sábado, 28 de abril de 2012

Missa não é Opereta

Opera é um teatro todo cantado. Opereta, um teatro declamado, falado e cantado. Pode haver danças no meio. É mais ou menos isso! Os detalhes eu deixo para os especialistas em artes cênicas. Missa é culto católico, com séculos de história, que não depende de lugar para acontecer, mas, em geral, acontece num templo. Não é nem nunca foi ópera ou opereta. Quem dela participa não é ator e nem o presidente da assembléia nem os cantores podem ser sua principal atração.
Mas são! E o são por conta de um fato: a maioria não estudou ou não respeita as orientações dos especialistas de uma ciência chamada “liturgia”. Liturgia deve ser o que impede que o altar vire palco, e o lado direito ou esquerdo dele vire coxia! Regula o culto de maneira que transpareça a catequese e a teologia daquele momento. Na hora em que o presidente daquele culto, ofuscado pelas luzes e pela fama local ou nacional, e algum cantor ou cantora deslumbrado com a sua chance de mostrar seu talento roubam a cena, temos mais uma exibição de opereta, num templo católico. Gestos, corridinhas, roupas lindas, música que estoura os ouvidos, o padre onipresente, inserções aqui e ali no script do que tratam como peça de arte, vinte músicas para uma missa, as canções duram 50 minutos e as palavras da missa 12 ou 15, o sermão do padre 25… E o povo que não pagou para assistir, é convidado a deixar sua contribuição no ofertório. Na semana que vem haverá outra exibição… Isto, nos cultos em que o altar vira palco e o celebrante que poderia, sim, ser alegre, comunicativo, acolhedor, resolve se o ator principal com alguns coadjuvantes chamados banda católica.


Nos outros cultos chamados de eucaristia e tratados como eucaristia a coisa é bem outra! Tem decoro, tem lógica, obedece-se ao conteúdo e aos textos daquele dia, as canções são verdadeiramente litúrgicas, os leitores sabem ler e não engasgam, os microfones não estouram, ninguém toca nem fala para ensurdecer, músicos não entram em competição, nenhum solista canta demais, cantores apenas lideram o povo, ninguém fica dedilhando cançõezinhas durante a consagração, como fundo para Jesus que faz o seu debut, as canções são ensaiadas e escolhidas de acordo com o tema da missa daquele dia, não se canta na hora da saudação de paz porque ninguém diz bom dia, ou como vai cantando… Tais coisas só acontecem nas operetas…
Nas missas sérias e com unção ninguém fica passando à frente ou atrás do altar, ministro não fica mexendo no altar enquanto o padre prega, padre não exagera nas vestes, não berra, não grita, não dá show de presença, tudo é feito com muita seriedade e decoro. O padre até se destaca pela seriedade. Celebra-se, dentro das nuances permitidas, o mesmo ato teológico com implicações sociais que se celebra no mundo inteiro. Todos aparecem e ninguém se destaca.
Mas receio ser inútil escrever sobre estas coisas, porque pouquíssimas bandas e pouquíssimos sacerdotes admitem que isso acontece com eles… E ai de quem disser que acontece! Mandam consultar o ibope sobre as novas missas transformadas em operetas, nas quais se privilegia mais canção do que os textos do dia. Perguntem se, depois daquele “somzão” e daquelas inserções com exorcismo, oração em línguas e outros adendos não aumentou a freqüência aos templos! É! Pois é!

Pe. Zezinho, scj

REFLEXÃO: Ou o Senhor vem até nós, ou nós iremos até Ele

“Esta salvação tem sido objeto das investigações e meditações dos profetas. Eles profetizaram a respeito da graça que vos estava destinada. Procuraram saber a que época e a que circunstâncias se referia o Espírito de Cristo, que estava neles, ao anunciar com antecedência os sofrimentos de Cristo e a glória conseqüente. Foi-lhes revelado que, não para si mesmos, mas para vós, estavam ministrando estas coisas, que agora são anunciadas a vós por aqueles que vos pregam o evangelho em virtude do Espírito Santo, enviado do céu; revelações essas, que até os anjos desejam contemplar!'' (1Pe 1, 10 - 12).

''Cingi, portanto, os rins do vosso espírito, sede sóbrios e colocai toda vossa esperança na graça que vos será dada no dia em que Jesus Cristo aparecer''(1Pe 1,13).

Nós estamos entrando numa guerra e o demônio sabe que pouco tempo lhe resta, como está escrito em Apocalipse 12,12: ''Por isso alegrai-vos, ó céus, e todos que aí habitais. Mas, ó terra e mar, cuidado! Porque o Demônio desceu para vós, cheio de grande ira, sabendo que pouco tempo lhe resta.''

Com a vinda do Senhor o céu se alegrará! Mas porque o bandido [maligno] está sabendo que pouco tempo lhe resta decidiu descer cheio de ira. Então, meus irmãos, é momento de guerra e nós precisamos ter os nossos rins cingidos! Essa luta não é para os moles, para quem desanima facilmente. Nós estamos na Quaresma e Deus nos dá essas leituras que são tão diretas.

"Sede sóbrios!" Esse "sóbrios" significa ser moderado como alguém que vai para a guerra e passa por preparos. Precisamos ser sóbrios em tudo, como pessoas que olham para frente e – por saberem que têm pouco tempo – precisam ser fiéis.

Logo o Senhor Jesus vai se manifestar e o abismo vai receber de volta satanás. Por isso, a Palavra de Deus está nos dizendo: ''Cingi, portanto, os rins do vosso espírito, sede sóbrios e colocai toda vossa esperança na graça que vos será dada no dia em que Jesus Cristo aparecer''. O que estamos vivendo é algo importantíssimo, somos privilegiados.

A verdade é esta: ou o Senhor vem até nós ou nós iremos até Ele. Tudo está indicando que a vinda do Senhor está próxima. Nós precisamos estar em jejum de pecado. É preciso que estejamos em jejum de pecado para nos encontrarmos com o Senhor.

Quem lhe disse a hora em que você irá se encontrar com o Senhor? Temos de estar atentos, em jejum de pecado, pois não dará tempo de procurar um padre para nos confessar; a vinda do Senhor é imprevisível. Devemos mirar a vinda do Senhor e agüentar tudo para chegarmos lá.  

Monsenhor Jonas Abib

28 de Abril de 2012 - Evangelho Segundo São João 6,60-69

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 60muitos dos discípulos de Jesus, que o escutaram, disseram: “Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?” 61Sabendo que seus discípulos estavam murmurando por causa disso mesmo, Jesus perguntou: “Isto vos escandaliza? 62E quando virdes o Filho do Homem subindo para onde estava antes? 63O Espírito é que dá vida, a carne não adianta nada. As palavras que vos falei são espírito e vida. 64Mas entre vós há alguns que não creem”. Jesus sabia, desde o início, quem eram os que não tinham fé e quem havia de entregá-lo.
65E acrescentou: “É por isso que vos disse: ninguém pode vir a mim a não ser que lhe seja concedido pelo Pai”. 66A partir daquele momento, muitos discípulos voltaram atrás e não andavam mais com ele. 67Então, Jesus disse aos doze: “Vós também vos quereis ir embora?” 68Simão Pedro respondeu: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. 69Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Santos do dia: São Pedro Chanel, São Luís Maria Grignion de Montfort, Santa Joana (Gianna) Baretta Molla e Santo Agapito I

São Pedro Chanel

Pedro nasceu no dia 12 de julho de 1803, na pequena Cuet, França. Levado pelas mãos do zeloso pároco, iniciou os estudos no seminário local e, em 1824, foi para o de Bourg, onde três anos depois se ordenou sacerdote.
Desde jovem, queria ser missionário evangelizador, mas primeiro teve de trabalhar como pároco de Amberieu e Gex, pois havia carência de padres em sua pátria. Juntou-se a outros padres que tinham a mesma vocação e trabalhavam sob uma nova congregação, a dos maristas, dos quais foi um dos primeiros membros, e logo conseguiu embarcar para a Oceania, em 1827, na companhia de um irmão leigo, Nicézio.
Foi um trabalho lento e paciente. Os costumes eram muito diferentes, a cultura tão antagônica à do Ocidente, que primeiro ele teve de entender o povo para depois pregar a palavra de Cristo. Porém, assim que iniciou a evangelização, muitos jovens passaram a procurá-lo. O trabalho foi se expandindo e, logo, grande parte da população havia se convertido.
Ao perceber que vários membros de sua família haviam aderido ao cristianismo, Musumuso, o genro do cacique, matou Pedro Chanel a bordoadas de tacape. Era o dia 28 de abril de 1841.
Foi o fim da vida terrestre para o marista, entretanto a semente que plantara, Musumuso não poderia matar. Quando o missionário Pedro Chanel desembarcou na minúscula ilha de Futuna, um fragmento das ilhas Fiji entre o Equador e o Trópico de Capricórnio, não se pode dizer que o lugar fosse um paraíso.
A pequena ilha é dividida em duas por uma montanha central, e cada lado era habitado por uma tribo, que vivia em guerra permanente, uma contra a outra. Hoje o local é, sim, um paraíso para os milhares de turistas que a visitam anualmente e para a população, que é totalmente católica e vive na paz no Senhor.
E se hoje é assim, muito se deve à semente plantada pelo trabalho de Pedro Chanel, que por esse ideal deu seu testemunho de fé. O novo mártir cristão foi beatificado em 1889 e inscrito no Martirológio Romano em 1954, sendo declarado padroeiro da Oceania.
São Luís Maria Grignion de Montfort

