Nosso Blog dá o direcionamento de tudo o que acontece em nosso Grupo de Oração: Eventos, Aniversariantes do mês, Liturgia diária da Palavra, Pregador e tema da pregação da semana... Enfim. Quer ficar por dentro do que acontece em nosso grupo de oração? Acesse o nosso Blog. Que Cristo nos abençoe, o manto de Maria nos guarde e os Anjos e Arcanjos do Céu nos protejam!!!
“A messe é grande, mas os operários são poucos”, diz Jesus.
Eu gosto sempre de explicar que messe não é qualquer plantação e não é
qualquer colheita. Messe é aquele tipo de plantação que, se for colhida
na época certa, se salva. Mas se não for colhida no momento exato, se
perde.
Jesus foi de cidade em cidade, de aldeia em aldeia. Ele tocou na situação do povo e ficou tomado de compaixão porque eram como ovelhas sem pastor. E, com tudo isso dentro de si, o Senhor sobe o monte para orar.
"Jesus olha para nosso povo com o coração tomado de compaixão"
Ele vai naquela certeza dura de que a messe é grande e que, se não
houvesse operários, muito daquela messe iria se perder, porque não ia
ser colhida na hora certa. E é assim que Cristo vai para o alto do
monte: para conferir com o Pai quem mais Ele precisa escolher para estar
junto com Ele, agora, na colheita daquela messe, no cuidado daquelas
ovelhas. Você entendeu?
Meus irmãos, hoje também, é nesse contexto que o Senhor está nos
chamando. É vendo a situação infeliz do nosso povo. E quando nós dizemos
“nosso povo” é a respeito de gente muito próxima a nós. Não se
trata do povo sobre o qual nós temos o poder, a liderança. Não! Mas é o
“nosso” povo. Entram aí o pai e a mãe da gente. Entram aí os nossos
irmãos. Irmãos de sangue. Entram os nossos sobrinhos. Para vocês que são
casados:
é seu marido, é sua esposa. São seus filhos. São seus pais. É gente
nossa! São eles que precisam ser salvos. E o Senhor está dizendo: “A
messe está aí!”
Eu não tenho dúvida: nós estamos vivendo um Kairós. Existe o cronos, que é o tempo do calendário. É o tempo do cronômetro. Mas existe um outro tempo, uma outra hora. Existe um outro momento que a Bíblia chama de Kairós. Uma palavra grega que significa a hora de Deus, o momento d'Ele, a hora da oportunidade. Agora é o tempo favorável. Agora é o dia da salvação.
Meus irmãos, nós estamos vivendo um tempo assim! É nesta hora que o
Senhor está nos chamando. E quem nos chama é um Senhor do “jeitinho” que
Ele estava no começo do Seu trabalho missionário: com o coração tomado
de compaixão, porque Ele vê um povo (o nosso povo) como ovelhas sem
pastor. E se não houver operários para trazê-las de volta, essas ovelhas
irão se perder. Esta é a nossa missão.
O Senhor quer você realmente sendo um servo bom e fiel. Com toda a
capacidade de dar inteiramente a sua vida, o seu tempo, as suas
energias, os seus dotes ao
Senhor, entregando-os para a salvação dos nossos irmãos. Esses irmãos
que, como ovelhas, não sabem reencontrar o caminho. Não souberam se
defender do inimigo e não sabem agora sair das enrascadas em que foram colocados. Não sabem! É preciso que haja um pastor que vá buscá-los.
(Trecho da pregação "Ovelhas sem pastor" de monsenhor Jonas Abib)
— O Senhor esteja convosco. — Ele está no meio de nós. — Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João. — Glória a vós, Senhor. Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 12“Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. 13Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos. 14Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. 15Já
não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu Senhor. Eu
chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. 16Não
fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos
designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto
permaneça. O que, então, pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo
concederá. 17Isto é o que vos ordeno: amai-vos uns aos outros”. - Palavra da Salvação. - Glória a vós, Senhor.
Francisco Inácio Vincenzo Peis, o segundo de nove irmãos, nasceu na
cidade de Láconi, Itália, no dia 17 de novembro de 1701. Seus pais eram
muito pobres, mas ricos de virtudes humanas e cristãs, educando os
filhos no fiel seguimento de Jesus Cristo.
Inácio, desde a infância, sentiu um forte chamado para a vida religiosa.
Possuía dons especiais da profecia, da cura e um forte carisma.
Costumava praticar severas penitências, mantendo seu espírito sereno e
alegre, em estreita comunhão com Cristo.
Antes de completar os vinte anos de idade, ele adoeceu gravemente e por
duas vezes quase morreu. Nessa ocasião, decidiu que seguiria os passos
de são Francisco de Assis e se dedicaria aos pobres e doentes, se
ficasse curado. E assim o fez. Foi para a cidade de Cagliari para viver
entre os frades capuchinhos do Convento do Bom Caminho. Mas não pôde ser
aceito, devido à sua frágil saúde. Depois de totalmente recuperado, em
1721, vestiu o hábito dos franciscanos.
Frei Inácio de Láconi, como era chamado, foi enviado para vários
conventos e, após quinze anos, retornou ao Convento do Bom Caminho em
Cagliari, onde permaneceu em definitivo. Ali, ficou encarregado da
portaria, função que desempenhou até a morte. Tinha o verdadeiro
espírito franciscano: exemplo vivo da pobreza, entretanto de absoluta
disponibilidade aos pobres, aos desamparados, aos doentes físicos e aos
doentes espirituais, ou seja, aos pecadores, muitos dos quais conseguiu
recolocar no caminho cristão.
Durante seus últimos cinco anos de vida, Inácio ficou completamente
cego. Mesmo assim continuou cumprindo com rigor a vida comum com todos
os regulamentos do convento. Morreu no dia 11 de maio de 1781. Depois da
morte, a fama de sua santidade se fortaleceu com a relação dos milagres
alcançados pela sua intercessão.
Frei Inácio de Láconi foi beatificado pelo papa Pio XII em 1940 e depois
canonizado por este mesmo santo padre em 1951. O dia designado para sua
celebração litúrgica foi o de sua morte: 11 de maio.
Santos Abades de Cluny, Confessores
Entre 926 e 1156, a célebre Abadia de Cluny, na França, foi governada
quase ininterruptamente por abades santos: Santos Odon (926-942), Majolo
(965-994), Odilon (998-1048), Hugo (1049-1109) e Pedro, o Venerável (+
1156). Nesse período Cluny espalhou sua influência benéfica por toda a
Europa, chegando a coordenar mais de 2000 mosteiros fervorosos,
revigorando espiritualmente toda a Cristandade e produzindo também na
ordem temporal efeitos salutares.
Um pouco de História
Nos séculos VIII e IX, a Europa passou por uma profunda crise religiosa e
social, ocasionada, em grande parte, pelas invasões dos vikings que,
devastando cidades e queimando igrejas, abalaram as estruturas
políticas, sociais e econômicas então existentes.
A par disso, mosteiros e abadias, antes refúgio da piedade, arte e
cultura, estavam em decadência, devido a abusos de membros do alto Clero
e da nobreza, os quais apoderavam-se de bens e rendimentos
eclesiásticos.
Ademais, alguns nobres nomeavam abades, os quais muitas vezes eram
leigos, seus apaniguados. "Os monges, se os havia, estavam reduzidos a
um canto, deixados à sua própria sorte, sem franca liberdade e sem
verdadeira obediência, reduzidos a vegetar"(1). O relaxamento chegou a
tal ponto que levou o Papa João XI a exclamar: "Já não há, por assim
dizer, um só mosteiro em que a regra seja observada!"
A situação, infelizmente, não era melhor na Sé de Pedro, Cátedra da
Verdade e luz dos povos. Atravessava esta uma terrível noite escura,
sucedendo-se os Papas em períodos de pouco mais de dois anos, vítimas
que eram do veneno assassino ou de trágicos acidentes naturais. Só entre
822 e 894, 32 Pontífices passaram pelo Trono de São Pedro! (2).
Para reverter essa situação, era necessário uma série de Santos
suscitados pela Providência divina, os quais por sua ação reformassem a
ordem espiritual para que esta permeasse, em toda a ordem temporal e no
âmago da vida dos povos, a seiva do Evangelho de Nosso Senhor Jesus
Cristo.
Um deles, e sob certo aspecto talvez o mais providencial, foi Santo Odon
(879-942), Abade de Cluny, chamado a restaurar, ordenar e consolidar em
seus fundamentos a sociedade temporal de então, para que ela se
elevasse e atingisse seu apogeu, merecendo assim o título -- que um
autor francês atribuiu à Idade Média -- de "a doce primavera da Fé".
