, manejo dos bois e vários outros costumes da terra. Os Jesuítas - bem ao contrário do que muitos contam de forma injusta - tinham como meta a salvação das almas, mas também a promoção humana, a qual era e é a consequência lógica de toda completa evangelização.

Certa vez numa dessas reduções que levavam os indígenas para a vida em aldeias bem estruturadas e protegidas dos
colonizadores, Roque González com seus companheiros foram atacados, dilacerados e martirizados por índios ferozes fechados ao Evangelho e submissos a um feiticeiro, que matou o corpo mas não a alma destes que, desde 1628, estão na Glória Celeste.

Em 1988, o Papa João Paulo II canonizou os três primeiros mártires sul-americanos: São Roque González, Santo Afonso Rodríguez e São João del Castillo. 

São Roque González e companheiros mártires, rogai por nós!!!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

REFLEXÃO: Todos somos doentes em relação ao pecado

“Que o pecado não mais reine em vosso corpo mortal para fazer obedecer às suas concupiscências” (Rm 6,12).

Quando você monta num cavalo, toma as rédeas e o leva para onde quiser. A Palavra de Deus diz: “não permita mais”, o pecado quer “montar” em você e fazê-lo obedecer às rédeas dele.

Não faça mais isso! Não permita mais! “Que o pecado não mais reine em vosso corpo mortal”, que você não obedeça mais a seus impulsos nem ofereça seus membros como instrumentos do mal. Você já não está mais sob a lei do pecado. Não ofereça de novo seus membros a ele. Não se ponha de novo sob o jugo da escravidão.

Seus membros querem pecar. Eles ficaram marcados, habituados, até viciados pelo pecado. Logo, há em você uma inclinação, um impulso para o pecado. Como as pessoas que sofrem de alcoolismo sentem inclinação para o álcool, não podem tomar o primeiro gole, assim você não pode ceder à sua inclinação para o pecado.

Em relação ao pecado, todos somos doentes. Nossos membros já estão feridos e marcados por ele. Então, não podemos dar o primeiro passo. Não podemos lhe oferecer nossos membros: eles são de Deus, criados por Ele, alvos e resgatados por Jesus Cristo.

Infelizmente, já os oferecemos ao pecado, que já nos usou demais como instrumento para o mal. Agora, chega. A Palavra diz: se ofereça a Deus como vivo, salvo da morte, para que seus membros sejam instrumentos do bem a serviço d’Ele.

O pecado já não o dominará, porque agora você não está mais sob a lei, e sim sob a graça.

No Reino de Deus, porque somos cristãos, batizados, o Senhor tão bom, tão Pai, tão misericordioso, nos perdoa. Jesus veio para os pecadores. Veio para os doentes. Portanto, você não pode levar uma vida “mais ou menos”.

Porque o Senhor é bom, misericordioso, porque Ele nos salvou, agora queremos viver para Deus. Vivos para Deus, não permitamos mais que o pecado reine sobre nós e nos use para o mal.

Decida-se. Tome uma resolução. Se, infelizmente, acontecer de você pecar, porque sua carne é fraca e seus membros resvalam no pecado, imediatamente volte para o Senhor e O busque no sacramento da reconciliação, na confissão. Receba o perdão de Deus, acolha novamente Sua graça. Levante, recomece tudo de novo.

O versículo 19 da Carta aos Romanos nos esclarece:

"Eu me sirvo de palavras totalmente humanas, adaptadas à vossa fraqueza. Do mesmo modo que pudestes vossos membros como escravos a serviço da impureza e da desordem, que conduzem à revolta contra Deus, ponde-os agora como escravos a serviço da justiça, que conduz à santificação" (Rm 6,19).

Com uma faca você pode fazer coisas lindas e terríveis: pode cortar alimentos e abrir caminhos, mas pode também matar. Com seu corpo é assim também: você pode servir ao bem ou ao mal, fazer coisas lindas ou matar.
“Do mesmo modo que pusestes vossos membros como escravos a serviço da impureza e da desordem, que conduzem à revolta contra Deus, ponde-os agora como escravos a serviço da justiça, que conduz à santificação. Quando éreis escravos do pecado, éreis livres com relação à justiça. Que frutos produzíreis então? Hoje tendes vergonha deles, pois o seu fim é a morte. Mas agora, libertados do pecado e feitos escravos de Deus, produzis os frutos que conduzem à santificação e cujo fim é a vida eterna. Pois o conduzem à santificação e cujo fim é a vida eterna. Pois o salário do pecado é a morte; mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, em Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rm 6,19b-23).

Trecho do livro de monsenhor Jonas Abib

Santo do dia: Beatos Domingos Jorge, Isabel Fernandes e Inácio


Domingos Jorge nasceu em Vermoim da Maia, perto do Porto (Portugal). Muito jovem, partiu para a Índia, onde combateu pela fé e pela Pátria. Aventureiro por natureza, empreendeu viagem para o Japão, onde nesse tempo reinava perseguição furiosa. Todos os missionários eram mortos, e mortos também todos aqueles que os acolhessem em suas casas. Apesar de todos os riscos, não quiseram os missionários estrangeiros abandonar para os instruir, animar e lhes administrar os sacramentos.