Luís Maria Grignion nasceu em Montfort, França, em 1673. Descendente de uma família cristã bem situada, recebeu uma excelente instrução e educação. Ainda menino, decidiu seguir o caminho da fé e vestiu o hábito de sacerdote em 1700.
Seu maior desejo era ser um missionário no Canadá, mas acabou sendo enviado a Poitiers, ali mesmo na França. Logo ficou famoso devido à sua preparação doutrinal e o discurso fácil e atraente. Todos queriam ouvir suas palavras, mas sua caridade era outra: cuidar de pacientes com doenças repugnantes.
A idéia de ser missionário não o abandonava. Mesmo contrariando seu superior, foi pedir permissão diretamente ao papa. Para tanto, fez uma viagem a pé, ida e volta, de Poitiers a Roma. Entretanto, o papa Clemente XI disse-lhe que havia urgência, naquele momento, em pregar aos franceses, que viviam sob o conflito entre Roma e a doutrina jansenista, uma nova heresia.
Luís Maria obedeceu e passou a pregar nas cidades e no meio rural e, quando necessário, confrontava os doutores jansenistas com discurso igualmente douto, munido de sua autoridade teológica. Ainda assim, sua linguagem era extremamente acessível aos mais humildes, adaptado ao seu cotidiano, à sensibilidade popular, combinada com o exemplo de uma conduta coerente e cristã. Usava de um discurso fraterno, convidando o povo a adorar e confiar num Jesus amigo, em vez de temê-lo como um rígido juiz. Outra característica muito importante de sua pregação era a devoção extremada a Maria Santíssima.
Embora a Igreja daquele tempo estivesse questionando certos aspectos do culto mariano, ele pregava a veneração sem excessos, firme e constante a Maria, a Mãe de Deus. Por meio dela é que Jesus fez o seu primeiro milagre nas bodas de Caná. Esse argumento, de fato, sempre esteve muito presente em todos os seus escritos e exortações, como o tratado da "Verdadeira devoção à Santa Virgem", e todos eles relacionados com a prática do Rosário. Seus textos foram publicados em 1842 e tornaram-se os fundamentos da piedade mariana. Em meados de 1712, Luís Maria de Montfort elaborou as Regras e fundou uma nova ordem masculina: a dos Missionários da Companhia de Maria.
Esses religiosos, chamados habitualmente de montfortianos, estenderam, aos poucos, as suas atividades pela Europa, América e África. Contudo seu fundador acompanhou apenas o seu início, porque morreu no dia 28 de abril de 1716, poucos anos depois de sua aprovação. Em 1947, o papa Pio XII proclamou-o santo.

Santa Joana (Gianna) Baretta Molla

Na família italiana dos Baretta de Milão, os treze filhos foram reduzidos a oito pela epidemia da gripe espanhola e por duas mortes ocorridas na primeira infância. Desses oito, saíram uma pianista, dois engenheiros, quatro médicos e uma farmacêutica. Um dos engenheiros, José, depois se fez sacerdote, e dois médicos fizeram-se religiosos missionários: madre Virgínia e padre Alberto.
Gianna Baretta, para nós Joana, a penúltima dos oito, nasceu no dia 4 de outubro de 1922 na cidade de Magenta, onde cresceu e se formou médica cirurgiã, com especialização em pediatria, concluída 1952. Porém preferiu exercer clínica geral, atendendo especialmente os velhos abandonados e carentes. Para ela, tudo era dever, tudo era sagrado: "Quem toca o corpo de um paciente, toca o corpo de Cristo", dizia.
Em 1955, ela se casa com Pedro Molla. O casal vive na tradição religiosa familiar: missa, oração e eucaristia, inserida com harmonia na Modernidade. Joana ama esquiar na neve, pintar e a música também. Ela freqüenta o teatro e os concertos com o marido, importante diretor industrial, sempre muito ocupado.
Residem em Magenta mesmo, onde Joana participa ativamente também da vida local da Associação Católica Feminina. Os retiros espirituais são momentos de forte interiorização e ela é a verdadeira colaboradora dessas novidades felizes da comunidade católica. Vive essa atribuição como sua missão de médica.
Nascem os filhos: Pedro Luiz , Maria Rita e Laura . No mês de setembro de 1961, no início da quarta gravidez, é hospitalizada e então é descoberto um fibroma no útero. Diante da gravidade, sempre mais evidente, do caso, a única perspectiva de sobreviver é renunciar à gravidez, para não deixar órfãos os três filhos. Mas Joana possui valores cristãos firmemente consolidados e coloca em primeiro lugar o direito à vida. E assim decide, com o preço da sua vida, ter o bebê.
Joana Emanuela nasce e sua mãe ainda a segura nos braços antes de morrer, no dia 28 de abril de 1962. Uma morte que é uma mensagem iluminada do amor em Cristo.
Após sua morte, o marido lê as anotações pessoais de Joana que antecediam os retiros espirituais, e descobre sua conexão indissolúvel com o amor, o sacrifício e a fé inabalável.
Ao proclamar santa Joana Baretta Molla, em 2004, o papa João Paulo II quis exaltar, juntamente com seu heroísmo final, a sua existência inteira, os ensinamentos de toda uma vida no seguimento de Jesus, exemplo para os casais modernos.
Joana Emanuela, a filha nascida do seu sacrifício, em pronunciamento nessa ocasião, disse: "Sinto em mim a força e a coragem de viver, sinto que a vida me sorri". Ela ainda disse que rende homenagem à mãe "dedicando a minha vida à cura e assistência aos anciãos".

Santo Agapito I

O bispo eleito para suceder o pontífice João II, na cidade de Roma, foi Agapito I, que se consagrou no dia 13 de maio de 535. O seu pontificado durou apenas onze meses e dezoito dias.
Nesse tão curto período do seu governo, o papa Agapito I elevou as finanças da Igreja; tomou decisões doutrinais importantes para a correta compreensão dos fundamentos do cristianismo e lutou com energia pela defesa da fé e dos bons costumes. Ele mandou queimar as bulas de Bonifácio II, condenatórias das doutrinas de Dióscoro, e negou aos hereges re-convertidos que conservassem seus cargos e benefícios, como pretendia o imperador Justiniano. Enfim, foi um papa zeloso e defensor da tradição católica.
Também proibiu que os bispos das Gálias, atuais França e Espanha, vendessem os bens de suas igrejas, até mesmo em caso de extrema necessidade. Excomungou Antimo, o patriarca de Constantinopla, que havia alcançado o patriarcado graças às intrigas da imperatriz Teodora, e nomeou em seu lugar Mena, um bispo católico, homem de fé e saber. Como revelou o próprio papa Agapito I, numa carta a Pedro, bispo de Jerusalém; era a primeira vez, desde os tempos apostólicos, que uma Igreja Oriental recebia como patriarca um bispo consagrado pelo papa.
Fundou, em Roma, uma academia de Belas Letras e várias escolas para adultos e crianças pobres, e distinguiu-se por sua inesgotável caridade.
Por fim, o papa Agapito I viajou para Constantinopla, capital do Império Romano do Oriente, na qualidade de embaixador do rei, na esperança, logo tornada desilusão, de fazer cessar a desastrosa guerra greco-gótica da Itália, estourada em 535. Porém quase foi condenado ao exílio pelo imperador Justiniano, decidindo voltar para Roma. Ocorreu, entretanto, que o papa Agapito I foi acometido por uma grave enfermidade, morrendo logo em seguida, no dia 22 de abril de 536. Seu funeral foi tal como nunca se vira em Constantinopla, tanto para um bispo quanto para um imperador. O corpo de santo Agapito I, papa e confessor, foi transladado para o Vaticano e enterrado no dia 17 de setembro do mesmo ano, no pátio da catedral de São Pedro, em Roma.
A santidade do papa Agapito I sempre foi muito lembrada pelos escritos de são Gregório Magno. Ele que é reverenciado pela Igreja no dia 28 de abril, como consta do Martirológio Romano.
 