Iniciando Santo Odon a chamada reforma cluniacense, imprescindível para
mudar aquele estado de coisas, sua profunda e benéfica influência fez-se
logo notar nas duas esferas, a temporal e a espiritual, graças ao
grande número de Santos e homens providenciais que formou, e o papel que
estes desempenharam. Basta lembrar o grande Papa São Gregório VII, o
monge Hildebrando saído de uma das abadias reformadas por Cluny.
Cluny tornou possível uma tão profunda mudança, que permitiu à Idade Média merecer de Leão XIII (1878-1903) o célebre elogio:
"Tempo houve em que a filosofia do Evangelho governava os Estados. Nessa
época, a influência da sabedoria cristã e sua virtude divina penetravam
as leis, as instituições, os costumes dos povos, todas as categorias e
todas as relações da sociedade civil. Então a Religião instituída por
Jesus Cristo, solidamente estabelecida no grau de dignidade que lhe é
devido, em toda parte era florescente, graças ao favor dos Príncipes e à
proteção legítima dos Magistrados. Então o Sacerdócio e o Império
estavam ligados entre si por uma feliz concórdia e pela permuta amistosa
de bons ofícios. Organizada assim, a sociedade civil deu frutos
superiores a toda expectativa, cuja memória subsiste e subsistirá,
consignada como está em inúmeros documentos que artifício algum dos
adversários poderá corromper ou obscurecer" (3).
Santo Inácio de Lácomi e Santos Abades de Cluny e Confessores, rogai por nós!!!
Nosso
coração é um terreno em que Jesus e o inimigo são os semeadores.
Podemos frutificar as sementes que Jesus semeia, ou, infelizmente,
frutificar as sementes que o príncipe deste mundo lança sobre nós. É
preciso decidir frutificar unicamente as sementes de Jesus senão, veja o
que acontece:
“Quando o espírito impuro sai de um homem, ele percorre as regiões
áridas em busca de descanso, mas não o encontra. Então, diz consigo
mesmo: ‘Vou tornar à minha morada de onde saí’. Ao chegar, encontra-a
desocupada, varrida e arrumada. Então, vai tomar consigo mais sete
espíritos piores do que ele, lá entrar e se instalam. E o último estado
deste homem torna-se pior que o primeiro” (Mt 12,43-45a)
Jesus nos mostra, nesta Palavra, que o inimigo
não desiste: Ele é o usurpador. Se no passado ele conseguia se instalar
em sua vida, se você abriu brecha e ele entrou se instalando em áreas
da sua vida, fique atento. Saiba que, embora Jesus o tenha libertado, o
inimigo continuará rodeando e buscando uma antiga brecha para entrar de
novo e se instalar.
Jesus nos alerta: “Preparem-se para a tentação, porque o inimigo não vai
perder vocês! Ele não vai querer perder o terreno que havia usurpado”.
Ao mesmo tempo, o Senhor nos garante: “Eu orei pra ti, a fim de que a
tua fé não desapareça” (Lc 22,32a). E ao Pai Ele ora: “Eu rogo por eles.
Eu não te peço que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno”
(Jo17,9a.15). Enfrentaremos tentações, mas não estaremos sós. Jesus está
conosco, orando por nós, torcendo por nossa vitória.
Até o final de nossa vida seremos um terreno disputado. Somos nós que
daremos a vitória a Jesus ou ao demônio. A quem você quer servir? Quem
você deixará entrar em sua vida? No passado, muitas vezes demos
vitória ao demônio. Deixamos que ele tomasse nossa mente, nossos
sentimentos, nosso corpo. Tornamo-nos tolos nas mãos do inimigo. Mas
Jesus é o Senhor deste terreno que somos nós. Só a Ele podemos dar a
vitória.
Diante dessa realidade, temos uma promessa de Jesus na carta de São Tiago:
“Feliz o homem que suporta a provação, porque, depois de testado, receberá a coroa da vida, prometida àqueles que O amam” (Tg 1,12).
A palavra “testado” aqui é muito importante. “Todos nós, criaturas
humanas, passamos pela provação.” É o teste pelo qual todos precisamos
passar. Também os anjos passarão pela prova. Uma multidão de anjos
venceram: foram vitoriosos porque obedeceram. Mas houve também uma
quantidade enorme de anjos que não passaram na “prova”: foram testados,
mas, infelizmente, desobedeceram, se rebelaram, se revoltaram e
tornaram-se os anjos do mal: os demônios. O mesmo ocorre conosco: não
existe quem não passe pela provação.
Ouvi esta explicação dos lábios de Dom Terra, teólogo e doutor em
Sagrada Escritura: “Todas as criaturas precisam passar pela ‘provação’.
Os anjos já foram provados. Agora somos nós: é nossa vez. Todos nós,
criaturas humanas, estamos passando pela ‘prova’. O resultado do final
será: ‘aprovados’ ou ‘reprovados’. Assim foi com os anjos; assim será
conosco”.
Confesso que essa explicação mexeu comigo. Fui tomado de um temor. Não
tive dúvida: ouvi tudo dos lábios de um bispo, de um teólogo e doutor em
Sagrada Escritura. É como se Deus mesmo me dissesse: Jonas, preste
atenção! Isso é real, é verdade, é de fé: os anjos já fora provados.
Agora é você. Ou você passa pela “prova” e é “aprovado” ou ...
Repito: isso encheu-me de um santo temor. Estou na prova. Estamos na provação.
A salvação é gratuita, mas o Senhor nos faz passar pela prova.
Para conseguir em emprego, você passa por um teste; para entrar numa
faculdade, você faz um vestibular. Todos nós passamos pela provação. Por
isso o Senhor não retira a tentação. O demônio acaba fazendo um serviço
a Deus. Ele, que já foi reprovado, é usado hoje para nos provar. Eis a
razão da tentação.
Para os anjos, foi uma situação arriscada; dali dependia o destino
deles. Igualmente, todos nós passamos por uma situação arriscada: o
risco de se salvar ou se perder; o risco de dar a vitória a Jesus ou ao
demônio. Podemos ser aprovados ou reprovados.
O demônio está aí para nos testar. Ele é como o ácido colocado sobre o
metal para testar sua autenticidade! O ácido derramado no ouro não o
escurece; se escurecer, não é ouro. Estamos passando pelo teste.
Quando o demônio é expulso de uma casa (a casa de nosso coração), ele
não desiste; fica esperando uma brecha com sete piores do que ele. Se
não der brecha, ele não tem como entrar. Mas, se entra, o estado dessa
pessoa torna-se pior do que antes. Porém o Senhor nos garante que não
estamos sós: Ele está conosco, orando e intercedendo por nós, para não
cairmos novamente em tentação.
Trecho retirado do livro "Combatentes na provação" de monsenhor Jonas Abib
— O Senhor esteja convosco. — Ele está no meio de nós. — Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João. — Glória a vós, Senhor. Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 9“Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor. 10Se
guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como
eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor. 11Eu vos disse isto, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena”. - Palavra da Salvação. - Glória a vós, Senhor.
Josef de Veuster-Wouters nasceu no dia 3 de janeiro de 1840, numa
pequena cidade ao norte de Bruxelas, na Bélgica. Aos dezenove anos de
idade, entra para a Ordem dos Padres do Sagrado Coração e toma o nome de
Damião. Em seguida, é enviado para terminar seus estudos num colégio
teológico em Paris.
A vida de Damião começou a mudar quando completou vinte e um anos de
idade. Um bispo do Havaí, arquipélago do Pacífico, estava em Paris, onde
ministrava algumas palestras e pretendia conseguir missionários para o
local. Ele expunha os problemas daquela região e, especialmente, dos
doentes de lepra, que eram exilados e abandonados numa ilha chamada
Molokai, por determinação do governo.
Damião logo se interessou e se colocou à disposição para ir como
missionário à ilha. Alguns fatos antecederam a sua ida. Uma epidemia de
febre tifóide atingiu o colégio e seu irmão caiu doente. Damião ainda
não era sacerdote, mas estava disposto a insistir que o aceitassem na
missão rumo a Molokai. Escreveu uma carta ao superior da Ordem do
Sagrado Coração, que, inspirado por Deus, permitiu a sua partida. Assim,
em 1863 Damião embarcava para o Havaí, após ser ordenado sacerdote.