Domingos Jorge, membro da Companhia do Rosário, casou com uma jovem japonesa, à qual o missionário português, Padre Pedro Gomes, oito dias após o nascimento, deu o nome de Isabel Fernandes. Vivia este casal modelo no amor de Deus, na paz e na felicidade, perto da cidade de Nagazáki. Por bondade e piedade, receberam em sua casa dois missionários jesuítas e, naquela noite (era o dia da festa de Santa Luzia), o governador de Nagasáki ordenou que fossem presos os dois missionários juntamente com Domingos Jorge. Após um ano de prisão, foram condenados à morte. Domingos Jorge, após escutar a sentença, pronunciou estas palavras: "Mais aprecio eu esta sentença do que me fizessem Senhor de todo o Japão".

Era o ano de 1619. Domingos Jorge foi amarrado ao poste no chamado "Monte Santo" de Nagasáki, onde tantos cristãos deram a vida por Deus, e, ali, juntamente com outros mártires rezando a oração do Credo, Domingos Jorge foi queimado vivo.

Passados três anos, na manhã de 10 de novembro de 1622, o "Monte Santo" de Nagasáki, regado com o sangue de tantas centenas de cristãos, apresentava um aspecto solene e comovedor. Ali se apinhavam mais de 30.000 pessoas para assistirem ao Grande Martírio, isto é, à morte de 56 filhos da Santa Igreja Católica. Entre eles, encontravam-se Isabel Fernandes, de uns 25 anos de idade, viúva do Beato Domingos Jorge, e seu filhinho Inácio, de quatro anos. Os mártires foram divididos em dois grupos: 24 religiosos de várias Ordens, condenados a morrer a fogo lento; os outros 32 eram constituídos por 14 mulheres e 18 homens (a maioria deste segundo grupo recebeu como condenação serem decapitados). Isabel Fernandes, antes de ser degolada juntamente com seu filhinho Inácio, exclamou: "De todo o coração ofereço a Deus as duas coisas mais preciosas que possuo no mundo: a minha vida e a do meu filhinho".

Domingos Jorge, com a esposa Isabel Fernandes e o filho Inácio, foram beatificados pelo Papa Pio IX em julho de 1867.

 Beatos Domingos Jorge, Isabel Fernandes e Inácio, rogai por nós!!!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

REFLEXÃO: Remédio para a decepção

"Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido. Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o reconheceram" ( Lc 24,13-16).

Nós que ainda não temos sentidos para ver o Senhor, precisamos saber que quando estamos na dor, no sofrimento ou em grandes alegrias, não estamos sós, Jesus está ao nosso lado como estava ao lado dos dois discípulos. A decepção cega e nos faz pessimistas. Aqueles dois eram discípulos, mas tudo o que aconteceu com Jesus – condenação e morte – decepcionou-os de tal maneira que ficaram cegos.

A decepção é inevitável, não depende de nós. Quantos de nós se decepcionam e cultivam esse sentimento. O pior é que os efeitos dela aumentam dentro de nós com o passar do tempo.

Nós temos de renunciar à decepção. Os seus sentimentos são de decepção? Quem disse que nós somos regidos pelos nossos sentimentos? É você quem deve dominá-los e não eles a você. Nós deixemos que sentimentos tão terríveis, tão tóxicos nos contaminem. Uma vez que ela nos pega, precisamos combater e vencer essa doença. As doenças da alma e do coração são muito piores do que as do corpo.

A decepção com pessoas e instituições ligadas a religiões e a Deus são piores, porque alguns acabam se decepcionando com a Igreja e, conseqüentemente, com o Senhor. Isso é terrível, porque daí vem o esfriamento e o afastamento. Como os discípulos de Emaús, você precisa superar esse sentimento, renunciando-o. Não que você vai negar que as pessoas erraram com você. Talvez elas até continuem erradas, mas é preciso que você não guarde esse sentimento em seu coração. Renuncie e salve a sua alma.

Se os nossos inimigos soubessem como sofremos quando nos decepcionamos, ficariam contentíssimos, porque eles, ao contrário de nós, continuam levando a vida deles. Não tenha medo, renuncie às suas decepções; peça oração, peça que rezem com você pela cura do seu coração, dos seus sentimentos.

Os discípulos, decepcionados, entraram num pessimismo tremendo. Eles reconheceram quem era Jesus, mas ficaram tão cegos que a fé deles eclipsou, e tudo o que disseram a Jesus foram coisas pessimistas. Mas Jesus "entra em cena" e começa repreendendo-os: "Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?" (Lc 24,25-26). Então Jesus começa a fazer, novamente, toda uma catequese para eles. Quando os discípulos convidam Jesus para ficar com eles e preparam a refeição, ao partir do pão, eles reconhecem Jesus, mas o Senhor desaparece. Daí para frente, eles dizem aquilo que nos mostra o salmo de hoje.

Meus irmãos, qual o jeito de sairmos da nossa cegueira espiritual, do pessimismo? É nos voltarmos para Jesus. Além de estar presente no Sacrário e na Missa, o Senhor está conosco quando estamos trabalhando. Até mesmo quando você está fazendo coisas erradas, Jesus está com você. O remédio para a decepção é Jesus. Mas, muitas vezes, fazemos o contrário, decepcionamo-nos e nos afastamos d'Ele.