São Pedro Chanel, São Luís Maria Grignion de Montfort, Santa Joana (Gianna) Baretta Molla e Santo Agapito I, rogai por nós!!!

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Reflexão: Não estranhe. Você precisa ser diferente

Você que tem caminhado numa vida no Espírito, que tem lido, meditado e lutado por viver a Palavra de Deus, tem falas, atitudes e comportamento diferentes das outras pessoas.

Imediatamente elas começarão a achar que você não é deste mundo. Irão achá-lo estranho. Isso vai acontecer entre parentes e amigos. Quem sabe entre marido e mulher: um está seguindo o Senhor de perto e com perseverança; o outro, não. Aquele que não segue o Senhor logo nota: seu cônjuge está diferente, estranho. Essa é uma feliz realidade! Realmente você mudou, já não é mais a mesma pessoa. Você se tornou diferente. Isso é uma confirmação da Palavra do Senhor: “Se alguém está em Cristo é uma nova criatura. O mundo antigo passou, eis que aí está uma realidade nova” (II Cor 5,17).

Infelizmente, muitos irmãos vão caminhando bem, mas quando chegam nesse ponto, quando começam a ser considerados “diferentes”, voltam atrás, porque não querem ser “diferentes” nem parecer estranhos. Os próprios parentes e amigos, às vezes, até marido ou mulher, filhos ou pais, todos acham que você está estranho, diferente...e dizem que não pode ser assim fanático. Afinal de contas, você tem de ser uma pessoa normal, igual a todo o mundo!...

Muitas vezes, você está caminhando bem, como o Senhor quer que caminhe, orientado pela vontade d'Ele e, justamente para não ser diferente, acaba retrocedendo. É uma pena! O sal deixou de ser sal; a luz deixou de ser luz.

Não estranhe, você precisa ser diferente! Não porque você quer, mas porque o cristão é realmente diferente. O sal é diferente do restante dos alimentos. A luz é diferente da escuridão. “Se alguém está em Cristo é uma nova criatura. O mundo antigo passou, eis que aí está uma realidade nova.”

Quando alguém disser: “Olhe, você está tão diferente, tão estranho! Parece que não está neste mundo”... responda com convicção: “Realmente, eu não sou mais deste mundo”. Não é estranho dizer isso, pois o próprio Jesus o fez:
“Eu não te peço que os tires do mundo, mas que os guardes do maligno. Eles não são do mundo, como eu não sou do mundo. Consagra-os pela verdade: a tua palavra é verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, eu os envio ao mundo. E, por eles, eu me consagro a mim mesmo, a fim de que também eles sejam consagrados pela verdade” (Jo 17,15-19).

Jesus afirma claramente: “Eles não são do mundo, como eu não sou do mundo”. Já no versículo, Cristo afirma: “Eu lhes dei a tua palavra, e o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como eu não sou do mundo. Eu não te peço que tires do mundo [...]” (Jo 17,14).

Por quê?...Porque o mundo precisa deles. O mundo precisa de cristãos. “Eu não te peço que tires do mundo, mas que guardes do maligno.”

Jesus Cristo volta a afirmar no versículo 16: “Eles não são do mundo, como eu não sou do mundo”. É exatamente isso! Talvez no passado você fosse “massa” como todo o mundo, mas o Senhor agora o fez sal. Sal para a massa. O sal é sal e não pode deixar de ser sal. Já imaginou o seguinte: “A massa disse assim para o sal: 'Você está tão diferente, tão estranho, tão salgado. Não! Você precisa ser como todo o mundo!'?...” Já pensou se o sal, então, por causa disso, deixasse de ser sal, perdesse sua força e fosse como todos os outros? Já imaginou?! Seria um mal para o sal e para a massa. A massa precisa ser salgada.

Isso acontece com os cristãos, infelizmente. Os outros lhe dizem que você está diferente, estranho...e você volta atrás. Quem sai perdendo é você e também o mundo.

Cristo usa outra imagem: “Vós sois a luz do mundo!” (Mt 5,14). Claro que a luz é diferente das trevas. Não há nenhuma comunhão entre elas, luz é diferente das trevas. Não há nenhuma comunhão entre a luz e a escuridão: mas a escuridão precisa da luz. Logo, é preciso que a luz seja diferente da escuridão: a luz não pode retroceder. Ela não pode se apagar para ser igual à escuridão. Ao contrário, ela precisa ser luz para acabar com a escuridão.

Você foi tirado do mundo, feito diferente em Jesus e por Jesus: “Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura”. Antes você era escuridão: estava nas trevas. Mas o Senhor o arrancou das trevas e o transladou para Seu Reino. Agora, em Cristo, você é luz como Ele. Assim como a luz é feita para as trevas, você foi feito para o mundo. Não para ser simplesmente luz, mas luz para os outros: para aqueles que não conhecem o Senhor, para aqueles que ainda estão nas trevas.

Se existem pessoas a seu lado, em sua família, em seu meio que não conhecem o Senhor ou que não O seguem de perto, e, justamente por isso, sentem-se incomodadas, não ligue. Se reclamam de você, de seu linguajar, de suas atitudes, de seu proceder, porque você é estranho, não se importe! É um sinal a mais de que eles estão precisando da luz e do sal de Jesus.

É preciso que os cristãos tenham coragem de ir aos escombros deste mundo, arrancar os filhos do reino e trazê-los de volta ao único Rei e Senhor: Jesus. O Senhor conta com você! Por isso você precisa ter esta convicção: não sou deste mundo! Estou neste mundo para servir a meu Senhor, mas não sou deste mundo.

Tenha certeza de que não é sendo igual a todo o mundo que você vai salvar aqueles que precisam, mas justamente sendo diferente. Você não precisa ser artificial. O próprio Senhor lhe dará nova linguagem, novas atitudes, novo comportamento, nova mentalidade: uma vida nova. Por quê? Porque “Se alguém está em Cristo é uma nova criatura. O mundo antigo passou, eis que aí está uma realidade nova” (II Cor 5,17).

(Trecho retirado do livro “Pão da Palavra – volume 1” de monsenhor Jonas Abib)

Celebramos com muita alegria a vida de santidade de um dos quatro Evangelistas: São Marcos. Era judeu de origem e de uma família tão cristã que sempre acolheu aos primeiros cristãos em sua casa: "Ele se orientou e dirigiu-se para a casa de Maria, mãe de João, chamado Marcos; estava lá uma numerosíssima assembléia a orar" (Atos 12,12).

A tradição nos leva a crer que na casa de São Marcos teria acontecido a Santa Ceia celebrada por Jesus, assim como dia de Pentecostes, onde "inaugurou" a Igreja Católica. Encontramos na Bíblia que o santo de hoje acompanhou inicialmente São Barnabé e São Paulo em viagens apostólicas, e depois São Pedro em Roma.

São Marcos na Igreja primitiva fez um lindo trabalho missionário, que não teve fim diante da prisão e morte dos amigos São Pedro e São Paulo. Por isso, evangelizou no poder do Espírito Alexandria, Egito e Chipre, lugar onde fundou comunidades. Ficou conhecido principalmente por ter sido agraciado com o carisma da inspiração e vivência comunitária, que deram origem ao Evangelho querigmático de Jesus Cristo segundo Marcos.


São Marcos, rogai por nós!!

segunda-feira, 23 de abril de 2012

REFLEXÃO: Por quê está "seco" o teu coração?


Diante do Evangelho de hoje, o próprio Senhor está perguntando a cada um de nós: o que é que secou a sua alma, o que endureceu o seu coração? Muito mais do que nossa mão ou coração, que a nossa alma não se seque.

O que o Senhor está fazendo é chamar você para o meio, isto é, Ele quer que você coloque tudo às claras diante d'Ele, pois, diante de certas situações, trancamo-nos dentro de nós mesmos e não admitimos nossos problemas diante de Deus.

Hoje, o Senhor está procurando por você e lhe pedindo para ter coragem porque Ele quer curá-lo. Muitas coisas podem secar a nossa alma, é o que acontece, com muita freqüência, como nossas mágoas. Você sente quando alguém o magoa, mas ao invés de perdoá-lo, você guarda isso junto com coisas antigas da sua infância, coisas que aconteceram com seu pai e sua mãe. Isso ainda está dentro de você endurecendo a sua alma. O Senhor quer que você se abra diante d'Ele e se deixe curar. Ele está conduzindo-o a agir dessa maneira porque já está curando você.

Como não conseguimos recordar tudo neste momento, pergunte-se durante o dia o que está empedrando o seu coração. Todos nós somos vítimas de situações dolorosas porque nos decepcionamos com nosso pai, nossa mãe ou irmão, com pessoas próximas que passaram por nossas vidas.