Chegando ao arquipélago, Damião logo se colocou a par da situação. A
região recebera imigrantes chineses e com eles a lepra. Em 1865, temendo
a disseminação da doença, o governo local decidiu isolar os doentes na
ilha de Molokai. Nessa ilha existia uma península cujo acesso era
impossível, exceto pelo mar. Assim, aquela península, chamada Kalauapa,
tornou-se a prisão dos leprosos.
Para lá se dirigiu Damião, junto de três missionários que iriam revezar
os cuidados com os leprosos. Os leprosos não tinham como trabalhar,
roubavam-se entre si e matavam-se por um punhado de arroz. Damião sabia
que ficaria ali para sempre, pois grande era o seu coração.
Naquele local abandonado, o padre começou a trabalhar. O primeiro passo
foi recuperar o cemitério e enterrar os mortos. Com freqüência ia à
capital, comprar faixas, remédios, lençóis e roupas para todos. Nesse
meio tempo, escrevia para o jornal local, contando os terrores da ilha
de Molokai. Essas notícias se espalharam e abalaram o mundo, todo tipo
de ajuda humanitária começou a surgir. Um médico que contraíra a lepra
ao cuidar dos doentes ouviu falar de Damião e viajou para a ilha a fim
de ajudar.
No tempo que passou na ilha, Damião construiu uma igrejinha de
alvenaria, onde passou a celebrar as missas. Também construiu um pequeno
hospital, onde, ele e o médico, cuidavam dos doentes mais graves. Dois
aquedutos completavam a estrutura sanitária tão necessária à vida
daquele povoado. Porém a obra de Damião abrangeu algo mais do que a
melhoria física do local, ele trouxe nova esperança e alívio para os
doentes. Já era chamado apóstolo dos leprosos.
Numa noite de 1885, Damião colocou o pé esquerdo numa bacia com água
muito quente. Percebeu que tinha contraído a lepra, pois não sentiu dor
alguma. Havia passado cerca de dez anos desde que ele chegou à ilha e,
milagrosamente, não havia contraído a doença até então. Com o passar do
tempo, a doença o tomou por inteiro.
O doutor já havia morrido, assim como muitos dos amigos, quando, em 15
de abril de 1889, padre Damião de Veuster morreu. Em 1936, seu corpo foi
transladado para a Bélgica, onde recebeu os solenes funerais de Estado.
Em 1995, padre Damião de Molokai foi beatificado pelo papa João Paulo
II e sua festa, designada para o dia 10 de maio.
São João de Ávila
Santo espanhol nascido em Almodóvar del Campo, próximo a Toledo, de
espírito reformista e um do maior pregadores do seu tempo, conselheiro
de bispos e nobres, diretor de almas, coluna da Igreja e um dos
paladinos da Contra-Reforma católica no século XVI, considerado o pai
espiritual de um grande número de santos na Espanha de sua época.
Descendentes de uma família de judeus convertidos e de boas posses, era
filho único de Alonso de Ávila e Catarina Xixón, aos 14 anos entrou para
a famosa Universidade de Salamanca para estudar Direito. Porém seu
apego a fé em Jesus Cristo pesou mais fortemente e abandonou os estudos
para voltar para casa.
Depois de três anos de profunda dedicação à religiosidade, dirigiu-se a
famosa Universidade de Alcalá, com o objetivo de seguir o sacerdócio e
estudou filosofia e teologia. Foi discípulo do renomado Domingos de Soto
e recebeu sua ordenação.
Com a morte dos pais vendeu sua grande fortuna em heranças, distribuiu
com os necessitados e passou a viver de esmolas. Dirigiu-se a Sevilha
com o intuito de embarcar para as Índias, mas foi persuadido a
permanecer na Espanha, onde deu início a sua brilhante carreira
apostólica, que o tornaria conhecido como o grande Apóstolo da
Andaluzia.
Autor e diretor espiritual cuja liderança religiosa a Espanha durante o
século XVI, morreu em Montilla, de problemas renais. Foi beatificado
(1894) e canonizado (1970) e seu dia de devoção é 10 de maio.
Santo Antonino de Florença
Antonino Pierozzi nasceu em Florença, na Itália, em 1389. Seu pai era
tabelião e sua mãe dona de casa, ambos muito religiosos. Sendo filho
único e obedecendo ao desejo dos pais, fez o curso de direito e se
tornou um perito na matéria. Mas, seu sonho era entregar-se à vida
religiosa e, para tanto, Antonino procurou ingressar na Ordem
Dominicana.
Foi recusado, pois o superior não confiou em seu corpo pequeno e magro,
aparentemente fraco. Disse a Antonino que só seria aceito se ele
decorasse completamente todo o Código de Direito Canônico, coisa julgada
impossível e que ninguém fizera até então. Mas Antonino não se deu por
vencido e, poucos meses depois, procurou novamente o superior e provou
que cumprira a tarefa.
Foi admitido de imediato e se fez um modelo de religioso, apesar de
poucos acreditarem que ele pudesse resistir à disciplina e aos rígidos
deveres físicos que a Ordem exigia. Ordenado sacerdote, ocupou cargos
muito importantes. Foi superior em várias casas, provincial e
vigário-geral da Ordem. Deixou escritos teológicos de grande valor.
Entretanto, mais do que seus discursos, seu exemplo diário é que
angariava o respeito de todos, que acabavam por naturalmente imitá-lo
numa dedicada obediência às regras da Ordem.
Quando ficou vaga a Sé Episcopal de Florença, o papa Eugênio IV decidiu
nomear Antonino para o cargo. Entretanto ele fugiu para não ter de
assumir o posto, mas afinal foi encontrado pelo amigo beato Frà Angélico
e teve, por força, de aceitá-lo. A Igreja, até hoje, comemora o quanto a
fé ganhou com isso. Antonino de Florença, em todos os registros, é
descrito como pastor sábio, prudente, enérgico e, sobretudo, santo.
Combateu o neopaganismo renascentista e defendeu o papado no Concílio de
Basiléia. Conseguiu tanto apoio popular que acabou com o jogo de azar
na diocese. No palácio episcopal, todos os que o procuravam encontravam
as portas abertas, principalmente os pobres e necessitados. Havia ordem
expressa sua para que nenhum mendigo fosse afastado dali antes de ser
atendido.
A fama de sua santidade era tanta que, certa vez, o papa Nicolau V
declarou em público que o julgava tão digno de ser canonizado ainda em
vida quanto Bernardino de Sena, que acabava de ser inscrito no livro dos
santos da Igreja. Antonino resistiu até os setenta anos, quando o
trabalho ininterrupto o derrotou. Morreu no dia 2 de maio de 1459.
O papa Adriano VI canonizou santo Antonino de Florença em 1523 Seu corpo
incorrupto é venerado na basílica dominicana de São Marco, em Florença.
A Ordem Dominicana o celebra no dia 10 de maio.
São Damião de Molokai, São João de Ávila e Santo Antonino de Florença, rogai por nós!!!
A vida espiritual também é permeada por securas, tempo de aridez, falta de gosto, solidão, desânimo...
'Os homens vêem as aparências, mas Deus vê o coração'
Nestes períodos, somos privados das consolações sensíveis e espirituais.
Isso, mesmo que a gente não entenda, favorece nosso crescimento na vida
de oração e na prática das virtudes.
Apesar de muitos esforços e de disciplina na vida espiritual, a pessoa
não sente gosto pela oração; ao contrário, experimenta-se nela o
cansaço, o desânimo, a ausência da presença de Deus, como se Ele tivesse
se esquecido de nós e o tempo parece que não tem fim.
Poderíamos dizer que a fé e a esperança estão adormecidas. A alma parece
envolta numa espécie de torpor. É um tempo penoso, não se experimenta a
alegria.
Mas, também neste tempo, Deus trabalha em nós. Jesus mesmo disse que "o
seu Pai continua trabalhando". Deus age sempre a nosso favor e, como já
dizia o apóstolo Paulo, "todas as coisas concorrem para o bem daqueles
que amam a Deus".
Este tempo de seca nos ajuda a desprender de tudo o que não proclama o
senhorio de Jesus em nossas vidas, nos ensina e nos educa a buscar Deus
por aquilo que Ele é e não por aquilo que Ele pode nos oferecer.
Elizabete da Trindade, grande mística carmelita, dizia: "É preciso deixar tudo para abraçar aquele que é Tudo".
A aridez espiritual ajuda na conquista da humildade, nos faz entender
que tudo vem de Deus e em tudo dependemos d'Ele. O amor de Deus para
conosco é puramente gratuidade.