É impossível viver sem passar por decepções, porque não depende de nós. É impossível viver sem sofrimento. Por isso temos de ser espertos e renunciar a esses sofrimentos. O espinho entrou, retira. É isso que Jesus está nos ensinando nos dias de hoje.

Senhor, que cada um de meus irmãos e irmãs tenham a graça de superar as próprias decepções e suas conseqüências a partir da cegueira espiritual e do pessimismo, que faz com que a pessoa adoeça e, muitas vezes, afastam-se da Igreja e de ti. Senhor, toca, cura os meus irmãos, dá-lhes coragem de renunciar logo que sintam os primeiros sintomas da doença.

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo

Padre Jonas Abib

Santo do dia: Santa Isabel da Hungria


Hoje celebramos a memória de uma mulher de Deus, que devida sua vida de santidade teve o seu nome em muitas instituições de caridade e foi declarada como Padroeira da Ordem Terceira Franciscana. Isabel era filha de André, rei da Hungria, e nasceu num tempo em que os acordos das nações eram selados com o casamento. No caso de Isabel, ela fora prometida a Luís IV (duque hereditário da Turíngia) em matrimônio, um pouco depois de seu nascimento em 1207.

Santa Isabel foi morar na corte do futuro esposo e lá começou a sofrer veladas perseguições por parte da sogra que, invejando o amor do filho para com a santa, passou a caluniá-la como esbanjadora, já que tinha grande caridade para com os pobres. Mulher de oração e generosa em meio aos sofrimentos, Isabel sempre era em tudo socorrida por Deus. Quando já casada e com três filhos, perdeu o marido numa guerra e foi expulsa da corte pelo tio de seu falecido esposo, agora encarregado da regência.

Aconteceu que Isabel teve que se abrigar num curral de porcos com os filhos, até ser socorrida como pobre pelos franciscanos de Eisenach, uma vez que até mesmo os mendigos e enfermos ajudados por ela insultavam-na, por temerem desagradar o regente. Ajudada por um tio que era Bispo de Bamberga, Isabel logo foi chamada para voltar à corte, e seus direitos, como os de seus filhos, foram reconhecidos, isto porque os companheiros de cruzada do falecido rei tinham voltado com a missão de dar proteção à Isabel, pois nisto consistiu o último pedido de Luís IV.

Santa Isabel não quis retornar para Hungria; renunciou aos títulos, além de entrar na Ordem Terceira de São Francisco. Fundou um convento de franciscanas em 1229 e pôs-se a servir os doentes e enfermos até morrer, em 1231, com apenas 24 anos num hospital construído com seus bens.

 Santa Isabel da Hungria, rogai por nós!!!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

REFLEXÃO: Onde está o alicerce de sua fé?

Fomos marcados por um conceito de totalmente errado sobre fé, como se fé fosse somente acreditar na existência de Deus, nos dogmas da Igreja, na virgindade de Maria, na ressurreição da carne, na infalibilidade do Papa com a inteligência. Sem dúvida, também é isso. Mas o primeiro passo de fé não é crer intelectualmente, mas confiar em Deus: naquilo que Ele é. Acreditar nas verdades que a Igreja ensina é uma consequência da fé.

Ao ler os Atos dos Apóstolos, vemos que Paulo ia de cidade em cidade pregando o Evangelho. Em todos os lugares, ele deparava com incompreensão, fofocas, perseguição e era sempre levado aos tribunais. Muitas vezes, foi condenado; apanhou e foi apedrejado.

Quantas vezes o apóstolo saiu das sinagogas apanhando... Mas em quem Paulo confiava? Em Deus! E porque confiava em Deus, apesar de toda perseguição, ia em frente. Inspirado por Deus, ele foi para Jerusalém, pois queria expor a seus irmãos o que lhe havia acontecido. Queria contar-lhes sua conversão e pregar o Evangelho. E o que aconteceu? Seus próprios irmãos, sacerdotes do Deus vivo, se opõem a ele e o levam à prisão. Assim relata o livro dos Atos dos Apóstolos:

“No dia seguinte, resolvido a saber com certeza de que os judeus acusavam Paulo, o tribuno mandou tirar-lhe as correntes; depois ordenou uma reunião dos sumos-sacerdotes com todo o Sinédrio, e mandou Paulo descer para que comparecesse perante eles. Com os olhos fitos no Sinédrio, Paulo declarou: ‘Irmãos, é com uma consciência livre de qualquer remorso que eu procedi para com Deus até este dia’. Mas o sumo-sacerdote Ananias ordenou aos seus assessores que lhe batessem na boca” (At 22,30.23,1-2).

O sumo-sacerdote estava ali para julgar. O réu tinha todo o direito de se defender. O apóstolo dos gentios começou dizendo: “Irmãos, é com uma consciência livre de qualquer remorso que eu procedi para com Deus até este dia”. Mas Ananias, sumo-sacerdote, mandou os que estavam a seu lado que lhe batessem na boca. Incrível: Paulo estava diante de quem? Diante do sumo-sacerdote: o representante de Deus no meio do povo.

“Paulo lhe disse então: 'É a ti que Deus vai ferir, parede caiada! Tu te sentas para me julgar segundo a Lei e, sem consideração à Lei, ordenas que me batam?' Os assessores o advertiram: ‘Tu insultas o Sumo Sacerdote de Deus!'” (At 23,3-4).