A decepção é tóxica. Ela queima o nosso interior, e os prejudicados somos nós; mas Deus quer que você ponha isso para fora. Quantos se decepcionaram com pessoas da Igreja, como coordenadores, animadores, pessoas que erraram com elas, de forma que houve brigas e desavenças no grupo de oração. Decepção com padre, com religioso e religiosa. O pior é que transferimos isso para a Igreja e nos decepcionamos com ela também; pior ainda: passamos isso para Deus e acabamos não rezando mais.

Nós precisamos de Deus. Se você acabou se decepcionado com Ele, Deus não se decepcionou com você. Muitas vezes, decepcionamo-nos com o Senhor diretamente, então, na nossa revolta, não O perdoamos. Que coisa terrível uma pessoa que não perdoa Deus!

É uma idéia totalmente errada pensar que o Senhor nos trata como se fôssemos marionetes nas mãos d'Ele e que é Ele quem nos manda uma doença. Não, é o contrário, pois se alguém contrai uma doença, mais do que nunca, Deus está com essa pessoa, põe-se ao lado dela. Mas a tentação nos leva a nos decepcionarmos com o Senhor e a nos mantermos longe d'Ele.

O Senhor está nos dizendo que se nós nos revoltamos contra Ele, Ele não se revoltou contra nós. Ele está nos chamando para o meio, porque nos amou sempre. Ele é o Pai de coração largo e está nos pedindo para irmos ao meio e recebermos o perdão e o abraço d’Ele. O Senhor quer curar você. Deixe que Ele o cure.

Muitas vezes, o sofrimento e a dor acabam secando nossa alma e nós, infelizmente, permanecemos de coração empedrado com relação a Deus e temos a sensação de que Ele está longe de nós. Mas Ele está muito mais presente do que a dor, porque além das dores da alma e do coração, Deus está mais próximo de nós do que a dor que está atingindo o nosso corpo.

Na cruz, nós temos ocasião de nos achegar a Deus. Se o filho está sofrendo, Deus vem correndo e se põe próximo para socorrê-lo. O sofrimento faz parte da nossa condição humana, por isso temos de tirar da cabeça que é o Senhor quem nos dá o sofrimento.

"Cura-me, Senhor, eu preciso ser curado da minha mentalidade. Eu O olhava quase como um inimigo, mas o Senhor é o verdadeiro amigo, aquele que me ama e não manda o sofrimento para mim. Mas quando este vem, o Senhor chega antes para ser a minha fortaleza."

Para que ficar contra o seu cônjuge? Por que ele ou ela abandonou a família? Sei que isso é uma dor grande, mas Deus não quer vê-lo prostrado . Você não pode fazer como a criança que se joga no chão e esperneia. Deus não quis isso para o seu casamento, foi a pessoa quem quis. Se ela não se decide a refazer o casamento e reestruturar a família, Deus acaba sendo impotente diante da liberdade dela.

"Senhor, tantas situações acontecem e empedram o coração desses seus filhos e filhas, mas, hoje, nós nos rendemos ao Senhor porque é a nossa salvação. Durante todo esse dia eu vou voltar a me perguntar: o que é que está secando o meu coração? E quando me vier à lembrança, vou entregá-la ao Senhor porque eu não posso continuar assim".

Meu irmão, minha irmã, deixem-se curar por aquilo que está empedrando o seu coração.

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Transcrição da homilia do Mons. Jonas Abib

23 de Abril de 2012 - Evangelho Segundo São João 6,22-29

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
Depois que Jesus saciara os cinco mil homens, seus discípulos o viram andando sobre o mar. 22No dia seguinte, a multidão que tinha ficado do outro lado do mar constatou que havia só uma barca e que Jesus não tinha subido para ela com os discípulos, mas que eles tinham partido sozinhos.
23Entretanto, tinham chegado outras barcas de Tiberíades, perto do lugar onde tinham comido o pão depois de o Senhor ter dado graças. 24Quando a multidão viu que Jesus não estava ali, nem os seus discípulos, subiram às barcas e foram à procura de Jesus, em Cafarnaum.
25Quando o encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe: “Rabi, quando chegaste aqui?” 26Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade, eu vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos. 27Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do homem vos dará. Pois este é quem o Pai marcou com seu selo”. 28Então perguntaram: “Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?” 29Jesus respondeu: “A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou”. - Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Santos do dia: São Jorge, Santo Adalberto e Beata Teresa Maria da Cruz

São Jorge
A existência do popularíssimo são Jorge, por vezes, foi colocada em dúvida. Talvez porque sua história sempre tenha sido mistura entre as tradições cristãs e lendas, difundidas pelos próprios fiéis espalhados entre os quatro cantos do planeta.
Contudo encontramos na Palestina os registros oficiais de seu testemunho de fé. O seu túmulo está situado na cidade de Lida, próxima de Tel Aviv, Israel, onde foi decapitado no século IV, e é local de peregrinação desde essa época, não sendo interrompida nem mesmo durante o período das cruzadas. Ele foi escolhido como o padroeiro de Gênova, de várias cidades da Espanha, Portugal, Lituânia e Inglaterra e um sem número de localidades no mundo todo. Até hoje, possui muitos devotos fervorosos em todos os países católicos, inclusive no Brasil.
A sua imagem de jovem guerreiro, montado no cavalo branco e enfrentando um terrível dragão, obviamente reporta às várias lendas que narram esse feito extraordinário. A maioria delas diz que uma pequena cidade era atacada periodicamente pelo animal, que habitava um lago próximo e fazia dezenas de vítimas com seu hálito de fogo. Para que a população inteira não fosse destruída pelo dragão, a cidade lhe oferecia vítimas jovens, sorteadas a cada ataque.
Certo dia, chegou a vez da filha do rei, que foi levada pelo soberano em prantos à margem do lago. De repente, apareceu o jovem guerreiro e matou o dragão, salvando a princesa. Ou melhor, não o matou, mas o transformou em dócil cordeirinho, que foi levado pela jovem numa corrente para dentro da cidade. Ali, o valoroso herói informou que vinha da Capadócia, chamava-se Jorge e acabara com o mal em nome de Jesus Cristo, levando a comunidade inteira à conversão.
De fato, o que se sabe é que o soldado Jorge foi denunciado como cristão, preso, julgado e condenado à morte. Entretanto o momento do martírio também é cercado de muitas tradições. Conta a voz popular que ele foi cruelmente torturado, mas não sentiu dor. Foi então enterrado vivo, mas nada sofreu. Ainda teve de caminhar descalço sobre brasas, depois jogado e arrastado sobre elas, e mesmo assim nenhuma lesão danificou seu corpo, sendo então decapitado pelos assustados torturadores. Jorge teria levado centenas de pessoas à conversão pela resistência ao sofrimento e à morte. Até mesmo a mulher do então imperador romano.
São Jorge virou um símbolo de força e fé no enfrentamento do mal através dos tempos e principalmente nos dias atuais, onde a violência impera em todas as situações de nossas vidas. Seu rito litúrgico é oficializado pela Igreja católica e nunca esteve suspenso, como erroneamente chegou a ser divulgado nos anos 1960, quando sua celebração passou a ser facultativa. A festa acontece no dia 23 de abril, tanto no Ocidente como no Oriente

Santo Adalberto

Adalberto nasceu em 956, na Boêmia, atual República Checa, e era descendente da nobre família dos príncipes de Slavnik. Seu nome de batismo era Woytiech, isto é, "socorro do exército". Ainda bebê, adoeceu gravemente, gerando uma promessa por parte dos pais: teria sua vida consagrada a Deus. Como recuperou a saúde, eles encaminharam seus estudos de forma que, mais tarde, se tornasse sacerdote. Foi educado pelo arcebispo Adalberto, da cidade de Magdeburgo, do qual tomou o nome, em 983, durante sua ordenação.
Nesse mesmo ano, acompanhou a agonia do bispo de Praga, Diethmar I, que morreu pouco tempo depois. Seus contemporâneos o elegeram seu sucessor e, em sinal de humildade e de penitência, entrou na cidade descalço. Assim que tomou posse, procurou reestruturar a diocese. Adalberto dedicou-se totalmente à proteção dos pobres e doentes.
Diz a tradição que ele, todos os dias, tinha à mesa, nas refeições, a companhia de doze mendigos, em homenagem aos santos apóstolos . Conta-se que, certa vez, uma mendiga pediu-lhe esmola e, como não tinha, ele lhe deu o próprio manto. Apesar desse exemplo vivo, seu rebanho insistia em viver totalmente fora dos padrões cristãos.
Desiludido, depois de seis anos ele resolveu abandonar a diocese, pedindo ao papa João XV que o afastasse do cargo. Entrou no mosteiro de São Bonifácio, onde passou cinco anos, para de novo voltar a Praga e retomar, a pedido do papa, a direção da diocese. Contudo, novamente o povo o repudiou por causa da disciplina cristã correta que queria instaurar. Novamente decepcionado, retomou, angustiado, a vida de monge.
Em obediência ao papa Gregório V, Adalberto assumiu pela terceira vez a diocese de Praga. Seu regresso foi tempestuoso. Os fiéis se revoltaram e impediram que entrasse na cidade. Seus parentes sofreram atentados, os bens foram confiscados, os castelos incendiados.
Ele, então, se refugiou na Polônia, onde, a pedido de seu amigo, duque Boleslao, seguiu com alguns sacerdotes em missão evangelizadora na Prússia, que ainda era pagã. Adalberto fixou-se na cidade de Danzig e converteu praticamente toda a população. Porém os sacerdotes pagãos, vendo acabar seu poder e influência, arquitetaram e executaram o assassinato de Adalberto e de todos os religiosos que o acompanhavam.
Ele foi morto com sete golpes de lança e depois decapitado, na cidade de Tenkiten, no dia 23 de abril de 997. Os inimigos entregaram seu corpo ao duque Boleslao mediante pagamento em ouro. Adalberto foi enterrado no convento de Gniezno. Logo o seu túmulo se tornou meta de peregrinação, com inúmeras graças acontecendo por sua intercessão. No ano 999, o papa Silvestre II canonizou o primeiro bispo eslavo de Praga, Adalberto.
Em 1039, suas relíquias foram trasladadas definitivamente para a catedral de Praga, para onde o primeiro pontífice eslavo da história cristã, Carol Wojtyla, ou papa João Paulo II, seguiu em peregrinação para as comemorações do milênio da festa de santo Adalberto.