Este tempo penoso nos faz compreender que Ele é o Senhor dos dons e os
distribui segundo a maneira que lhe apraz. Não somos nós que devemos
ditar as ordens para Deus, Ele é o Senhor, Ele é Deus, Ele é livre e nós
somos os seus servos. Assim Deus nos purifica. Sofre-se muito, mas este
é um sofrimento redentor.
Aprendemos a servir a Deus sem gosto para fazê-lo. Aprendemos a buscá-lo
em todos os momentos. Aprendemos que nossos olhos devem estar fixos
n'Ele.
Assim, Deus robustece a nossa fé, nos impele a não desistir na busca da
prática do bem e ensina-nos o caminho da constância como ocorreu com
Santa Teresa, que durante anos teve dúvidas da presença de Jesus na
Eucaristia, mas nem por isso deixou de fazer a adoração eucarística.
É por meio desse exercício que se fortifica a virtude. Costumo dizer
para os meus filhos na Canção Nova: "10% é inspiração e 90% é
transpiração".
— O Senhor esteja convosco. — Ele está no meio de nós. — Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João. — Glória a vós, Senhor. Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 27“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração.28Ouvistes
que eu vos disse: ‘Vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis
alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. 29Disse-vos isto, agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis. 30Já não falarei muito convosco, pois o chefe deste mundo vem. Ele não tem poder sobre mim, 31amas, para que o mundo reconheça que eu amo o Pai, eu procedo conforme o Pai me ordenou”. - Palavra da Salvação. - Glória a vós, Senhor.
Vítor, o Mouro, era africano natural da Mauritânia. Cristão desde
criança, quando adulto ingressou no exército do imperador Maximiano.
Quando este desejou sufocar uma rebelião na Gália, atual França,
recrutou, então, um grande contingente de homens do Oriente e do norte
da África.
O destacamento em que veio Vítor se estabeleceu em Milão, na Itália.
Entretanto o imperador exigia que todos os soldados, antes de irem para a
batalha, oferecessem sacrifícios aos deuses pagãos do Império. Os que
se recusavam eram condenados à morte.
Pois Vítor se recusou, mantendo e reafirmando sua fé cristã a cada ordem
recebida nesse sentido. Ele foi levado ao tribunal e interrogado.
Confessou novamente sua doutrina, entretanto, renovando sua lealdade ao
imperador, quanto às ordens militares. O soldado Vítor, mesmo assim, foi
encarcerado, permanecendo por seis dias sem comida ou água.
Essa cadeia onde ficou, ao lado da Porta Romana, até hoje é tristemente
conhecida como o cárcere de São Vítor. Findo esse prazo, Vítor foi
arrastado pelas ruas da cidade até o hipódromo do Circo, situado junto à
atual Porta Ticinense, onde, interrogado novamente pelo próprio
imperador, se negou a abandonar sua religião. Foi severamente flagelado,
mas manteve-se firme. Levado de volta ao cárcere, teve as feridas
cobertas por chumbo derretido, mas o soldado africano saiu ileso do
pavoroso castigo.
Rapidamente Vítor se recuperou e, na primeira oportunidade, fugiu da
cadeia, refugiando-se numa estrebaria junto a um teatro, onde hoje se
encontra a Porta Vercelina. Acabou descoberto, levado a uma floresta
próxima e decapitado. Era o dia 8 de maio de 303.
Conta a tradição milanesa que seu corpo permaneceu sem sepultura por uma
semana, quando o bispo são Materno o encontrou intacto e vigiado por
duas feras. Ali mesmo foi construída uma imensa igreja, a ele dedicada.
Aliás, não é a única. Há, em Milão, várias outras igrejas e monumentos
erguidos em sua homenagem, mas o mais significativo, sem dúvida, é o seu
cárcere.
Vítor é um dos santos mais amados e venerados pelos habitantes de Milão.
Tendo sido martirizado naquela cidade, sua prisão e seu martírio
permanecem vivos na memória do povo, que sabe contar até hoje,
detalhadamente, seu sofrimento, apontando com precisão os locais onde as
tristes e sangrentas cenas aconteceram no início do século IV.
O culto ao mártir são Vítor, o Mouro, se espalhou pelo mundo católico do
Ocidente e do Oriente, sendo invocado como o padroeiro dos prisioneiros
e exilados.
Santo Acácio
Acácio era um centurião da Capadócia, atual Turquia, do exército romano
da cidade de Trácia, que, após ser acusado pelo tribuno Firmo e pelo
procônsul Bibiano de ser cristão e sofrer ásperas torturas e cruéis
tormentos, foi decapitado em Bizâncio sob as ordens dos imperadores
Diocleciano e Maximiano, no ano 304.
O imperador Constantino, o Grande, construiu uma igreja-santuário em sua
honra em Karía de Constantinopla, de cuja cidade santo Acácio se tornou
o padroeiro. Isso há pelo menos treze séculos. Ele é, também, o
padroeiro da diocese de Squillace, atualmente Catanzaro-Squillace,
Itália.
O corpo do mártir é guardado e venerado em uma monumental capela da
catedral de Squillace, onde um braço foi trazido pelo bispo, em 1584, de
Guadavalle, sua cidade natal, da qual também foi eleito padroeiro. Suas
relíquias foram levadas também para Cuenca de Ávila, na Espanha,
procedentes de Squillace. É venerado entre os santos auxiliadores em
diversas cidades da Europa Setentrional. Sua festa é celebrada no dia 8
de maio pela Igreja ocidental.
São Pedro de Tarantásia
Nasceu no ano de 1102 perto de Viena, numa família que buscava a Deus.
Com 20 anos ele entrou para a vida religiosa. E mais tarde, seus pais e
sua única irmã, também ingressaram na Ordem da qual fazia parte. Todos
se tornaram religiosos.
Ele viveu um longo tempo em um convento, depois transferido para outro, como superior, nas montanhas de Tarantásia.
Ali, na sua vida religiosa, eucarística, mariana e obediente as regras,
fundou obras sociais. Ganhou simpatia e conquistou o coração de
autoridades para Cristo. Assim, somando a caridade que reinava em seu
coração e a ajuda material de muitos outros, que era beneficiado era o
pobre. Chegou a criar um grande hospital. São Pedro foi um homem pacificador.Peçamos a intercessão do santo de hoje para que onde quer que estejamos, sejamos sinais de paz.
São Vitor, Santo Acácio e São Pedro de Tarantásia, rogai por nós!!!
Quando
nos consagramos a Nossa Senhora estamos realizando um ato jurídico,
estamos dando a ela aquilo que a ela pertence. Nós somos dela. Todo
filho pertence à Mãe! É preciso que o filho seja devolvido à Mãe.
Quantas vezes vemos questões jurídicas intrincadas, em que o juiz acaba
devolvendo à mãe o filho que lhe pertence. É um direito mais do que
natural. Ela o gerou no seu ventre.
É preciso que nós, que somos filhos, sejamos devolvidos a Maria, que é
nossa Mãe. É uma questão de direito. Justiça é dar a cada um o que lhe
pertence. O filho deve ser devolvido à mãe porque ele lhe pertence. É
uma questão de justiça. Nós e todos os seus filhos precisamos ser
devolvidos a Virgem Maria, porque é uma questão de justiça: pertencemos a
ela. Somos os seus filhos. Ela é nossa Mãe. É urgente, é dever de
justiça dar a ela o que é dela: todos os seus filhos.
A Palavra de Deus em Colossenses 1,15 nos diz que Jesus foi escolhido
pelo Pai para ser o Primogênito de toda criatura. E o que é um
primogênito? Primogênito é o seu primeiro filho no meio dos outros
filhos. Na minha casa, por exemplo, eu sou o primogênito, tenho mais
cinco irmãos. Porque nós seis somos filhos do mesmo pai e da mesma mãe e
eu nasci primeiro, por isso, sou entre eles o primogênito.
No Seu maravilhoso plano, o Pai quis ter uma multidão de filhos, entre
os quais quis que Jesus fosse o Primogênito. Quando o Senhor projetou
esse plano precisava que Jesus e os Seus demais filhos tivessem uma mãe.
Para que Jesus fosse o Primogênito de todas as criaturas era preciso que
a mãe d'Ele fosse também a mãe de todos os outros irmãos.