Na verdade, Paulo não sabia que se tratava do sumo-sacerdote (havia muito tempo estava fora de Jerusalém), por isso o chamou de hipócrita. Quando o soube, humilhou-se e disse:

“Eu não sabia, irmãos, respondeu Paulo, que ele era o sumo-sacerdote; de fato, está escrito: 'Tu não insultarás o chefe do teu povo'” (At 23,5).

Até as últimas consequências, o apóstolo dos gentios confia unicamente em Deus. Sua fé o faz agir corajosamente.

Como Paulo, temos de confiar exclusivamente em Deus, fundamentados numa fé que nos garante que nossa segurança está n'Ele. Todos, neste mundo, falham: marido, esposa, pai, mãe, filho, sacerdote, bispo... As pessoas nas quais mais confiamos e que mais amamos são humanas e, por isso, falham. Não é que vamos deixar de acreditar nelas. O problema é que, se depositamos nossa confiança apenas em pessoas e, pior, se achamos que elas não erram e não decepcionam, vamos viver de frustração em frustração.

Em Deus está nossa confiança! Quantas esposas se apóiam totalmente em seus maridos. Esquecem que eles são de carne e osso e falham. Consequentemente, as esposas se decepcionam. O mesmo pode acontecer com os homens: se depositam sua confiança na esposa, no trabalho, nos negócios... logo vem a decepção!

Quantas pessoas confiaram unicamente no padre, na religiosa, esquecendo-se de que são pessoas e podem errar. É necessário que caminhemos com elas, porém, nosso apoio está em Deus.

Precisamos reavivar nossa fé. Não é simplesmente acreditar em algumas verdades: é confiar em Deus. Confiar naquilo que Ele é. Não posso confiar em Deus somente se Ele me curar, se resolver meus problemas... Devo confiar no Senhor incondicionalmente: se não obtive a cura desejada, devo continuar confiando n'Ele. Busco, amo e confio em Deus por causa d'Ele, e não pelos benefícios que isso possa me oferecer.

Muitas vezes o Altíssimo faz maravilhas em nossa vida. Ele melhora situações econômicas, reconstrói casamentos, cura doenças... Mas, infelizmente, muitos apóiam sua fé apenas nisto: creem somente se o Senhor fizer o que desejam. Não é assim! Temos o exemplo de Paulo que só teve decepções com seu povo e com o sumo-sacerdote, mas, ainda assim, continuou confiando em Deus. O alicerce de sua fé não estava nas pessoas, mas unicamente em Deus. Por isso não se decepcionou.

Trecho do livro "Considerai como crescem os lírios!" de Monsenhor Jonas

Santo do dia: Santa Margarida da Escócia


Neste dia lembramos com carinho a vida de mais uma irmã nossa que para a Igreja militante brilha como exemplo e no Céu como intercessora de todos nós pecadores chamados à santidade. Santa Margarida nasceu na Hungria no ano de 1046, isto quando seu pai Eduardo III (de nobre família inglesa) aí vivia exilado, devido aos conflitos pelo trono da Inglaterra (o rei da Dinamarca ocupara o trono inglês). Em 1054, seu pai retornou à Inglaterra, Margarida tinha portanto oito ou nove anos quando conheceu a pátria inglesa. No entanto, após a morte de seu tio-avô, Santo Eduardo, em 1066, recomeçaram os conflitos: a luta entre Haroldo e Guilherme da Normandia obrigou Edgardo, irmão de Margarida, a refugiar-se novamente na Escócia com a mãe e as irmãs, tendo-lhes o pai morrido alguns anos antes.

Vivendo na Escócia, Margarida casou-se com o rei Malcom III e buscou com os oito filhos (seis príncipes e duas princesas, uma delas chamada Edite, que veio posteriormente a ser rainha da Inglaterra e conhecida com o nome de Santa Matilde) a graça de constituir uma verdadeira Igreja doméstica. Santa Margarida, como rainha da Escócia, procurou cooperar com o rei, tanto no seu aperfeiçoamento humano (pois de rude passou a doce) quanto na administração do reino (porque baniu todas futilidades e aproximou os bens reais das necessidades dos pobres).

Conta-se que a própria Santa Margarida alimentava e servia diariamente mais de cem pobres, ao ponto de lavar os pés e beijar as chagas daqueles que eram vistos e tratados por ela como irmãos e presença de Cristo. Quando infelizmente seu esposo e filho morreram num assalto ao castelo, Margarida que tanto os amava não se desesperou, mas sim aceitou e entregou tudo a Deus rezando: "Agradeço, ó Deus, porque me dás a paciência para suportar tantas desgraças!"

Santa Margarida entrou no Céu a 16 de novembro de 1093. Foi sepultada na igreja da Santíssima Trindade, em Dunfermline, para onde também o corpo do rei Malcom III foi levado mais tarde.

 Santa Margarida da Escócia, rogai por nós!!!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Santo do dia: Santo Alberto Magno


Celebramos neste dia a santidade de um grande santo da nossa Igreja, o qual foi digno de ser intitulado de Magno (Grande). Nascido na Alemanha em 1206, numa família militar que desejava para Alberto a carreira militar ou administrativa.