Beata Teresa Maria da Cruz
Beata Teresa Maria da Cruz, fundadora da Ordem das Irmãs Carmelitas de Santa Teresa, foi conhecida pelo apelido carinhoso de Bettina, dado por seu pai. Nasceu em Florença, a 02 de março de 1846.
Era uma jovem alegre, vivaz, com caráter generoso, gostava de ser admirada e chamar atenção com seus belos olhos azuis e cabelos castanhos encaracolados. Gostava de inventar moda e suas companheiras a acompanhavam, aos 19 anos compreendeu que Jesus a queria para si.
A partir daí, Bettina , deu início a sua transformação. Desapegada de suas vaidades , das ilusões do mundo, decide mudar de vida. Foi muito criticada pelas pessoas, mas isso não a perturbava, o que ela queria era ser toda de Jesus.Passou a dedicar-se aos mais necessitados.
Ela pensou que quando vivia no mundo era só inventar um moda para que as outras moças a imitassem, então, se todas a acompanhavam no mal, também a acompanharão no bem. E de fato, foi isso o que aconteceu. Formou-se um grupo de jovens entregues à oração e às obras de caridade.
Ela não tinha dúvida que Deus a queria para si, mas a dúvida ficou sobre a espiritualidade, pois amava tanto a espiritualidade Franciscana quanto a Teresiana. Como era costume seu, rezou e fez uma novena ao Espírito Santo. E no final venceu Teresa.
Em 15 de julho de 1874 retirou-se com duas amigas numa casinha situada à beira de um rio de Bisêncio, onde começou um vida de oração, penitência e caridade. Neste dia foi a fundação do Instituto e continuaram esta forma de vida por três anos. Até que um dia, surgiu a dúvida se era essa a vontade de Deus.
Em 1877, a resposta veio através de uma mãe, doente, que diz a Bettina que morreria feliz se ela cuidasse de suas crianças e Bettina viu esse pedido como sinal de Deus. E foi a partir desse momento que as mãos postas em oração se abriram para o serviço.
Outra data significativa foi 12 de julho de 1888, quando Bettina e suas outras companheiras tiveram a alegria de vestir o hábito carmelita.
São Jorge, Santo Adalberto e Beata Teresa Maria da Cruz, rogai por nós!!!

domingo, 22 de abril de 2012

REFLEXÃO: Quando nos arrependemo,s a vitória é certa

Nós, "ovelhas" de Jesus, vivemos nos sujando pela vida; são as situações, os ambientes que nos sujam. Nós nos emporcalhamos nas coisas da vida, mas não podemos chegar a Deus assim. Precisamos passar pela porta da Misericórdia, mas, antes de passar por ela, é preciso que sejamos lavados em Jesus.

É preciso que nos arrependamos, e arrepender-se é perceber que não se pode fazer certas coisas, porque somos de Deus. É preciso perceber que estamos andando por caminhos errados, e uma vez que reconhecemos isso, nos comprometemos em viver na vontade de Deus.

O arrependimento é necessário. Deus é misericórdia, é perdão. Estamos diante do "oceano da misericórdia" de Deus e somos livres para mergulhar nesse oceano. Peça ao Senhor a graça do arrependimento.


Infelizmente, nós temos grande dificuldade de nos arrepender, porque nos julgamos ser os certos. Além de sermos muito orgulhosos, autossuficientes, achamos que podemos fazer tudo, mas estamos pagando caro por nossas escolhas. Então, muitas vezes, entram os problemas e, quando estes chegam, recorremos a Deus. Somos impulsionados para Deus, mas precisamos dar um basta nisso, e este basta quem pode dar é você!

Por causa do pecado original, somos maus e temos toda a tentação do inimigo de Deus. Somos invejosos, ciumentos, maldosos, impuros, e muitas vezes, a nossa sexualidade é vivida de modo totalmente errado. Temos uma tendência à impureza, e 'o inimigo está como um leão que ruge à procura de quem devorar', como nos ensina a Palavra de Deus. E se dermos brecha, o inimigo entra.

Precisamos nos arrepender sempre. Assim como nosso organismo transforma o sangue venoso – com impurezas próprias do nosso organismo – em sangue arterial, assim também precisamos transformar nossas atitudes maldosas em bondade. O sangue é purificado milhares de vezes; assim, é preciso arrepender-se milhares de vezes! O inimigo vai dizer que você é 'sem-vergonha', porque peca, se arrepende e volta a pecar. Não caia nesta. Arrependa-se e mergulhe na Misericórdia Divina. A tentação não quer que nos arrependamos, mas quando estamos arrependidos nos lançamos "no mar da misericórdia" do Senhor.

“Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se reconhecemos os nossos pecados, (Deus aí está) fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda iniquidade. Se pensamos não ter pecado, nós o declaramos mentiroso e a sua palavra não está em nós” (I João 1, 8-10).

Deus está em nós se reconhecemos nossos pecados, Ele está no arrependimento. O Senhor aí está fiel e justo para nos perdoar.

Devemos nos confessar sempre. Se reconhercemos o nossos pecados e nos arrependermos, Deus aí estará e nos perdoará para vivermos o 'PHN' (Por hoje não vou pecar), por isso, precisamos viver o arrependimento e a confissão. Deus nos dá grandes graças com esta atitude.

Domingo, 22 de Abril de 2012 - 3º Domingo da Páscoa - Evangelho Segundo São Lucas 24,35-48

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 35os dois discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão.
36Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: “A paz esteja convosco!”
37Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma.
38Mas Jesus disse: “Por que estais preocupados, e por que tendes dúvidas no coração? 39Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho”.
40E, dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés.
41Mas eles ainda não podiam acreditar, porque estavam muito alegres e surpresos. Então Jesus disse: “Tendes aqui alguma coisa para comer?” 42Deram-lhe um pedaço de peixe assado. 43Ele o tomou e comeu diante deles.
44Depois disse-lhes: “São estas as coisas que vos falei quando ainda estava convosco: era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos”.
45Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras, 46e lhes disse: “Assim está escrito: ‘O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia, 47e no seu nome serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém’. 48Vós sereis testemunhas de tudo isso”. 

Santo do dia: Santa Maria Egipcíaca


Nasceu no Egito no século V, e com apenas 12 anos tomou a decisão de sair de casa, em busca dos prazeres da vida. Providencialmente, conheceu um grupo de cristãos peregrinos que ia para o Santo Sepulcro, e os acompanhou, apenas movida pelo interesse no passeio.

Por três vezes quis entrar na Igreja, mas não conseguiu. E uma voz interior lhe fez perceber o quanto ela era escrava do pecado. Ela recorreu a Virgem Maria, representada numa imagem que ali estava, e em oração se comprometeu a um caminho de conversão. Ingressou na Igreja e saiu de seu sepulcro.

Com a graça do Senhor ela pôde se arrepender e se propor a um caminho de purificação.

Ela foi levada ao deserto de Judá, onde ficou por quarenta anos, e nas tentações recorria sempre a Virgem Maria. Perto de seu falecimento, padre Zózimo foi passar seus últimos dias também nesse deserto e a conheceu, levou-lhe a comunhão e ela faleceu numa sexta-feira. O padre ao encontrar seu corpo, enterrou-a como a santa havia pedido em um recado.