No pensamento de Deus, a primeira criatura projetada foi aquela que Ele
escolheu para ser a Mãe do seu Filho feito homem e de todos os outros
filhos. A primeira de todas as criaturas é Maria. Foi no alto do
Calvário que Cristo acabou assinando, não com a tinta, mas com o Seu
Sangue, aquela escritura na qual declarava que Maria era nossa Mãe. São
João testemunha esse fato no seu Evangelho:
“Vendo assim a sua mãe, e perto dela o discípulo que ele amava, Jesus
disse à sua mãe: 'Mulher, eis aí o teu filho'. A seguir, disse ao
discípulo: 'Eis a tua mãe'” (João 19, 26-27a)
Nosso Senhor Jesus Cristo estava realizando uma questão jurídica. Ali,
no Calvário, Ele assinava com Seu Sangue derramado naquele momento e
promulgava com a Sua Palavra, do alto da cruz: “Mulher, eis aí o teu
filho, eis a tua mãe”. Estava falando em linguagem jurídica romana,
porque era preciso fazer o documento e promulgá-lo.
Desde toda a eternidade, desde que Deus é Deus, desde que o Pai concebeu
esse plano maravilhoso: Seu Filho viria a este mundo, se chamaria Jesus
e seria o Primogênito de toda criatura... Desde esse momento, Maria já
era a escolhida d'Ele para ser a nossa Mãe.
Preste atenção: “Para ser a minha Mãe desde toda a eternidade, Maria já
tinha sido escolhida pelo Pai. Mãe de Jesus, minha Mãe e Mãe de todos os
meus irmãos, para que Ele fosse o Primogênito de todas as criaturas”.
Proclame:
“Eu pertenço a Maria desde toda a eternidade. Desde quando o Pai
concebeu esse lindo plano no qual Jesus seria o Primogênito no meio de
uma multidão de irmãos. O Pai já escolhera Maria para ser a Mãe de
Jesus, minha Mãe
e Mãe de todos os meus irmãos. Muito obrigado, ó Pai, pela linda
escolha. Desde toda a eternidade, antes que eu existisse, Maria já era
minha Mãe e eu o seu filho”.
(Trecho extraído do livro “Maria, mulher de Gênesis ao Apocalipse” de monsenhor Jonas Abib).
— O Senhor esteja convosco. — Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João. — Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 21“Quem acolheu
os meus mandamentos e os observa, esse me ama. Ora, quem me ama será
amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele”. 22Judas – não o Iscariotes – disse-lhe: “Senhor, como se explica que te manifestarás a nós e não ao mundo?” 23Jesus
respondeu-lhe: “Se alguém me ama, guardará minha palavra, e o meu Pai o
amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. 24Quem não me ama não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou. 25Isso é o que vos disse enquanto estava convosco. 26Mas
o Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos
ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito”.
Nascida em Viterbo, Itália, no dia 9 de fevereiro de 1656, Rosa Venerini
viveu um conflito. Um jovem apaixonado queria desposá-la, mas o seu
desejo era consagrar-se a Deus. Sua vida muda radicalmente quando uma
série de acontecimentos culmina com a morte do pretendente e, mais
tarde, de seus pais. Rosa assume, então, a educação dos dois irmãos.
Mesmo com essa responsabilidade ela não abandona seu desejo de
consagrar-se a Deus. Passa a convidar as jovens da vizinhança para rezar
o Rosário.
Foi convivendo com essas pessoas que Rosa descobriu o grave estado de
ignorância religiosa e intelectual que atingia a juventude da época.
Decidiu, então, que seria seu dever combatê-la. Um padre jesuíta,
Ventura Bandinelli, percebendo a sua vocação natural para a
religiosidade e para o ensino, abre-lhe as portas da vida religiosa.
Rosa não perdeu a oportunidade e deu o primeiro passo, indo viver em
comunidade. Junto de mais duas amigas, cria a primeira escola primária
para crianças em 1685. Estava iniciada a sua grande obra.
Porém as oposições não tardaram a aparecer. Alguns padres acharam que a
obra de Rosa agredia a sua autoridade no ensino religioso. Os nobres se
posicionavam contra o ensino gratuito para os pobres. Rosa enfrentava
uma batalha em nome de Deus e de um ideal. Felizmente, o bispo de
Montefiascone intervém e a convida para fundar em sua diocese uma nova
escola. Para lá Rosa Venerini se dirige, junto de uma colaboradora muito
especial: a futura santa Lúcia Filippini.
As escolas, então, se expandem e chegam a muitas cidades, inclusive a
Roma. Mas os problemas apareceriam novamente. Rosa tem de enfrentar
discussões dolorosas, ambições e divisões dentro de sua instituição,
problemas provocados pela inveja e ganância das pessoas.
Em 1716, uma visita do papa Clemente XI foi o reconhecimento do valor de
sua obra. O apoio do papa foi um fator importante para o
desenvolvimento de sua instituição, que não era uma congregação, e agora
é chamada "Mestras Pias Venerini".
O fim de sua vida foi marcado por uma doença que a consumiu por quatro
anos. Rosa veio a falecer no dia 7 de maio de 1728. Em 1909, é fundada a
primeira Casa nos Estados Unidos. O reconhecimento canônico para essas
professoras chegou apenas em 1941, quando, finalmente, se tornam uma
congregação.
O papa Pio XII proclama bem-aventurada Rosa Venerini em 1952, quando a
congregação já operava em muitos países do mundo todo. Suas relíquias
estão guardadas na capela da Casa mãe da congregação em Roma.
Em 15 de outubro de 2006 o papa Bento XVI, na praça de São Pedro, proclama Rosa Venerini, santa.
Santo Agostinho Roscelli
Nasceu na pequena cidade de Bergone di Casarza Ligure, Itália, no dia 27
de julho de 1818. Durante sua infância, foi pastor de ovelhas. A sua
família, de poucos recursos, constituiu para ele um exemplo de fé e de
virtudes cristãs.
Aos dezessete anos, decidiu ser padre, entusiasmado por Antonio Maria
Gianelli, arcebispo de Chiavari, que se dedicava exclusivamente à
pregação aos camponeses, e hoje está inscrito no livro dos santos. Em
1835, Agostinho foi para Gênova, onde estudou enfrentando sérias
dificuldades financeiras, mas sempre ajudado pela sua força de vontade,
oração intensa e o auxílio de pessoas de boa vontade.
É ordenado sacerdote em 1846, e enviado para a cidade de São Martino
d´Alboro como padre auxiliar. Inicia o seu humilde apostolado a serviço
de Deus, dedicando-se com zelo, caridade e exemplo ao crescimento
espiritual e ao ministério da confissão.
Agostinho é homem de diálogo no confessionário da igreja genovesa da
Consolação, sendo muito procurado, ouvido e solicitado pela população.
Sua fama de bom conselheiro corre entre os fiéis, o que faz chegar gente
de todas as condições sociais em busca de sua ajuda. Ele passa a
conhecer a verdadeira realidade do submundo.
Desde o início, identifica-se nele um exemplo de sacerdote santo, que
encarna a figura do "pastor", do educador na fé, do ministro da Palavra e
do orientador espiritual, sempre pronto a doar-se na obediência,
humildade, silêncio, sacrifício e seguimento dócil e abnegado de Jesus
Cristo. Nele, a ação divina, a obra humana e a contemplação fundem-se
numa admirável unidade de vida de apostolado e oração.
Em 1872, alarga o campo do seu apostolado, interessando-se não só pelas
misérias e pobrezas morais da cidade, e pelos jovens, mas também pelos
prisioneiros dos cárceres, a quem leva, com afeto, o conforto e a
misericórdia do Senhor. Dois anos mais tarde, passa a dedicar-se também
aos recém-nascidos, em favor das mães solteiras, vítimas de relações
enganosas, dando-lhes assistência moral e material, inserindo-as no
mundo do trabalho honesto.
Com a ajuda de algumas catequistas, padre Agostinho passa à ação. Nasce
um grupo de voluntárias, e acolhem os primeiros jovens em dificuldades,
para libertá-los do analfabetismo, dando-lhes orientação moral,
religiosa e, também, uma profissão. E a obra cresce, exatamente porque
responde bem à forte demanda social e religiosa do povo.
Em 1876, dessa obra funda a congregação das Irmãs da Imaculada,
indicando-lhes o caminho da santidade em Maria, modelo da vida
consagrada. Após o início difícil e incerto, a congregação se consolida e
se difunde em toda a Itália e em quase todos os continentes.
A vida terrena do "sacerdote pobre", como lhe costumam chamar, chega ao
fim no dia 7 de maio de 1902. O papa João Paulo II proclama santo
Agostinho Roscelli em 2001.