Soldado do Senhor e administrador do Reino de Deus, devotíssimo da Virgem Maria, Santo Alberto optou pelos desejos do coração de Deus, por isso depois de estudar ciências naturais em Pádua e Paris entrou na família Dominicana em 1223, a fim de mergulhar nos estudos, santidade e apostolado. Como consequência da sua crescente adesão ao Reino, foram aumentando os trabalhos na "vinha do Senhor", por isso na Ordem Religiosa foi superior provincial e mais tarde, nomeado pelo Papa, Bispo de Ratisbona, num tempo em que somente um santo e sábio poderia estabelecer a paz entre os povos e cidades, como de fato aconteceu.

Santo Alberto Magno era um apaixonado e vocacionado ao magistério (teve como discípulo São Tomás de Aquino); foi dispensado do Episcopado, para na humildade e pobreza continuar lecionando, pregando e pesquisando e dominando com tranquilidade os assuntos sobre mecânica, zoologia, botânica, metereologia, agricultura, física, tecelagem, navegação e outras áreas do conhecimento, os quais inseriu no seu caminho de santidade: "Minha intenção última, escrevia, está na ciência de Deus". Suas obras escritas encheram 38 grossos volumes e com o testemunho impregnou toda a Igreja de santidade e exemplo de quem soube viver com equilíbrio e graça a fé que não contradiz a razão.

Entrou no Céu em 1280, proclamado Doutor da Igreja e Patrono dos cultores das ciências naturais

Santo Alberto Magno, rogai por nós!!!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Santo do dia: São José Pignatelli


José Pignatelli nasceu em 1737 em Saragoça, do ramo espanhol de uma nobilíssima família do reino de Nápoles. Perdendo a mãe aos cinco anos, veio para esta cidade onde recebeu, de uma irmã, ótima educação católica. Voltando para Espanha, aos quinze anos entrou na Companhia de Jesus. Feito o Noviciado e emitidos depois os primeiros votos em Tarragona, aplicou-se aos estudos, primeiro em Manresa e depois nos colégios de Bilbau e de Saragoça. Ordenado sacerdote, dedicou-se ao ensino das letras e, com grande fruto, aos ministérios apostólicos. Levantou-se, porém, uma grande perseguição contra a Companhia de Jesus e ele figurou entre os jesuítas que foram expulsos da Espanha para a Córsega. Entre adversidades, mostrou o Padre Pignatelli grande fortaleza e constância; foi por isso nomeado Provincial de todos esses exilados. E recomendaram-lhe especial cuidado pelos mais jovens, o que ele praticou com grande zelo. Da Córsega foi obrigado a transferir-se, com os outros, para várias regiões, vindo finalmente a fixar-se em Ferrara (Itália), onde fez a profissão solene de quatro votos. Pouco depois, sendo a Companhia de Jesus dissolvida por Clemente XIV, em 1773, Padre Pignatelli deu exemplo extraordinário de perfeita obediência à Sé Apostólica como também de intenso amor para com a Companhia de Jesus. Indo para Bolonha e, estando proibido de exercer o ministério apostólico com as almas, durante quase vinte e cinco anos entregou-se totalmente ao estudo, reunindo uma biblioteca de valor, dando-se principalmente a obras de caridade para com os antigos membros da suprimida Companhia. Logo, porém, que lhe foi possível, pediu para ser recebido na Família Inaciana existente na Rússia, onde reinava Catarina, que sendo cismática não aceitara a supressão vinda de Roma.

Os jesuítas da Rússia ligaram-se a bom número de ex-jesuítas italianos, e Padre Pignatelli uniu-se a todos eles, tendo-lhe sido permitido renovar a profissão solene. Com licença do Papa Pio VI, foi construída uma casa para noviços no ducado de Parma, onde o Padre Pignatelli foi reitor. Em 1804, Pio VII restaurou a Companhia de Jesus no reino de Nápoles, e o Padre Pignatelli vem a ser Provincial. Mas o exército francês aparece e dispersa este grupo de jesuítas. Em 1806, transfere-se para Roma onde é muito bem recebido pelo Sumo Pontífice. Os franceses, que estão a ocupar Roma, toleram-no. No silêncio, Padre Pignatelli vai preparando o renascimento da sua Companhia. Este fato ocorre em 1814, com o citado Papa beneditino Pio VII. Mas o Padre Pignatelli já tinha morrido em 1811, com setenta e quatro anos. O funeral decorreu quase secretamente. Foi beatificado por Pio XI em 1933, que chamou o santo de "o principal anel da cadeia entre a Companhia que existira e a Companhia que ia existir,... o restaurador dos Jesuítas". Profundo devoto do Sagrado Coração de Jesus e da Virgem Santíssima, homem adorador (passava noites inteiras diante do Santíssimo Sacramento), São José Pignatelli foi canonizado em 1954 pelo Papa Pio XII.

São José Pignatelli, rogai por nós!!!

domingo, 13 de novembro de 2011

Início do Advento

O Advento (do latim Adventus: "chegada", do verbo Advenire: "chegar a") é o primeiro tempo do Ano litúrgico, o qual antecede o Natal. Para os cristãos, é um tempo de preparação e alegria, de expectativa, onde os fiéis, esperando o Nascimento de Jesus Cristo, vivem o arrependimento e promovem a fraternidade e a Paz. No calendário religioso este tempo corresponde às quatro semanas que antecedem o Natal.