Santa Maria Egipcíaca, rogai por nós!!!

segunda-feira, 16 de abril de 2012

REFLEXÃO: Como rezar melhor

Nós precisamos rezar mais e melhor. Em Medjugorje, os jovens videntes perguntaram a Nossa Senhora como fariam para “rezar melhor”, uma vez que Ela recomendava sempre a eles que “rezassem com o coração”, que “rezassem melhor”. Nossa Senhora respondeu como Mãe: “Rezem mais”.

Porque é assim: se você começa a caminhar – e muita gente faz caminhada de manhã cedo, à tarde, alguns fazem até à noite depois que voltam do serviço porque não têm outra hora –, quanto mais você caminha, mais vai ficando bom na caminhada. Quanto menos você caminha, mais mole fica. Seus músculos vão ficando mais flácidos. Você se cansa mais facilmente. Fica sem fôlego. Da mesma forma, quanto mais você corre, melhor fica na corrida. Quanto mais você nada, melhor fica na natação. Quanto mais você reza, melhor fica na oração. Para rezar melhor é preciso rezar mais.

A Santíssima Virgem deu, dessa forma, uma receita excelente para todos nós. Além das orações que fazemos, é preciso rezar o rosário todos os dias.

Nossa Senhora está recomendando que rezemos não somente o terço, mas o rosário inteiro. Meditando os mistérios gozosos, luminosos, dolorosos e gloriosos. Posso testemunhar para você: Antigamente rezar um terço já me era enfadonho, cansativo, demorado. Hoje, graças a Deus, rezar um terço e até o rosário tornou-se fácil. Eu sei que há dias em que chega a noite e ainda não consegui rezá-lo. Então, me obrigo a rezar o que falta ou até o rosário inteirinho à noite. Algumas vezes, torna-se pesado por causa disso, mas eu enfrento, graças a Deus! Por quê? Assim como você, caminhando todos os dias, fica bom em caminhada, e percorrer aqueles quilômetros torna-se fácil, o rosário é a forma de adquirirmos fôlego.

Se você quer ser atleta, precisa de fôlego. Hoje, no mundo em que estamos, enfrentando esta poluição espiritual, precisamos ser atletas para vencer. Os moles vão cair. Os frouxos vão perecer. Só os “atletas” irão superar!

É preciso que todos nós sejamos atletas de Cristo. O atleta de Cristo é treinado pela oração. É rezando, rezando e rezando, que criamos fôlego e nos tornamos os atletas de Cristo. A vitória é para os atletas. Os moles não vão conseguir nada.

Você que é “recata” e que precisa da presença de Nossa Senhora para “recatar” os seus, garanta-a [recata] por meio da oração. Para você ter fôlego na oração reze o rosário todos os dias. Essa é a segunda pedrinha: o rosário todos os dias! Se você não conseguir logo de início, não se preocupe! Comece com o terço. Reze o terço! Em pouco tempo estará rezando dois terços... E depois o rosário. Será bonito você andar com passos decididos e é isso o que Deus quer. Por amor de Deus, por amor de você e por amor dos seus, reze o rosário todos os dias!

Trecho extraído do livro “Maria, a mulher de Gênesis ao Apocalipse” de monsenhor Jonas Abib)

Segunda-Feira, 16 de Abril de 2012 - 2ª Semana da Páscoa - Evangelho Segundo São João 3,1-8

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

1Havia um chefe judaico, membro do grupo dos fariseus, chamado Nicodemos, 2que foi ter com Jesus, de noite, e lhe disse: “Rabi, sabemos que vieste como mestre da parte de Deus. De fato, ninguém pode realizar os sinais que tu fazes, a não ser que Deus esteja com ele”.
3Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade, te digo, se alguém não nasce do alto, não pode ver o Reino de Deus”. 4Nicodemos disse: “Como é que alguém pode nascer, se já é velho? Poderá entrar outra vez no ventre de sua mãe?”
5Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade, te digo, se alguém não nasce da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus. 6Quem nasce da carne é carne; quem nasce do Espírito é espírito 7Não te admires por eu haver dito: Vós deveis nascer do alto. 8O vento sopra onde quer e tu podes ouvir o seu ruído, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece a todo aquele que nasceu do Espírito”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Santos do dia: Santa Bernadete Soubirous e São Bento José Labre

Santa Bernadete Soubirous

Bernarda, era o nome a filha de Francisco Soubirous e Luisa Casterot, nascida em 7 de janeiro de 1844, em Lourdes, uma região montanhosa da França, os famosos Pirineus. Mas era chamada pela forma carinhosa do nome no diminutivo: Bernadete. A família de camponeses era numerosa, religiosa e muito pobre. Desde a infância, a pequena tinha problemas de saúde em conseqüência da asma. Era analfabeta, mas tinha aprendido a rezar o terço, o que fazia diariamente enquanto cuidava dos afazeres da casa.
Numa tarde úmida e fria, Bernadete foi, junto com a irmãzinha e algumas companheiras, procurar gravetos. Tinham de atravessar um riacho, mas ela se atrasou porque ficou com receio de molhar os pés, quando ouviu um barulho nos arbustos, ergueu os olhos e viu uma luz, dentro da gruta natural na encosta da montanha. Olhando melhor, viu Nossa Senhora vestida de branco, faixa azul na cintura, terço entre as mãos, que a chamou para rezar. Era o dia 11 de fevereiro de 1858.
Quando chegaram em casa, a sua irmãzinha contou o ocorrido para os pais, que a proibiram de sair de casa. Bernadete chorou muito e adoeceu, então os pais deixaram que ela voltasse para lá. A aparição se repetiu, sete dias depois, quando Nossa Senhora lhe disse: "Não te prometo a felicidade neste mundo, mas no outro". Voltou mais dezoito vezes, até 16 de julho, na gruta de Massabielle, nos montes Pirineus.
O pároco da diocese, no início, mostrou-se incrédulo quanto às aparições, por isso disse a Bernadete: "Peça a essa senhora que diga o seu nome". A resposta foi: "Eu sou a Imaculada Conceição". O que mais se admirou em Bernadete foi a sua modéstia, autenticidade e simplicidade. Compreendeu que tinha sido escolhida como instrumento para a mensagem que a Virgem queria transmitir ao mundo, que era a conversão, a necessidade de rezar o terço e o seu próprio nome: "Imaculada Conceição".
Bernadete sofreu muitas e pesadas provações para ser acreditada em suas visões, que só os numerosos milagres confirmaram como obra divina. Enquanto o Santuário de Nossa Senhora de Lourdes se tornava um dos lugares mais visitados pelos peregrinos do mundo e a água da fonte era considerada milagrosa pelos devotos, Bernadete se recolhia na sombra.
Ingressou na Congregação das Irmãs de Caridade de Nevers, sendo admitida no noviciado seis anos depois por motivo de saúde. Ao tomar o hábito definitivo, recebeu o nome de Maria Bernarda. Mas nunca recebeu um privilégio das irmãs, parecia que essa frieza fazia parte de sua provação. Sempre bem-humorada, trabalhou como enfermeira no interior do convento, depois foi sacristã. Contudo sua doença se agravou e ela viveu nove anos numa cama, entre a vida e a morte.
Rezava não para livrar-se do sofrimento, mas para ter paciência e forças para tudo suportar, pois queria purificar-se para poder rever Nossa Senhora. Bernadete morreu em 16 de abril de 1879. O papa Pio XI canonizou-a em 8 de dezembro de 1933, dia da Imaculada Conceição, designando sua festa para o dia de sua morte.