Santa Flávia Domitila
Há muito mais tradições envolvendo a existência de Flávia Domitila do
que documentos históricos comprovados. Seu nome e santidade tanto se
espalharam, nos primeiros tempos do cristianismo, que sua vida se
mesclou a essas tradições pela transmissão dos próprios fiéis que
fixaram o seu culto.
Flávia Domitila teria sido convertida ao cristianismo por dois eunucos.
Enquanto ela se preparava para o casamento com o filho de um cônsul,
Nereu e Aquiles lhe falaram sobre Cristo e a beleza da virgindade, "irmã
dos Anjos". Ela teria abandonado o casamento e se convertido
imediatamente.
Contudo o próprio imperador, inconformado, tentou vencer a recusa pelo
compromisso da jovem com uma tarde dançante em sua homenagem. A morte
repentina do próprio noivo aconteceu em meio às danças. Segundo a
tradição, Flávia Domitila morreu queimada num incêndio criminoso que
destruiu sua casa, sendo provocado por um irmão do noivo.
Mas o que existe de real sobre a vida de santa Flávia Domitila é que ela
era uma nobre dama romana, esposa do cônsul Flávio Clemente e sobrinha
do imperador Vespasiano, pai de Domiciano. Esses dados foram encontrados
em uma inscrição da época, conservada na basílica dos santos Nereu e
Aquiles, que também morreram decapitados pelo testemunho em Cristo.
No primeiro século, ela enfrentou a ira da corte por não esconder sua fé
em Cristo. Banida do convívio social, foi depois julgada e condenada ao
exílio, sendo deportada para a ilha de Ponza.
Sua morte aconteceu de forma lenta, cruel e dolorosa, numa ilha
abandonada, sem as menores condições de sobrevivência, conforme escreveu
sobre ela são Jerônimo.
Santa Rosa Venerini e Santa Flávia Domitila, rogai por nós!!!
Domingos Sávio nasceu em 2 de abril de 1842, em Riva, na Itália. Era
filho de pais muito pobres, um ferreiro e uma costureira, cristãos muito
devotos. Ao fazer a primeira comunhão, com sete anos, jurou para si
mesmo o que seria seu modelo de vida: "Antes morrer do que pecar".
Cumpriu-o integralmente enquanto viveu.
Nos registros da Igreja, encontramos que, com dez anos, chamou para ele
próprio a culpa de uma falta que não cometera, só porque o companheiro
de escola que o fizera tinha maus antecedentes e poderia ser expulso do
colégio. Já para si, Domingos sabia que o perdão dos superiores seria
mais fácil de ser alcançado. Em outra ocasião, colocou-se entre dois
alunos que brigavam e ameaçavam atirar pedras um no outro. "Atirem a
primeira pedra em mim" disse, acabando com a briga.
Esses fatos não passaram despercebidos pelo seu professor e orientador
espiritual, João Bosco, que a Igreja declarou santo, que encaminhou o
rapaz para a vida religiosa. No dia 8 de dezembro de 1954, quando foi
proclamado o dogma da Imaculada Conceição, Domingos Sávio se consagrou à
Maria, começando a avançar para o caminho da santidade. Em 1856, fundou
entre os amigos a "Companhia da Imaculada", para uma ação apostólica de
grupo, onde rezavam cantando para Nossa Senhora.
Mas Domingos Sávio tinha um sentimento: não conseguiria tornar-se
sacerdote. Estava tão certo disso que, quando caiu doente, despediu-se
definitivamente de seus colegas, prometendo encontrá-los quando
estivessem todos na eternidade, ao lado de Deus. Ficou de cama e, após
uma das muitas visitas do médico, pediu ao pai para rezar com ele, pois
não teria tempo para falar com o pároco. Terminada a oração, disse estar
tendo uma linda visão e morreu. Era o dia 9 de março de 1857.
Domingos Sávio tinha dois sonhos na vida, tornar-se padre e alcançar a
santidade. O primeiro não conseguiu porque a terrível doença o levou
antes, mas o sonho maior foi alcançado com uma vida exemplar. Curta,
pois morreu com quinze anos de idade, mas perfeita para os parâmetros da
Igreja, que o canonizou em 1957.
Nessa solenidade, o papa Pio XII o definiu como "pequeno, porém um
grande gigante de alma" e o declarou padroeiro dos cantores infantis.
Suas relíquias são veneradas na basílica de Nossa Senhora Auxiliadora,
em Torino, Itália, não muito distantes do seu professor e biógrafo são
João Bosco. A sua festa foi marcada para o dia 6 de maio.
São Lúcio de Cirene
Nos Atos dos Apóstolos, Lucas afirma que Lúcio atuava na comunidade
cristã de Antioquia, juntamente com outros profetas e doutores, como
Barnabé, Simeão, também chamado Níger, Manaém e Saulo (At 13,1).
Ele era de Cirene, na Líbia, onde foi bispo, nos primeiros tempos do
cristianismo. Esses cinco profetas, segundo o que dizem os registros de
Jerusalém, representavam o governo da primitiva Igreja de Antioquia.
Como vimos, só há a indicação do lugar da origem de Lúcio que não deve
ser confundido com o mártir homônimo, procedente ele também de Cirene e
martirizado sob o governo do imperador Diocleciano. Esse mártir,
entretanto, não foi bispo e é venerado em outra data.
No Martirológio Romano, existem pelo menos vinte e dois santos com esse
nome. Hoje se comemora justamente aquele que é o mais antigo e de quem
se têm menos informações.
Ana Rosa Gattorno (Beata)
Rosa Maria Benta Gattorno nasceu em Gênova, Itália, no dia 14 de outubro
de 1831. Pertencia a uma família de boas condições financeiras, de bom
nome na sociedade e de profunda formação cristã. No pai Francisco e na
mãe Adelaide, como os outros cinco filhos, encontrou os primeiros
essenciais formadores de sua vida moral e cristã.
Em 1852, aos vinte e um anos de idade, Rosa casou-se com Jerônimo Custo e
transferiu-se para Marselha, França. Por motivos financeiros, a família
viu-se obrigada a retornar a Gênova, com três filhos. A sua primeira
filha, Carlota, afetada de repentina enfermidade, ficou surda-muda para
sempre; e apesar da alegria dos outros dois filhos, ela foi novamente
abalada com o falecimento do esposo, após seis anos de matrimônio, e,
pouco tempo depois, com a morte do seu último filho.
Esses acontecimentos marcaram a sua vida e levaram-na a uma mudança
radical, a que ela chamara "a sua conversão", isto é, à entrega total ao
Senhor. Orientada pelo seu confessor, emitiu de forma privada os votos
perpétuos de castidade e obediência, precisamente na festa da Imaculada
Conceição de 1858, e depois, como terciária franciscana, professou
também o voto de pobreza. Viveu intimamente unida a Cristo, recebendo a
comunhão todos os dias, privilégio que naquele tempo era pouco comum. Em
1862, recebeu o dom dos estigmas ocultos, percebidos mais intensamente
nas sextas-feiras.
Num clima de intensa oração, diante de Jesus Crucificado, recebeu a
inspiração de fundar uma congregação religiosa: "Filhas de Santa Ana,
Mãe de Maria Imaculada", em Piacenza. Depois de um profundo diálogo com o
papa Pio IX, por ele recebeu a confirmação de sua missão de fundadora.
Vestiu o hábito religioso em 1867, tomando o nome de Ana Rosa, e após
três anos emitiu a profissão, com outras doze religiosas.
Com essa fundação, realizou muitas obras de atendimento aos pobres e
doentes, às pessoas sozinhas, anciãs e abandonadas; cuidou da
assistência às crianças e às jovens, proporcionando-lhes uma instrução
religiosa e adequada, a fim de as inserir no mundo do trabalho. Assim,
foram abertas muitas escolas para a juventude pobre e a promoção
humano-evangélica, segundo as necessidades mais urgentes da época.
A menos de dez anos da fundação, a congregação recebeu a aprovação
definitiva, em 1879. Porém o regulamento só foi aprovado em 1892. Muito
estimada e considerada por todos, colaborou, em Piacenza, também com o
bispo, monsenhor Scalabrini, hoje beato, sobretudo na obra fundada por
ele, a favor dos surdos-mudos.
Sofreu inúmeras provas, humilhações, dificuldades e tribulações de todo
gênero, mas sempre confiou em Deus e, cada vez mais, atraía outras
jovens para o seu apostolado. Assim, a congregação difundiu-se
rapidamente na Itália, Bolívia, Brasil, Chile, Peru, Eritréia, França e
Espanha.