Origem

A primeira referência ao "Tempo do Advento" é encontrada na Espanha, quando no ano 380, o Sínodo de Saragoça prescreveu uma preparação de três semanas para a Epifania, data em que, antigamente, também se celebrava o Natal. Na França, Perpétuo, bispo de Tours, instituiu seis semanas de preparação para o Natal e, em Roma, o Sacramentário Gelasiano cita o Advento no fim do século V.
Há relatos de que o Advento começou a ser vivido entre os séculos IV e VII em vários lugares do mundo, como preparação para a festa do Natal.
No final do século IV na Gália (atual França) e na Espanha, tinha caráter ascético com jejum, abstinência e duração de 6 semanas como na Quaresma (quaresma de S. Martinho). Este caráter ascético para a preparação do Natal se devia à preparação dos catecumenos para o batismo na festa da Epifania.
Somente no final do século VII, em Roma, é acrescentado o aspecto escatológico do Advento, recordando a segunda vinda do Senhor e passou a ser celebrado durante 5 domingos.
Só mais tarde é que o Advento passou a ser celebrado nos seus dois aspectos: a vinda definitiva do Senhor e a preparação para o Natal, mantendo a tradição das 4 semanas. A Igreja entendeu que não podia celebrar a liturgia, sem levar em consideração a sua essencial dimensão escatológica.
Surgido na Igreja Católica, este tempo passou também para as igrejas reformadas, em particular à Anglicana, à Luterana, e à Metodista, dentre várias outras. A igreja Ortodoxa tem um período de quarenta dias de jejum em preparação ao Natal.

O tempo do advento e suas características

O tempo do Advento é para toda a Igreja, momento de forte mergulho na liturgia e na mística cristã. É tempo de espera e esperança, de estarmos atentos e vigilantes, preparando-nos alegremente para a vinda do Senhor, como uma noiva que se enfeita, se prepara para a chegada de seu noivo, seu amado.
O Advento começa às vésperas do Domingo mais próximo do dia 30 de Novembro e vai até as primeiras vésperas do Natal de Jesus contando quatro domingos.
Esse tempo possui duas características: Nas duas primeiras semanas, a nossa expectativa se volta para a segunda vinda definitiva e gloriosa de Jesus Cristo, Salvador e Senhor da história, no final dos tempos. As duas últimas semanas, dos dias 17 a 24 de Dezembro, visam em especial, a preparação para a celebração do Natal, a primeira vinda de Jesus entre nós. Por isto, o Tempo do Advento é um tempo de piedosa e alegre expectativa. Uma das expressões desta alegria é o canto das chamada "Antífonas do Ó".

Teologia do advento

O Advento recorda a dimensão histórica da salvação, evidencia a dimensão escatológica do mistério cristão e nos insere no caráter missionário da vinda de Cristo.
Ao serem aprofundados os textos litúrgicos desse tempo, constata-se na história da humanidade o mistério da vinda do Senhor, Jesus, que de fato se encarna e se torna presença salvífica na história, confirmando a promessa e a aliança feita ao povo de Israel. Deus que, ao se fazer carne, plenifica o tempo (Gl 4,4) e torna próximo o Reino (Mc 1,15).
O Advento recorda também o Deus da Revelação. Aquele que é, que era e que vem (Ap 1, 4-8), que está sempre realizando a salvação mas cuja consumação se cumprirá no "dia do Senhor", no final dos tempos.
O caráter missionário do Advento se manifesta na Igreja pelo anúncio do Reino e a sua acolhida pelo coração do homem até a manifestação gloriosa de Cristo. As figuras de João Batista e Maria são exemplos concretos da vida missionária de cada cristão, quer preparando o caminho do Senhor, quer levando o Cristo ao irmão para o santificar. Não se pode esquecer que toda a humanidade e a criação vivem em clima de advento, de ansiosa espera da manifestação cada vez mais visível do Reino de Deus.
A celebração do Advento é, portanto, um meio precioso e indispensável para nos ensinar sobre o mistério da salvação e assim termos a Jesus como referência e fundamento, dispondo-nos a "perder" a vida em favor do anúncio e instalação do Reino.

Espiritualidade do advento

A liturgia do Advento nos impulsiona a reviver alguns dos valores essenciais cristãos, como a alegria expectante e vigilante, a esperança, a pobreza, a conversão. Deus é fiel a suas promessas: o Salvador virá; daí a alegre expectativa, que deve nesse tempo, não só ser lembrada, mas vivida, pois aquilo que se espera acontecerá com certeza. Portanto, não se está diante de algo irreal, fictício, passado, mas diante de uma realidade concreta e atual. A esperança da Igreja é a esperança de Israel já realizada em Cristo mas que só se consumará definitivamente na parusia (volta) do Senhor. Por isso, o brado da Igreja característico nesse tempo é "Marana tha"! Vem Senhor Jesus!
O tempo do Advento é tempo de esperança porque Cristo é a nossa esperança (I Tm 1, 1); esperança na renovação de todas as coisas, na libertação das nossas misérias, pecados, fraquezas, na vida eterna, esperança que nos forma na paciência diante das dificuldades e tribulações da vida, diante das perseguições, etc.
O Advento também é tempo propício à conversão. Sem um retorno de todo o ser a Cristo, não há como viver a alegria e a esperança na expectativa da Sua vinda. É necessário que "preparemos o caminho do Senhor" nas nossas próprias vidas, lutando incessantemente contra o pecado, através de uma maior disposição para a oração e mergulho na Palavra.
No Advento, precisamos nos questionar e aprofundar a vivência da pobreza. Não pobreza econômica, mas principalmente aquela que leva a confiar, se abandonar e depender inteiramente de Deus e não dos bens terrenos. Pobreza que tem n'Ele a única riqueza, a única esperança e que conduz à verdadeira humildade, mansidão e posse do Reino.