São Bento José Labre

"O cigano de Cristo", este também é seu apelido, que demonstra claramente o que foram os trinta e cinco anos de vida de Bento José Labre, treze deles caminhando e evangelizando pelas famosas e seculares estradas de Roma. Aliás, o antigo ditado popular que diz que "todos os caminhos levam a Roma" continua sendo assim para todos os cristãos. Entretanto, principalmente no século XVII, em qualquer um deles era possível cruzar com o peregrino Bento José e nele encontrar o caminho que levava a Deus.
Ele era francês, nasceu em Amettes, próximo a Arras, no dia 27 de março de 1748, o mais velho dos quinze filhos de um casal de agricultores pobres. Freqüentou a modesta escola local, mas aprendeu latim com um tio materno. Ainda muito jovem, quis tornar-se monge trapista, mas não conseguiu o consentimento dos pais.
Com dezoito anos, pediu ingresso no convento trapista de Santa Algegonda, mas os monges não aprovaram sua entrada. Percorreu a pé, então, centenas de quilômetros até a Normandia, debaixo de um inverno extremamente rigoroso, onde pediu admissão no Convento Cisterciense de Montagne. Também foi recusado ali, tentando, ainda, a entrada nos Cartuchos de Neuville e Sept-Fons, com o mesmo resultado. Foi então que, com vinte e dois anos, tomou a decisão mais séria da sua vida: seu mosteiro, já que não encontrava guarida em nenhum outro, seriam as estradas de Roma.
No embornal de peregrino carregava apenas o Novo Testamento e um breviário, além de um terço nas mãos. Durante a noite, dormia nas ruínas do Coliseu e, de dia, percorria as estradas peregrinando nos lugares sagrados e evangelizando sem pedir esmolas. Quando recebia a caridade alheia, mesmo sem pedir, ainda dividia o que ganhava com os pobres. Isso lhe valeu, certa vez, algumas pancadas de um certo cidadão que encarou sua atitude como um insulto. Na maior parte dos dias, comia um pedaço de pão e ervas colhidas no caminho.
Os maus tratos do cotidiano, ou seja, a maneira insatisfatória de higiene a que se submetera durante muitos anos e as penitências que se auto-impusera, acabaram por causar o seu fim. Um dia, ainda muito jovem, seu corpo foi encontrado nos fundos da casa de um amigo arquiteto, perto da igreja de Santa Maria dos Montes. Houve uma grande aglomeração de populares que admiravam e até veneravam o singelo peregrino.
Bento José acabou sendo sepultado ali mesmo, próximo daquela igreja, local que logo passou a ser procurado pelos devotos e peregrinos. Imediatamente, tornou-se palco de muitas graças e prodígios, por intercessão daquele que em vida percorreu o caminho da santidade. O papa Leão XIII canonizou são Bento José Labre em 1881, determinando sua festa para o dia 16 de abril, data de sua morte no ano 1783.
 
 
 Santa Bernadete Soubirous e São Bento José Labre, rogai por nós!!!

domingo, 15 de abril de 2012

REFLEXÃO: Limpar e libertar

Leia Juízes capítulo 7

O pai de Gedeão era, nos termos de hoje, um tipo de "macumbeiro". Sua casa estava cheio de altares... Ele queimava incenso diante dos ídolos... E Deus manda que ele [Gedeão], em primeiro lugar, limpe a casa de seu pai de toda aquela idolatria e contaminação, acabe com aquele altar, com aqueles ídolos, jogue fora aquele incenso e limpe tudo.
Monsenhor Jonas Abib

O próprio Gedeão ficou receoso a respeito da reação de seu pai. Felizmente, o pai dele deu graças a Deus por seu filho ter tido coragem de limpar tudo. Mas quem se revoltou foi o povo de Israel. Vieram contra Gedeão e pediram a sua cabeça. Eles diziam: “Veja o que seu filho fez! Ele acabou com os nossos altares, com os ídolos, com o incenso, acabou com tudo... Para onde é que vamos quando quisermos tirar a sorte, saber o futuro, falar com os mortos? Ele acabou com tudo!”

Graças a Deus, o pai de Gedeão permaneceu firme. Foi preciso que, em primeiro lugar, seu filho [Gedeão] fizesse a "limpeza" em sua própria casa, para que então Deus fizesse a obra que queria realizar por meio dele.

Toda a vitória de Deus no "dia de Madiã" dependia desta revolução de Gedeão: limpar a casa de seu pai de toda idolatria e de toda contaminação. Só assim Deus poderia usar de Gedeão e libertar o povo de Israel naquele momento-chave.

Estamos agora novamente num momento-chave: Deus quer nos libertar do jugo como no "dia de Madiã". Para que isso aconteça, porém, é preciso que, como Gedeão, rompamos com tudo aquilo que é espiritismo e com todas as suas conseqüências.

Por isso lhe digo: Comece limpando a sua casa. Não guarde nada, por amor de Deus! Liberte-se de todos esses objetos espíritas; não pense que isso não tem nada de mau. Limpe: tire os livros, os objetos, as coisas que lhe deram e que você guarda como tradição. Se for preciso, limpe também a sua casa do seu pai, da sua mãe, como fez Gedeão.

Acabe com tudo: tire as imagens de Iemanjá (que, na verdade, são um disfarce: uma imitação de Nossa Senhora). Acabe com tudo! Mesmo que seja uma estátua preciosa, mesmo que seja um objeto de ouro, não conserve nada. Isso é maldição para você, maldição para sua casa e família. Isso é maldição que o impede de caminhar: você patina sem conseguir sair do lugar. Limpe sua casa, porque, do contrário, você vai ficar emaranhado nas teias dessa embromação.

O pai-de-santo pode ser muito "bom", seus auxiliares também; é um povo caridoso, humilde, não nego. Mas eles acabam realizando o que a Palavra de Deus nos diz: "Aqueles que conduziam esse povo desencaminharam-no, e os que eles conduziam perderam-se".

Os próprios pais e mães-de-santo e todos os que trabalham em centros e terreiros são vítimas: são instrumentalizados por Satanás.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova



(Trecho extraído do livro "Sim,sim! Não, não!")

15 de Abril de 2012 - Evangelho Segundo São João 20,19-31

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!
19Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”.
20Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor.
21Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. 22E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. 23A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos”.
24Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. 25Os outros discípulos contaram-lhe depois: “Vimos o Senhor!” Mas Tomé disse-lhes: “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”.
26Oiito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”.
27Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mais fiel”.
28Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!”
29Jesus lhe disse: “Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!”
30Jesus realizou muitos outros sinais diante dos discípulos, que não estão escritos neste livro. 31Mas estes foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e, para que, crendo, tenhais a vida em seu nome.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Santos do dia: Beato Cesar de Bus e São Crescente (Mártir)

Cesar de Bus (Beato) 

Cesar de Bus, que desejava seguir a carreira militar, estava quase embarcando para atender ao chamado de seu irmão, capitão a serviço do rei Carlos IX, da França, quando foi impedido por uma enfermidade que o atingiu de maneira fulminante. Foi essa ocasião que o aproximou do bispo de Cavaillon, cidadezinha da Provença, onde ele tinha nascido em 3 de fevereiro 1544.
Os jesuítas de Avignon, um humilde capelão e uma camponesa, que o assistiam durante a convalescença, com as suas palavras e os seus exemplos o reconduziram para a religião cristã, da qual ele havia se afastado. Não perdeu tempo: tão logo se curou, trocou de vida e se pôs a estudar para tornar-se sacerdote. Enquanto se preparava, começou a percorrer os sítios e fazendas ensinando o catecismo. Fundou, com o auxilio de um primo, Romillon, centros de instrução religiosa nos cantos mais escondidos e esquecidos, nos quais começou a experimentar novos métodos de ensino da doutrina às crianças do meio rural.
Cesar de Bus tornou-se sacerdote aos trinta e oito anos de idade e já reunia em torno de si muitos jovens, formando, com a ajuda dos bispos e dos sacerdotes da região, uma numerosa comunidade, que tomou o nome de Congregação dos Padres da Doutrina Cristã, ou Doutrinários, os quais, por não terem pronunciado os votos, viviam todos juntos. Foi neste ponto que surgiu a divergência entre os dois fundadores: Cesar de Bus queria que eles pronunciassem finalmente os votos e Romillon queria que se mantivessem apenas padres. Assim, esse último se transferiu para a casa de Aix-en-Provance, enquanto Cesar permaneceu na sede de Avignon.
Depois de um longo período de sofrimento causado por uma enfermidade, Cesar de Bus morreu no dia 15 de abril de 1607. Foi beatificado, em 1975, pelo papa Paulo VI, que autorizou sua celebração litúrgica para o dia do seu trânsito.
 

São Crescente (Mártir)
 
Nasceu em Mira, na Ásia Menor.
Crescente chorou muitas vezes quando percebia pessoas que se entregavam a religiões politeístas, de muitas divindades, longe daquele que é o único Senhor e salvador: Jesus.
Seu esforço era o de levar a sua experiência. Primeiro pela oração de intercessão constante pela conversão de todos.
Certa vez numa festa pagã aos deuses, ele se fez presente, e movido pelo Espírito Santo, começou a evangelizar. Inimigos da fé cristã o levaram a um juiz, que propôs que ele 'apenas' expressasse exteriormente o culto às divindades pagãs, para preservar sua vida.
Crescente desprezou a proposta, e foi martirizado por não negar Jesus.
 
Beato Cesar de Bus e São Crescente (Mártir), rogai por nós!!!

sábado, 14 de abril de 2012

O que o Senhor quer de nós?
 


Hoje, o Senhor está nos colocando em xeque, assim como colocou todo o povo de Israel que observava a lei, oferecendo sacrifícios a Deus e fazendo orações conforme eram prescritas, mas a vida deles não correspondia às suas orações. O Senhor, então, é muito direto ao lhes dizer: "Povo meu, o que Eu fiz, em que os contristei?"