Ana Rosa Gattorno faleceu no dia 6 de maio de 1900, muito debilitada,
dois dias depois de contrair uma forte influenza, na Casa mãe de
Piacenza. A congregação, nesse período, já contava com trezentas e
sessenta e oito Casas, nas quais desenvolviam as suas missões três mil e
quinhentas religiosas. Ela foi beatificada pelo papa João Paulo II em
2000.
São Leonardo Murialdo
Nasceu em 1828 em Turim (Itália) numa família burguesa.
Conheceu cedo a riqueza que a vida de oração, sacrifício e caridade pode
proporcionar para o amadurecimento humano e também o discernimento em
todas as coisas.
Uma pessoa muita atenta aos sinais dos tempos, sensível à opressão
sofrida pelos mais pobres. E foi assim que ele discerniu e quis ser um
padre para os pobres.
Leonardo voltou-se para as classes mais desprezadas, dos trabalhos
simples. Até criou um jornal chamado 'A voz dos operários'. De fato, uma
fé solidária. Ele foi sinal de esperança para a Igreja e a sociedade.
O santo de hoje foi ponte para que muitos se encontrassem com o Cristo no mistério da Cruz e do sofrimento.
Ele se consumiu na evangelização, na caridade, na promoção humana,
falecendo no ano de 1900. Peçamos sua intercessão para que sejamos
sinais de esperança na Igreja e no mundo.
São Domingos Sávio, São Lúcio de Cirene, Beata Ana Rosa Gattorno e São Leonardo Murialdo, rogai por nós!!
— O Senhor esteja convosco. — Ele está no meio de nós. — Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João. — Glória a vós, Senhor. Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 1“Não se perturbe o vosso coração. Tende fé em Deus, tende fé em mim também. 2Na casa de meu Pai, há muitas moradas. Se assim não fosse, eu vos teria dito. Vou preparar um lugar para vós, 3e quando eu tiver ido preparar-vos um lugar, voltarei e vos levarei comigo, a fim de que onde eu estiver estejais também vós. 4E para onde eu vou, vós conheceis o caminho”. 5Tomé disse a Jesus: “Senhor, nós não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?” 6Jesus respondeu: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim”.
Segundo um antigo texto da tradição cristã, do século IV, um hebreu de
nome Judas teria ajudado nos trabalhos para encontrar a cruz de Cristo
na cidade de Jerusalém, promovidos pelo bispo e pela rainha Helena, que
era cristã e mãe do então imperador Constantino. Esse hebreu se
converteu e se tornou um sacerdote, tomando o nome de Ciríaco, que em
grego significa "Patrício", nome comum entre os romanos.
Mais tarde, após ter percorrido as estradas da Palestina, ele foi eleito
bispo de Jerusalém, e aí teria sido martirizado, junto com sua mãe,
chamada Ana, durante a perseguição de Juliano, o Apóstata.
Essa seria a história de são Ciríaco, que comemoramos hoje, não fosse a
marca profunda deixada por sua presença na cidade italiana de Ancona, em
Nápolis. A explicação para isto encontra-se no Martirológio Romano, que
associou os textos antigos e confirmou sua presença em ambas as
cidades. A conclusão de sua trajetória exata é o que veremos a seguir.
Logo que se converteu, para fugir à hostilidade dos velhos amigos
pagãos, Ciríaco teria abandonado a Palestina para exilar-se na Itália,
fixando-se em Ancona. Nessa cidade ele foi eleito bispo, trabalhando,
arduamente, para difundir o cristianismo, pois o Edito de Milão dava
liberdade para a expansão da religião em todos os domínios do Império.
Após uma longa vida episcopal, Ciríaco, já idoso, fez sua última
peregrinação à cidade de Jerusalém, onde fora bispo na juventude, para
rever os lugares santos. E foi nesse momento que ele sofreu o martírio e
morreu em nome de Cristo, por ordem do último perseguidor romano,
Juliano, o Apóstata, entre 361 e 363.
Os devotos dizem que suas relíquias chegaram ao porto de Ancona trazidas
pelas ondas do mar. Essa tradição é celebrada, no dia 4 de maio, na
catedral de Ancona, onde são distribuídos maços de junco benzidos.
Na realidade, as relíquias de são Ciríaco retornaram à cidade durante o
governo do imperador Teodósio, entre 379 e 395, graças à sua filha, Gala
Plácida, que interveio favoravelmente junto às autoridades, conseguindo
o que a população de Ancona tanto desejava.
A memória desse culto antiqüíssimo a são Ciríaco pode ser observada
pelos monumentos, das mais remotas épocas, que existem, em toda a
cidade, com a imagem do santo. Aliás, são Ciríaco foi escolhido como o
padroeiro de Ancona e a própria catedral, no século XIV, foi dedicada a
ele, mudando até o nome. Essa majestosa igreja, que domina a cidade do
alto das colinas do Guasco, é vista por todos os que chegam em Ancona
por terra ou por mar, mais um tributo à são Ciríaco, por seu exílio e
vida episcopal.
São Floriano
O mais antigo registro sobre Floriano foi encontrado num documento de
doação datado do século VIII, através do qual o presbítero Reginolfo
oferecia para a Igreja algumas propriedades de terras, dentre as quais,
"as do lugar aonde foi enterrado o precioso mártir Floriano".
Floriano viveu na cidade de Mantem, próxima de Kems, Alemanha. Na época,
Diocleciano era o imperador e Aquilino, o comandante do exército romano
na região do Danúbio, atual Áustria, onde existiam numerosas colônias
do Império e vários batalhões de soldados que faziam sua defesa.
Floriano era militar em um desses batalhões.
Os legionários romanos cristãos foram muito importantes, porque levaram a
fé de Cristo às regiões mais remotas do Império Romano, pagando por
essa difusão com a própria vida. Famosos e numerosos foram os mártires
que pertenceram a essas legiões, mortos sob a perseguição do imperador
Diocleciano no início do século IV. Entre eles encontramos Floriano e
seus companheiros.
Diocleciano foi imperador de grande energia, estadista de rara
habilidade e inteligência, mas se tornou um fanático inimigo da Igreja.
Desencadeou a mais longa e duradoura perseguição contra ela, na intenção
de varrer todos os vestígios do cristianismo. Contava, para isso, com a
ajuda de seu genro Galério, colega nas armas e no domínio do Império.
Foi dele o decreto que proibia qualquer tipo de culto cristão. Exigia
que todos os livros religiosos, começando pela Bíblia Sagrada, fossem
queimados e ampliou a perseguição para dentro do seu próprio exército.
Os soldados eram obrigados a prestar juramento de fidelidade ao
imperador e levar oferendas aos ídolos, sob pena de morte.
Muitos militares recusaram obedecer à ordem do imperador e foram
executados. Um deles foi Floriano, acompanhado por mais quarenta
companheiros. Eles se apresentaram ao comandante Aquilino, do
acampamento de Lorch, Áustria, para comunicar que eram cristãos e que
não poderiam servir ao exército do imperador. Por esse motivo foram
presos.
Durante o processo de julgamento, nenhum deles renunciou à fé em Cristo.
Foram condenados a serem jogados no rio Ens, com uma pedra amarrada no
pescoço. A sentença foi executada no dia 4 de maio de 304. O corpo de
Floriano foi recolhido por uma senhora cristã, que o sepultou. No século
VIII, sua veneração foi oficialmente introduzida na Igreja pelo
Martirológio Romano, que manteve esta data para a festa litúrgica.
No local da sua sepultura construíram um convento beneditino. Mais
tarde, passou para os agostinianos, que difundiram a sua memória e a de
seus companheiros. O seu culto se popularizou rapidamente na Áustria e
na Alemanha, onde os fiéis recorrem a ele pedindo proteção contra as
inundações. Por essa sua tradição com a água, ao longo do tempo são
Floriano se tornou o protetor contra os incêndios e padroeiro dos
bombeiros.
Santa Antonina
Antonina é o feminino do antigo nome latino Antonius, derivado,
provavelmente, do grego Antionos, que significa "nascido antes". É um
dos nomes mais difundidos entre os povos latinos, que ganhou muitos
adeptos entre os cristãos. Mas, antes de Cristo, era muito comum também.