As figuras do advento

Isaías

Isaías é o profeta que, durante os tempos difíceis do exílio do povo eleito, levava a consolação e a esperança. Na segunda parte do seu livro, dos capítulos 40 - 55 (Livro da Consolação), anuncia a libertação, fala de um novo e glorioso êxodo e da criação de uma nova Jerusalém, reanimando assim os exilados.
As principais passagens deste livro são proclamadas durante o tempo do Advento num anúncio perene de esperança para os homens de todos os tempos. Ele que no capítulo 7 do seu livro já anuncia a vinda do Senhor.

João Batista

É o último dos profetas e segundo o próprio Jesus, "mais que um profeta", "o maior entre os que nasceram de mulher", o mensageiro que veio diante d'Ele a fim de lhe preparar o caminho, anunciando a sua vinda (Lc 7, 26 - 28), pregando aos povos a conversão, pelo conhecimento da salvação e perdão dos pecados (Lc 1, 76s).
A figura de João Batista ao ser o precursor do Senhor e aponta como presença já estabelecida no meio do povo, encarna todo o espírito do Advento. Por isso ele ocupa um grande espaço na liturgia desse tempo, em especial no segundo e no terceiro domingo.
João Batista é o modelo dos que são consagrados a Deus e que, no mundo de hoje, são chamados a também ser profetas e profetisas do reino, vozes no deserto e caminho que sinaliza para o Senhor, permitindo, na própria vida, o crescimento de Jesus e a diminuição de si mesmo, levando, por sua vez os homens a despertar do torpor do pecado.

José

Nos textos bíblicos do Advento, se destaca José, esposo de Maria, o homem justo e humilde que aceita a missão de ser o pai adotivo de Jesus. Ao ser da descendência de Davi e pai legal de Jesus, José tem um lugar especial na encarnação, permitindo que se cumpra em Jesus o título messiânico de "Filho de Davi".
José é justo por causa de sua fé, modelo de fé dos que querem entrar em diálogo e comunhão com Deus.

A celebração do advento

O Advento deve ser celebrado com sobriedade e com discreta alegria. Não se canta o Glória, para que na festa do Natal, nos unamos aos anjos e entoemos este hino como algo novo, dando glória a Deus pela salvação que realiza no meio de nós. Pelo mesmo motivo, o diretório litúrgico da CNBB orienta que flores e instrumentos sejam usados com moderação, para que não seja antecipada a plena alegria do Natal de Jesus.
Os paramentos litúrgicos(casula, estola, dalmática, pluvial, cíngulo, etc) são de cor roxa, bem como o véu que recobre o ambão, a bolsa do corporal e o véu do cálice; como sinal de recolhimento e conversão em preparação para a festa do Natal. A única exceção é o terceiro domingo do Advento, Domingo Gaudete ou da Alegria, cuja cor tradicionalmente usada é a rósea, em substituição ao roxo, para revelar a alegria da vinda do Salvador que está bem próxima. Também os altares são ornados com rosas cor-de-rosa. O nome de Domingo Gaudete refere-se à primeira palavra do intróito deste dia, que é tirado da segunda leitura que diz: "Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito, alegrai-vos, pois o Senhor está perto"(Fl 4, 4). Também é chamado "Domingo mediano", por marcar a metade do Tempo do Advento, tendo analogia com o quarto domingo do Tempo da Quaresma, chamado Laetare.
No período do Advento são montados o Presépio, a Árvore de Natal e a Coroa do Advento.

Símbolos do Advento

Vários símbolos do Advento nos ajudam a mergulhar no mistério da encarnação e a vivenciar melhor este tempo. Entre eles há a coroa ou grinalda do Advento. Ela é feita de galhos sempre verdes entrelaçados, formando um círculo, no qual são colocadas 4 grandes velas representando as 4 semanas do Advento. A coroa pode ser, colocada ao lado do altar ou em qualquer outro lugar visível. A cada domingo uma vela é acesa; no 1° domingo uma, no segundo duas e assim por diante até serem acesas as 4 velas no 4° domingo. A luz nascente indica a proximidade do Natal, quando Cristo salvador e luz do mundo, brilhará para toda a humanidade, e representa também, nossa fé e nossa alegria pelo Deus que vem. A cor roxa das velas nos convida a purificar nossos corações em preparação para acolher o Cristo que vem. A vela de cor rosa, nos chama a alegria, pois o Senhor está próximo. Os detalhes dourados prefiguram a glória do Reino que virá.