Deus numera os milagres e prodígios que fez por aquele povo e diz que para Ele não bastavam apenas os sacrifícios e os atos externos, pois o que precisava era do coração e da vida deles. O que o Senhor quer de nós? Ele quer que pratiquemos a justiça e que andemos com humildade.

Esta é a Palavra, para nós, no dia de hoje. Aquele povo fazia sacrifícios, mas não mudava de vida. Nós não somos maus, graças a Deus, mas também não temos coragem de ser inteiramente do Senhor. Preferimos ficar na mediocridade. Somos medíocres, por isso precisamos recordar o que Jesus disse: "Assim porque és morno, e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca". E Jesus voltou a lhes perguntar: "O que foi que Eu lhes fiz?"

O Senhor pode enumerar tudo o que fez em nossas vidas, só o fato de existirmos já é uma graça. Também o fato de nos ter feito cristãos é uma prova das maravilhas do Senhor. Peçamos perdão a Deus por nosso relaxamento e mediocridade, não podemos ser assim, simplesmente pensar que o fato de sermos honestos, trabalhadores e de uma boa família é o suficiente.

"Perdão, Senhor, por sermos consagrados, participarmos de grupos de oração, mas a nossa vida não corresponder a tudo isso. Eu me arrependo, diante do Senhor, da minha mediocridade e do meu relaxamento". Este também é um ato de misericórdia.

Misericórdia não é só o Senhor nos pegar no colo, mas também falar firme conosco, colocar diante de nossos olhos as nossas fraquezas e mediocridades.

Precisamos saber que entre o céu e o inferno não há uma "coluna do meio". Muitos dirão: "Senhor, Senhor!" e Ele dirá: "Eu não te reconheço". Nós pregamos, fazemos milagres em nome de Jesus e temos os carismas, mas se a nossa vida não corresponder a tudo isso, iremos para o fogo do inferno, onde seremos queimados.

Peçamos que o Espírito Santo nos dê a graça de sermos verdadeiramente santos.

"Meu Deus, que pratiquemos a justiça e andemos no caminho do Senhor!" Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.


Seu irmão,
Mons. Jonas Abib

14 de Abril de 2012 - Evangelho Segundo São Marcos 16,9-15

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.
9Depois de ressuscitar, na madrugada do primeiro dia após o sábado, Jesus apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual havia expulsado sete demônios. 10Ela foi anunciar isso aos seguidores de Jesus, que estavam de luto e chorando. 11Quando ouviram que ele estava vivo e fora visto por ela, não quiseram acreditar.
12Em seguida, Jesus apareceu a dois deles, com outra aparência, enquanto estavam indo para o campo. 13Eles também voltaram e anunciaram isso aos outros. Também a estes não deram crédito. 14Por fim, Jesus apareceu aos onze discípulos enquanto estavam comendo, repreendeu-os por causa da falta de fé e pela dureza de coração, porque não tinham acreditado naqueles que o tinham visto ressuscitado. 15E disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura!” - Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Santos do dia: Santa Liduína (Lidvina) e São Benezet, ou Pequeno Bento

Santa Liduína (Lidvina)

Lidvina ou Liduína, como costuma ser chamada por nós, nasceu em Schiedan, Holanda, em 1380, numa família humilde e caridosa. Ainda criança, recolhia alimentos e roupas para os pobres e doentes abandonados. Até os quinze anos, Liduína era uma menina como todas as demais. Porém, no inverno daquele ano, sua vida mudou completamente. Com um grupo de amigos foi patinar no gelo e, em plena descida da montanha, um deles se chocou violentamente contra ela. Estava quase morta com a coluna vertebral partida e com lesões internas. Imediatamente, foi levada para casa e colocada sobre a cama, de onde nunca mais saiu, até morrer.
Depois do trágico acidente, apareceram complicações e outras doenças, numa seqüência muito rápida. Apesar dos esforços, os médicos declararam que sua enfermidade não tinha cura e que o tratamento seria inútil, só empobrecendo ainda mais a família.
Os anos se passavam e Liduína não melhorava, nem morria. Ficou a um passo do desespero total, quando chegou em seu socorro o padre João Pot, pároco da igreja. Com conversas serenas, o sacerdote recordou a ela que: "Deus só poda a árvore que mais gosta, para que produza mais frutos; e aos filhos que mais ama, mais os deixa sofrer". E pendurou na frente da sua cama um crucifixo. Pediu que olhasse para ele e refletisse: se Jesus sofreu tanto, foi porque o sofrimento leva à glória da vida eterna.
Liduína entendeu que sua situação não foi uma fatalidade sem sentido, ao contrário, foi uma benção dada pelo Senhor. Do seu leito, podia colaborar com a redenção, ofertando seu martírio para a salvação das almas. E disse ao padre que gostaria de receber um sinal que confirmasse ser esse o seu caminho. E ela o obteve, naquela mesma hora. Na sua fronte apareceu uma resplandecente hóstia eucarística, vista por todos, inclusive pelo padre Pot.
A partir daquele momento, Liduína nunca mais pediu que Deus lhe aliviasse os sofrimentos; pedia, sim, que lhe desse amor para sofrer pela conversão dos pecadores e pela salvação das almas. Do seu leito de enferma ela recebeu de Deus o dom da profecia e da cura pela oração aos enfermos. Após doze anos de enfermidade, também começou a ter êxtases espirituais, recebendo mensagens de Deus e da Virgem Maria.
Em 1421, as autoridades civis publicaram um documento atestando que nos últimos sete anos Liduína só se alimentava da sagrada eucaristia e das orações. Sua enfermidade a impossibilitava de comer e de beber, e nada podia explicar tal prodígio. Nos últimos sete meses de vida, seu sofrimento foi terrível. Ficou reduzida a uma sombra e uma voz que rezava incessantemente. No dia 14 de abril de 1433, após a Páscoa, Liduína morreu serena e em paz. Ao padre e ao médico que a assistiam, pediu que fizessem de sua casa um hospital para os pobres com doenças incuráveis. E assim foi feito.
Em 1890, o papa Leão XII elevou santa Liduína ao altar e autorizou o seu culto para o dia da sua morte. A igreja de Schiedan, construída em sua homenagem, tornou-se um santuário, muito procurado pelos devotos que a consideram padroeira dos doentes incuráveis.

São Benezet, ou pequeno Bento

Benezet, nascido em 1163 na região da Savóia, na França, era um humilde, mas alegre, pastor de ovelhas de doze anos. Diz a tradição que ele ouviu, de repente, uma voz conversando com ele e dizendo ser Jesus. Como não enxergasse nada à sua volta, de imediato ficou apreensivo, mas depois permaneceu confiante. Vejamos como tudo isso aconteceu, no início do segundo milênio, cheio de superstições e perseguições aos cristãos.
Para Benezet, ou pequeno Bento, como era chamado, ter ouvido aquela voz não seria nada se não fosse a natureza da ordem que veio com ela. Deveria erguer uma ponte sobre o rio Ródano, do qual nunca tinha ouvido falar, além de ter de abandonar a profissão que tanto amava. Porém o chamado tinha sido tão real que Benezet não pensou duas vezes e se pôs a caminho. Ele também não estranhou quando, centenas de metros adiante, um jovem veio a seu encontro e simplesmente lhe comunicou que o acompanharia em sua empreitada na construção da ponte.
Ao chegar, finalmente, às margens do rio determinado, na cidade de Avignon, Benezet assustou-se com o seu volume d'água. Orientado pelo novo amigo, que na verdade era um anjo que depois desapareceria, procurou o bispo, contando-lhe a missão que recebera. Foi ignorado. Procurou, então, o prefeito, e este, julgando tratar-se de um louco, disse que o ajudaria se removesse uma pedra que atrapalhava a cidade e a usasse como alicerce para a gigantesca obra a ser erguida.
Dizem os devotos que tudo mudou a partir desse momento. Benezet apenas fez o sinal da cruz sobre a pedra e, depois de levantá-la com facilidade, levou-a nos ombros até onde deveria ficar. Enquanto fazia isso, dezoito doentes teriam tocado a sua túnica e se curado imediatamente. Diante desse prodígio e graças, tanto o prefeito quanto o bispo assumiram a construção da obra que ajudou o desenvolvimento de toda a região. O pequeno Bento acabou falecendo antes da conclusão da ponte, que levou onze anos para terminar.
A ponte resistiu quinhentos anos antes de ruir. Foi reconstruída e trata-se do marco da cidade de Avignon, que tem, como seu padroeiro, são Benezet, ou o pequeno Bento, como querem os devotos, que nunca mais deixaram de pedir por sua intercessão e de festejá-lo no dia 14 de abril.


Santa Liduína (Lidvina) e São Benezet, ou Pequeno Bento, rogai por nós!!!