Hoje festejamos a santa mártir Antonina, que morreu em Nicea, na
Bitínia, atual Turquia, no final do século III. No Martirológio Romano,
ela foi citada três vezes: dia 1o de março, 4 de maio e 12 de junho, e
cada vez de maneira diferente, como se fossem três pessoas distintas.
Vejamos o porquê.
No século XVI, o cardeal e bibliotecário do Vaticano, César Baronio,
unificou os calendários litúrgicos da Igreja, a pedido do papa Clemente
VIII, com os santos comemorados em datas diferentes no mundo cristão. A
Igreja dos primeiros séculos foi exclusivamente evangelizadora. Para
consolidar-se, adaptava a liturgia e os cultos dos santos aos novos
povos convertidos. Muitas vezes, as tradições se confundiam com os fatos
concretos, devido aos diferentes idiomas, mas assim mesmo os cultos se
mantiveram.
O trabalho de Baronio foi chamado de Martirológio Romano, uma espécie de
dicionário dos santos da Igreja de Cristo de todos os tempos. Porém
ele, ao lidar com os calendários egípcio, grego e siríaco, que
comemoravam santa Antonina em datas diferentes, não se deu conta de que
as celebrações homenageavam sempre a mesma pessoa. Isso porque o nome
era comum e os martírios, descritos de maneira diversa entre si.
O calendário grego dizia que ela foi decapitada; o egípcio, que foi
queimada viva; e o siríaco, que tinha morrido afogada. Mais tarde, o que
deu luz aos fatos foi um código geronimiano do século V, confirmando
que apenas uma mártir tinha morrido, em Nicea, com este nome.
Antonina sofreu o martírio no século IV, durante o governo do
sanguinário imperador Diocleciano, na cidade de Nicea. Ela foi
denunciada como cristã, presa e condenada à morte. Mas antes a
torturaram de muitas maneiras. Com ferros em brasa, queimaram-lhe as
mãos e os pés. Depois, foi amarrada e colocada numa pequena cela com o
chão forrado de brasas, onde ficou por dois dias.
Voltando ao tribunal, não renegou sua fé. Foi, então, fechada dentro de
um saco e jogada no fundo de um lago pantanoso na periferia de Nicea.
Era o dia 4 de maio de 306, data que foi mantida para a veneração de
santa Antonina, a mártir de Nicea.
João Martim Moye (Beato)
João Martinho Moye nasceu em Cutting, França, a 27 de janeiro de 1730,
sendo batizado no dia seguinte, na igrejinha da Aldeia. Aos 24 anos foi
ordenado sacerdote diocesano.
Trabalhou em algumas Paróquias da Diocese de Metz. Austero, zeloso, logo
manifestou raras qualidades, como Diretor Espiritual. Impressionado
pela falta de conhecimento religioso em que viviam as crianças, atraiu
almas de boa vontade e fundou uma primeira escola em Vigy (França), no
dia 14 de janeiro de 1762, que entregou a Margarida Lecomte: era a
semente da Congregação das Irmãs da Providência e que hoje se estende em
vários países.
Teve de enfrentar muitas dificuldades e incompreensões. Um dia, vendo em
perigo sua obra,entregou-a nas mãos da Virgem Maria Auxiliadora. A sua
obra estava salva. Bem estabelecido o seu instituto na França, e
seguindo uma inspiração interior, preparou-se e foi, por 10 anos,
missionário na China. Ai sofreu cansaços e perseguições, chegando até a
prisão, por confessar a fé.
Assim como fizera na França, também na China apelou para a colaboração
da mulher: fundou o Instituto das Virgens Cristãs para o ensino do
catecismo, nas escolas e lares; bem como a Obra Evangélica, para o
Batismo das crianças que, na China, morriam aos milhares, pelo abandono
dos pais, a fome e a peste. Cuidou ainda da formação do clero indígena.
Entre seus discípulos e catequistas, muitos confessaram a fé e alguns a
graça do martírio.
Depois de 10 anos o Pe Moye voltou à França, então agitada pela
revolução. Trabalhou em missões e zonas rurais. Dedicou-se ainda à
formação de suas Irmãs da Providência, mas com o avanço da Revolução,
muitas tiveram que procurar o exílio. Assim é que Moye retirou-se para
Treves, na Alemanha, onde também entraram refugiadas algumas Irmãs.
Mesmo ai, não ficou inativo, o ardente apóstolo. Cuidando dos soldados
alemães feridos ou atacados de tifo; Pe Moye é contagiado pela doença.
Teve morte belíssima assistido pelas Irmãs emigrantes e também um amigo
Pe Feys. Faleceu a 4 de maio de 1793, com 63 anos de idade. Morre um
santo corria o sussurro pela cidade.
João Martinho Moye, homem de oração e fé, atento à vida e profundamente
abandonado à Providência, deixa como herança a suas Irmãs, quatro
virtudes: abandono à Providência, simplicidade, caridade e pobreza.
Tinha sempre presente a Paixão de Jesus Cristo; pois para ele os
caminhos da Providência passam sempre pelo mistério da Cruz. Transmitiu
ainda às Irmãs, a devoção a Maria Auxiliadora, que marcou profundamente,
assim como a devoção ao Sagrado Coração de Jesus.
Foi beatificado pelo Papa Pio XII em 1954.
São Ciríaco, São Floriano, Santa Antonina e Beato João Martim Moye, rogai por nós!!!
Opera é um teatro todo cantado. Opereta, um teatro declamado, falado e cantado. Pode haver danças no meio. É mais ou menos isso! Os detalhes eu deixo para os especialistas em artes cênicas. Missa é culto católico, com séculos de história, que não depende de lugar para acontecer, mas, em geral, acontece num templo. Não é nem nunca foi ópera ou opereta. Quem dela participa não é ator e nem o presidente da assembléia nem os cantores podem ser sua principal atração. Mas são! E o são por conta de um fato: a maioria não estudou ou não respeita as orientações dos especialistas de uma ciência chamada “liturgia”. Liturgia deve ser o que impede que o altar vire palco, e o lado direito ou esquerdo dele vire coxia! Regula o culto de maneira que transpareça a catequese e a teologia daquele momento. Na hora em que o presidente daquele culto, ofuscado pelas luzes e pela fama local ou nacional, e algum cantor ou cantora deslumbrado com a sua chance de mostrar seu talento roubam a cena, temos mais uma exibição de opereta, num templo católico. Gestos, corridinhas, roupas lindas, música que estoura os ouvidos, o padre onipresente, inserções aqui e ali no script do que tratam como peça de arte, vinte músicas para uma missa, as canções duram 50 minutos e as palavras da missa 12 ou 15, o sermão do padre 25… E o povo que não pagou para assistir, é convidado a deixar sua contribuição no ofertório. Na semana que vem haverá outra exibição… Isto, nos cultos em que o altar vira palco e o celebrante que poderia, sim, ser alegre, comunicativo, acolhedor, resolve se o ator principal com alguns coadjuvantes chamados banda católica.
Nos outros cultos chamados de eucaristia e tratados como eucaristia a coisa é bem outra! Tem decoro, tem lógica, obedece-se ao conteúdo e aos textos daquele dia, as canções são verdadeiramente litúrgicas, os leitores sabem ler e não engasgam, os microfones não estouram, ninguém toca nem fala para ensurdecer, músicos não entram em competição, nenhum solista canta demais, cantores apenas lideram o povo, ninguém fica dedilhando cançõezinhas durante a consagração, como fundo para Jesus que faz o seu debut, as canções são ensaiadas e escolhidas de acordo com o tema da missa daquele dia, não se canta na hora da saudação de paz porque ninguém diz bom dia, ou como vai cantando… Tais coisas só acontecem nas operetas… Nas missas sérias e com unção ninguém fica passando à frente ou atrás do altar, ministro não fica mexendo no altar enquanto o padre prega, padre não exagera nas vestes, não berra, não grita, não dá show de presença, tudo é feito com muita seriedade e decoro. O padre até se destaca pela seriedade. Celebra-se, dentro das nuances permitidas, o mesmo ato teológico com implicações sociais que se celebra no mundo inteiro. Todos aparecem e ninguém se destaca. Mas receio ser inútil escrever sobre estas coisas, porque pouquíssimas bandas e pouquíssimos sacerdotes admitem que isso acontece com eles… E ai de quem disser que acontece! Mandam consultar o ibope sobre as novas missas transformadas em operetas, nas quais se privilegia mais canção do que os textos do dia. Perguntem se, depois daquele “somzão” e daquelas inserções com exorcismo, oração em línguas e outros adendos não aumentou a freqüência aos templos! É! Pois é!