A coroa de advento

Hoje, na Alemanha, a Coroa de Advento está dentro de Igrejas, de escolas e até de residências particulares. É impossível se imaginar os festejos de Advento sem a presença da referida e suas quatro velas queimando durante os 24 dias. Pois andei pesquisando a respeito. A Coroa de Advento não é antiga. Ela foi concebida em Hamburgo, há mais de cem anos. Havia muitas crianças órfãs naquela cidade portuária. Meninas e meninos sem teto que perambulavam pelas ruas pedindo esmolas. Conhecemos este “filme”.
As coisas não precisam ser sempre assim. Um pastor evangélico luterano morava naquela cidade. Seu coração pulsava por aquelas meninas e por aqueles meninos “sem eira nem beira”. Mexe daqui, puxa dali, ele construiu uma enorme casa onde passou a abrigar o máximo possível de crianças de rua. Naquela casa o povo miúdo tinha espaço para dormir e fazer suas refeições. Mais do que isso: tinha a chance de aprender uma profissão. Muitos saíram dali formados como sapateiros, desenhistas, costureiras e até jardineiros. A idéia era que, assim, não precisariam mais perambular pelas ruas pedindo esmolas, uma vez que juntavam seus próprios dinheiros a partir do suor do seu rosto.
Foi assim que, em 1833, nasceu a “Rauhes Haus” (Casa Rústica). O pastor visionário chamava-se Johann Heinrich Wichern (*1808 +1881). Todo ano ele celebrava o tempo de Advento com meditações, cânticos e reflexões que enfocavam este tempo bonito que antecede o Natal. Para contextualizar aqueles momentos o pastor Wichern pendurou uma roda velha, dessas que ainda hoje se vê em carroças, no teto na “Casa” que dirigia. No primeiro domingo de Advento colocou a primeira grande vela a queimar sobre a roda. Depois, nos seis dias seguintes, seis velas pequenas. Daí, no segundo domingo de Advento, novamente a segunda vela grande... Um dia antes do Natal queimavam 24 velas referida roda.
Corria o ano de 1840. As meninas e os meninos que moravam na referida casa gostavam muito daqueles encontros. A roda ia iluminando mais e mais a sala, a medida que o Natal se aproximava. Cada vela tinha o seu significado. Foram eles, as meninas e os meninos, que “batizaram” aquele tempo de “Meditação das Velas”. Passaram-se dois anos e aquela pequena Comunidade decidiu enfeitar a roda iluminada com ramos de pinheiro (sinal de vida). Foi assim que nasceu a primeira Coroa de Advento dentro da Igreja Luterana.
Muitas pessoas que visitavam a “Rauhes Haus” achavam aquele símbolo muito significativo. Como nas suas moradias particulares não havia muito espaço para uma Coroa de Advento com 24 velas, optaram por uma menor com quatro, uma para cada domingo. Viva o Advento, esse tempo no qual nos preparamos para receber a visita que vem: Jesus Cristo!

P. Renato Luiz Becker Par. São Mateus - Joinville - SC

A coroa está formada por uma grande quantidade de símbolos:

A forma circular

O círculo não tem princípio, nem fim. É sinal do amor de Deus que é eterno, sem princípio e nem fim, e também do nosso amor a Deus e ao próximo que nunca deve terminar. Além disso, o círculo dá uma idéia de “elo”, de união entre Deus e as pessoas, como uma grande “Aliança”.

As ramas verdes

Verde é a cor da esperança e da vida. Deus quer que esperemos a sua graça, o seu perdão misericordioso e a glória da vida eterna no final de nossa vida. Bênçãos que nos foram derramadas pelo Senhor Jesus, em sua primeira vinda entre nós, e que agora, com esperança renovada, aguardamos a sua consumação, na sua segunda e definitiva volta. O ramos dos pinheiros permanecem verdes apesar dos rigorosos invernos, assim como os cristãos devem manter fé e a esperança apesar das tribulações da vida.

A fita vermelha

A fita e o laço vermelho que envolvem a grinalda simbolizam o Amor de Deus ou o próprio Espírito Santo a embalar toda criação que é remida com a chegada de Jesus.

As bolas

As bolas simbolizam os frutos do Espírito Santo que brotam no coração de cada cristão.

As quatro velas

As quatro velas da coroa simbolizam, cada uma delas, uma das quatro semanas do Advento. No início, vemos nossa coroa sem luz e sem brilho. Nos recorda a experiência de escuridão do pecado. A medida em que se vai aproximando o Natal, vamos ao passo das semanas do Advento, acendendo uma a uma as quatro velas representando assim a chegada, em meio de nós, do Senhor Jesus, luz do mundo, quem dissipa toda escuridão, trazendo aos nossos corações a reconciliação tão esperada. A primeira vela lembra o perdão concedido a Adão e Eva. A segunda simboliza a fé de Abraão e dos outros Patriarcas, a quem foi anunciada a Terra Prometida. A terceira lembra a alegria do rei Davi que recebeu de Deus a promessa de uma aliança eterna. A quarta recorda os Profetas que anunciaram a chegada do Salvador.
As cores das velas do Advento são
Roxa, Roxa, Rosa e Roxa, podendo também serem adotadas velas com as seguintes cores: Roxa, Vermelha, Rosa e Verde ou até também Roxa Escura, Roxa Clara, Rosa e Branca.
Geralmente na Igreja Católica a cor das velas segue a cor das vestes litúrgicas do sacerdote, sendo assim, a cor roxa é usada no primeiro, segundo e quarto domingos do Advento simbolizando a conversão e penitência e, a cor rosa no terceiro domingo (Gaudete) simbolizando a alegria em meio à expectativa da chegada de Jesus.